Capítulo 10

Me sinto aliviado ao ver Amélia de volta na minha casa, e o melhor, ela andando. Jurava que o pai dela ia bater até que ela ficasse inconsciente por muitos dias, mas graças a Deus deu tudo certo.

Ao ver ela subindo as escadas, meu coração até se encheu de alegria, é como se a esperança voltasse para dentro de mim. Não me sai da cabeça o que ela disse sobre o pai mandar ela para um homem que poderá matá-la, e mais uma morte nas minhas costas eu não vou aguentar. Entramos no escritório, sigo para minha cadeira e Edson se senta na cadeira à minha frente.

— O médico disse que ela vai se recuperar logo, não foi nada muito grave. Mas, James, ela está com o corpo todo marcado, posso apostar que levou uma surra de cinto.

— Filho da puta. Me fala em que cadeia ele está, podemos pagar para os presos darem uma surra bem caprichada nele.

— Ele ainda está na delegacia, mas vou fazer de tudo para ir pro regime fechado. Ela é tão doce, eu no lugar dela odiaria todo mundo. Mas ela não, tem um jeitinho tão ingênuo.

— Ela é a inocência em pessoa. Acredita que me viu sem camisa e fez perguntas safadas sem nem perceber que eram inconvenientes? — Ele começa a dar risada, e eu o acompanho só de me lembrar da cena.

— Ela mal entrou nessa casa e já está te fazendo sorrir. Essa mulher tem todo meu apoio. — Dou um sorriso, ela também terá todo o meu apoio no que precisar.

— Edson, preciso que você faça algumas coisas para ela. Primeiro, roupas. Ela não tem nada para vestir, então compre roupas para ela de todos os tipos. Depois, busque uma escola ao qual ela possa estudar, pois nunca frequentou uma escola e eu quero que ela se sinta humana, uma pessoa de verdade.

— Vai se casar com ela mesmo, James?

— Sim, então a leve para escolher o vestido de noiva. A cerimônia será aqui no fundo de casa, traga apenas o juiz de paz. Você e os empregados da casa serão os únicos convidados. Você e a Lira serão as nossas testemunhas.

— James, ela não merece um esforço seu para se casar na igreja? Eu posso tentar uma cerimônia noturna.

— Não, não vou sair de casa. Você sabe que eu não piso na rua há muitos anos, e não vou fazer isso agora. O casamento será na área de lazer, e isso é tudo. Pode se retirar. — Ele revira os olhos e se levanta. Viro a cadeira, ficando de costas para ele e de frente com os meus livros.

— Vou fazer tudo que me mandou fazer, mas cuidado, Amélia vai sair de casa para ir à escola, e ela pode conhecer alguém da idade dela que a leve para passear fora de casa. Assim como você, ela ficou sua vida toda presa. Acho que quando ela ver alguém que lhe dê a liberdade de verdade, ela vai embora.

Ir embora, ela não vai fazer isso. Mas caso ela faça, eu não poderei impedir. Ir na rua está fora de cogitação para mim, ninguém verá como eu estou agora. Prefiro que todos fiquem só na imaginação como eu talvez esteja.

Ouço a porta se bater e só aí me viro de frente novamente. Amélia deve estar deitada na cama. Vou subir lá e ver como ela está. Me levanto e sigo até o seu quarto. Ela está sentada na cama sem roupa, suas costas estão totalmente marcadas com várias marcas vermelhas isso me dá uma revolta enorme, vontade ir lá e fazer o mesmo com ele. Ela olha para trás e sorri para mim.

— Pedi para o Edson comprar roupas para você. — Ela se levanta, ficando de frente, mostrando novamente o seu corpo para mim. Me viro de costas para ela e fico olhando para a porta. — Amélia, não deve mostrar a sua nudez para ninguém, muito menos para mim.

— Me desculpa... Pode olhar agora. — Me viro devagar e vejo que ela se enrolou no lençol. — Obrigada por me buscar de volta. Eu prometo que serei uma boa mulher aqui para você não me mandar embora.

— Vou cuidar de você, dos seus estudos e de tudo que diz respeito a você. A partir de hoje você será reconhecida, será uma mulher da sociedade. Vai à escola e vou te colocar para trabalhar na minha empresa, será a minha assistente pessoal.

Ela vem se aproximando de mim e eu começo a ficar rígido, meu corpo começa a formigar pela aproximação dela.

— Serei eternamente grata a você, senhor James. — Ela me abraça forte, mas só de imaginar que ela está sem nada por debaixo desse lençol, me deixa excitado. Meu pau começa a dar sinal de vida, e ela parece perceber, já que se afasta e olha para ele. — O que é isso aí? Eu vi na toalha no outro dia, e agora de novo. O que tem aí embaixo?

Fecho os meus olhos, me reprimindo, tentando me controlar o máximo, mas aí, ela faz a besteira de colocar a mão por cima da calça e ele reage imediatamente ao toque dela.

— É duro... O que é?

— Amélia, somos diferentes aqui embaixo. — Tiro a mão dela e me afasto. — Mulher tem um túnel e homem tem um... uma... um... — Droga, o que eu digo?

— Deixa eu ver? — Ela pergunta e se aproxima mais uma vez, mas eu me afasto novamente. — Porque você fugiu? Isso não é normal?

— Não, quero dizer, é, mas é normal entre casal. Você não é minha esposa, não pode ver o meu e nem eu o seu. — Droga, parece que estou sendo professor de sexologia de uma adolescente. Acorda, James, ela já tem 18 anos. — Vou te mostrar na nossa lua de mel, eu prometo.

— Lua de mel? — Ela pergunta confusa. O que será que o pai dela ensinou para ela? Essa menina parece realmente uma criança.

— Depois que o casal se casa, eles têm a primeira noite de amor deles, onde os dois ficam pelados um para o outro, e onde o meu brinquedo vai entrar no seu túnel. Bom, não sei nem se vai entrar, pois não sei como você é aí embaixo. Virgens são muito... apertadas, e eu sou muito dotado, entende? — Ela nega com a cabeça. Tá foda para mim explicar essas coisas para ela. Vou ter que sair daqui indo direto para o banho gelado.

— Esse seu negócio vai entrar aqui na minha flor, é isso que você está dizendo? Isso é possível?

— Sim, Deus fez os dois certinhos, um para penetrar e o outro para ser penetrado. Porém, às vezes não são compatíveis um com o outro, é como se você tentasse colocar seu dedo no furo de uma tomada, entendeu agora?

Ela olha para a tomada e balança a cabeça confirmando. Solto um suspiro, não foi tão ruim assim.

— Então na nossa lua de mel, você vai colocar seu dedo na minha tomada? — Sorrio e balanço a cabeça concordando. Não vou continuar com isso. Vou pedir para Lira explicar essas coisas para ela, pois já cheguei no meu limite.

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