Andini sentia-se tomada pelo medo e tremia incessantemente, pois acabara de ser banhada com água de flores de sete espécies, em uma noite de terça-feira "Kliwon" extremamente misteriosa. Coberta somente por um tecido "jarik" até o peito e ainda molhada, ela tremia, há cerca de uma hora nos fundos da casa do velho Karso, mergulhada na escuridão. O velho entrara em casa, dizendo que não queria interromper a chegada do futuro marido de Andini, que a faria eternamente virgem e deixaria todos enfeitiçados por ela; já não havia mais volta, o ritual estava pela metade, restava apenas à Andini esperar a chegada de seu pretendente.
A brisa da noite a embalava suavemente, fazendo com que seus olhos se fechassem lentamente devido ao imenso cansaço, apenas para se abrirem abruptamente ao sentir uma mão a segurar pela perna. Atônita, percebeu que já não estava mais nos fundos da casa de Karso. Encontrava-se em um quarto todo decorado em tons de vermelho, inclusive a cama na qual jazia, e o homem que segurava sua perna sorria para uma Andini atônita. Contra todas as suas expectativas, o espírito que vinha ao seu encontro era incrivelmente belo; ela tinha imaginado que seu oponente seria horrendo, uma visão aterradora aos olhos humanos.
"Não temas, minha futura esposa, eu vim até ti," sussurrou o belo homem.
"És tu, meu futuro marido?" Andini perguntou, tremendo diante de seu olhar penetrante.
"Sim! Meu nome é Seno, chama-me de Kakang Seno," ele murmurou, deitando Andini novamente.
Os olhares de Andini e Seno se encontraram, o dela claro e puro, o dele sombrio, como se ocultasse segredos profundos, tão intensos que faziam com que ela hesitasse em falar, temendo e incapaz de manter contato visual com Seno, que era de uma beleza arrebatadora.
Andini se deixava levar pelos encantos de Seno, que a eletrizava, seu corpo se contorcia sob o toque firme, porém suave de Seno, cuja língua explorava suas intimidades de tal maneira que a deixava sem palavras, uma experiência completamente nova para ela.
Normalmente, Andini apenas sentia a brutalidade daqueles que a compravam, disputando-a avidamente, buscando satisfazer-se rapidamente para dar início a uma nova rodada, conforme o acordo que tinham até o amanhecer. Independentemente de quantas vezes fosse, eles a montavam incessantemente, deixando-a exausta por ter de lidar com todos eles.
O que Andini desconhecia era que Seno consumia todos os seus óvulos prontos para serem fertilizados, assegurando que ela jamais engravidasse. Por mais que soubesse, ela provavelmente sentiria alívio, evitando ter de abortar caso engravidasse de algum de seus clientes. Ela não desejava trazer uma criança para esse ciclo de sofrimento, já tendo dificuldade em cuidar de sua mãe e irmã, sustentando-as apesar das circunstâncias adversas.
Se Andini não cuidasse de Semah e Salsa, quem saberia o que aconteceria a elas, sendo ela a mais velha e o pilar da família, uma vez que Yogi, totalmente inútil, apenas contribuía para aumentar o fardo de suas vidas.
"Eeeemmm, aaaahhh," Andini finalmente emitiu um som quando algo imenso invadia seu ser.
"Hooooh, hooohh," a respiração de Seno era pesada, transbordando prazer.
Andini se surpreendia com a voz grave e forte de Seno, desproporcional à sua aparência, mas ao abrir os olhos, ele permanecia o mesmo, irresistivelmente atraente aos olhos dela, uma raridade, pois geralmente encontrava-se apenas com homens mais velhos, desesperados por gratificação de uma jovem bela.
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O casamento na casa do Prefeito foi uma celebração vibrante, animada por um famoso grupo musical ao vivo. Jovens e idosos compareceram em massa para o entretenimento. Andini estava ali à procura de um homem rico que pudesse lhe fornecer vasta quantia em dinheiro, ao mesmo tempo, verificando se realmente havia recuperado sua virgindade após o casamento com o espírito.
"Tenho um remédio para apertar se precisar," Siska sussurrou para ela.
"Não, obrigada," Andini recusou.
"Experimenta. Comprei bastante, em parte para te deixar testar," insistiu Siska, próxima de Andini.
Chegou a vez de Andini cantar naquela noite. Vestindo preto, tanto o top quanto a saia, sua voz não era das melhores, ela sabia que seu apelo estava na aparência e na forma física, atraindo aplausos entusiasmados dos homens que viam nela a estrela do show.
"Pode ser sua, se quiser," sussurrou o dono da festa a um convidado da cidade.
"De verdade? Estou interessado," respondeu Mawi.
"Chegue nela após a apresentação. Tenho certeza de que não vai se arrepender," aconselhou o anfitrião.
Mawi se posicionou, pronto para abordar Andini assim que terminasse de cantar, pensando em quanto ofereceria, prevendo que o preço seria alto, dada sua virgindade aparente, algo raro e valioso na cidade, onde a libertinagem entre os jovens era comum.
"Hai," Mawi a cumprimentou, não querendo perder a chance.
Andini percebeu que Mawi tinha uma aparência elegante e jovial, certamente um homem rico e, provavelmente, um convidado do Prefeito da cidade – uma visão incomum entre os demais ali presentes.
"Hai, Senhor," respondeu Andini, amável e sedutora.
"Desculpe a ousadia, mas é verdade que você aceita convites?" perguntou Mawi, educadamente.
"Estou tentando pela primeira vez esta noite," Andini respondeu, baixando os olhos, envergonhada.
"Isto é a sua primeira vez?!" Mawi exclamou, surpreso.
Com a cabeça baixa e acenando afirmativamente, Andini deixou Mawi ainda mais convencido de sua virgindade, ciente de que encontrar uma jovem intacta era uma raridade na cidade, onde a juventude frequentava clubes noturnos sem restrições. Mawi apenas tinha que negociar o preço, pois a virgindade de Andini prometia ser um prêmio valioso.
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Atualizado até capítulo 100
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