Já não ia haver quem me salvasse. Era um caminho sem volta e eu tinha a plena consciência disso. O beijo de Kayo era cada vez mais intenso e eu não queria que ele parasse.
Ninguém vai saber...- ele disse quando nos paramos de beijar e ele estava a recuperar o fôlego.
Isso...- eu respondi quando o agarrei pela nuca para o beijar de novo. O beijo era intenso, as nossas língua estavam a tocar uma na outra e as nossas respirações estavam cada vez mais profundas. Kayo desceu a mão até ao meio das minhas pernas e parou de me beijar.
Para quem não me queria...- riu e voltou a me beijar. Aos encontrões acabámos por cair os dois no sofá.
Sem querer esperar mais tirei-lhe o blazer e quase lhe arranquei a gravata do pescoço. Ele por sua vez ajudou-me a despir a t-shirt e já me beijava o peito. Deixei escapar alguns gemidos quando nos voltámos a beijar. Parecia que eu tinha voltado a casa ,era com ele que era feliz e era com ele que eu queria ficar.
Vamos fazer aqui?- ele perguntou quando me estava a despir as calças. Eu olhei em volta.
Melhor não, vamos para o quarto e trancamos a porta que o Kira tem a mania de me entrar em casa a toda a hora...
Os dois quase nús fomos para o meu quarto e trancámos a porta: ninguém nos poderia interromper.
Na cama, ele entrou em mim e os dois gememos de prazer. Quando ele era humano o prazer era uma coisa que eu lhe dava amplificado porque eu era uma criatura do submundo, mas naquele momento estávamos os dois ao mesmo nível e eu não queria que ele terminasse tão cedo.
Ele olhava nos meus olhos enquanto estava dentro de mim e beijava-me intensamente como se nada mais importasse.
Quando terminámos, ficamos deitados agarrados um ao outro. Estávamos cansados, felizes, ainda a assimilarmos o que tinhamos acabado de fazer e quantas regras tínhamos acabado de quebrar. O meu telemóvel vibrou e peguei nele, era uma mensagem de Kira.
" Mais baixo para a próxima se faz favor." Eu ri, ri às gargalhadas mostrando a mensagem a Kayo que também riu.
Desculpa!- ele gritou na esperança que Kira me tivesse ouvido do apartamento dele.- O que vamos fazer agora?- perguntou-me passado algum tempo.
Vamos continuar a fazer as nossas coisas. Depois logo se vê.
Eles querem mandar-me para onde? Sabes?
Não sei. Deve ser algum cargo importante, porque nem a parte de teres memórias os fez aceitarem o recurso.
Ias conseguir manter-te longe de mim?
Honestamente? Não sei. Quando te vi aqui fiquei magoado contigo, muito magoado mesmo. Tinhas um futuro brilhante como piloto e do nada tinhas morrido. Ainda se tivesse sido num acidente eu percebia, mas foi suicídio...
Fiz por ti.- disse ele, e depois sentou-se na cama. Eu olhei para ele sem perceber o que ele me estava a dizer.
Por mim?
Falavas várias vezes comigo sobre o teu trabalho, e eu sabia que mortes em que fosse cometido algum tipo de sacrilégio, que o castigo era serem enviados para o submundo...E que com alguma sorte eu podia ter o castigo de ser um ceifador como tu.
Certo.- eu respondi, mas de repente percebi o que ele tinha feito.
Tu fizeste isso para vires para perto de mim?! Mas foi um tiro no escuro! Podias não ter vindo para aqui! E mais: tu morreste por mim. Que raio te passou pela cabeça?!
Eu já sabia que ias reagir assim...- disse Kayo agarrando-se a mim com força. - Pára, por favor...sério, estou a pedir-te.
Mas...- não consegui continuar e desabei a chorar agarrado a ele.
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