Cap. 7

Quando Aurora chegou com Luna nos braços, foi recebida por Ângela com um sorriso. De imediato, Ângela sentiu uma simpatia natural por Aurora. Havia algo na maneira como ela segurava a filha, com tanto cuidado e carinho, que logo chamou sua atenção. Ela percebeu que Aurora era uma jovem determinada, disposta a enfrentar qualquer desafio para garantir o bem-estar da filha, e isso a fez sentir mais confiante em deixar a neta sob seus cuidados.

Aurora, por sua vez, notou a gentileza no olhar de Ângela e se sentiu acolhida. Sabia que essa era uma oportunidade importante de conseguir mais um contato de trabalho, e estava disposta a provar que era a pessoa certa para cuidar de Malu.

Depois de se cumprimentarem,  Ângela ficou encantada com Luna que estendeu a mãozinha para cumprimenta-la..

_ Sua filha é linda, ela tem tem quantos anos?

_ Luna está com um ano e seis meses.

_ Ela é a sua cara. Tão linda quanto a mãe.

_ Obrigada.

Bem, desculpe eu te chamar assim, em cima da hora. Ângela começou a explicar a situação. Meu filho cuida da filha sozinha desde que ela nasceu. Ele tenta não viajar a trabalho, mas dessa vez não deu para evitar. Ele poderia pedir ao pai para viajar no seu lugar, mas ele não quis, já que ele não está bem nos últimos dias.  Meu marido é teimoso, detestar ir ao médico. Era para ele vir comigo, mas ficou em casa sozinho, e disse que vem depois. Sei que ele não acordou se sentindo bem,  isso me deixou um pouco preocupada. Ângela fez uma pausa, os olhos revelando a preocupação que tentava esconder. _Ele tem o hábito de dizer que está tudo bem, mesmo quando não está, só para não me preocupar. Mas eu conheço meu marido... e sinto que preciso ir até lá para ver como ele está, mesmo que seja para descobrir que estou enganada, e me preocupando sem motivos.

_ Entendo perfeitamente, senhora. Não se preocupe com a Malú. Eu estou aqui para ajudar no que for preciso. Cuidarei dela como se fosse minha própria filha, pode ter certeza disso.

Ângela sorriu, sentindo um alívio se instalar em seu peito. Havia algo na voz de Aurora que a tranquilizava, como se soubesse instintivamente que Malú estaria em boas mãos.

Fico muito grata por isso, Aurora. Ângela levou Aurora na cozinha, mostrando onde ficava a formula que Malú tomava, e listou o que ela já comia desde que iniciou a introdução alimentar. Venha, vou te levar ao quarto da Malú, ela está dormindo agora. Aurora acompanhou Ângela, ansiosa para conhecer Málu. _ Eu realmente preciso ir em casa,  mas se precisar de qualquer coisa, estarei a apenas uma ligação de distância, e voltarei assim que ver que o meu marido está bem.

_ Não se preocupe, eu já salvei o seu contato.  Aurora observou Ângela se despedir da neta, que continuava dormindo tranquilamente no  berço, antes de sair apressada para verificar o estado de saúde do marido.

Aurora se aproximou do berço onde Malu dormia. Enquanto observava a pequena, notou os cabelos escuros e o tom de pele que lembravam alguém, mas não conseguia identificar exatamente a quem. Havia uma familiaridade que a intrigava, mas que ela não conseguia associar a nenhuma lembrança clara.

Aurora colocou a filha no chão, e Luna foi imediatamente atraída por alguns brinquedos, enquanto Aurora olhava para Malu com carinho, sentindo seu coração bateu mais forte

_Você é linda, sabia? Disse Aurora, com ternura em sua voz. _E o que aconteceu com a sua mamãe? Pergunto lembrando que Ângela havia dito que Malu era criada apenas pelo pai. E a primeira hipótese em que ela pensou foi que a mãe de Malú havia morrido.

Enquanto Aurora admirava a bebê, Malu começou a se mexer, dando sinais de que estava acordando. Em poucos instantes, seus olhos se abriram encarando Aurora, e logo o ambiente silencioso foi preenchido por um choro agudo e desesperado. O som atingiu Aurora como um apelo direto ao seu coração. Ela sabia que, muitas vezes, os bebês choravam ao acordar, especialmente quando sentiam falta do colo familiar da mãe ou do pai. Com movimentos suaves, estendeu os braços e pegou Malu no colo, sentindo o pequeno corpo trêmulo se aninhar em seu peito

_ Não chore meu anjo…   Aurora ficou emocionada ao segurar maluco da primeira vez. Para sua surpresa, o choro intenso da menina começou a diminuir assim que sentiu o calor e o conforto dos seus braços, e Malu se agarrou a ela. Aos poucos, o pranto cessou por completo, e Malu ficou quieta, aninhada no colo de Aurora, como se encontrasse ali o conforto e a segurança que precisava.

_Está tudo bem, Malú… Sussurrou Aurora, acariciando delicadamente os cabelos de Malu. _Eu estou aqui, não precisa chorar. Segurar Malu pela primeira vez trouxe à tona um turbilhão de sentimentos que ela não consumava sentir.

Aurora sentiu uma onda de alívio e felicidade ao perceber que Malu Aceitou rapidamente ficar em seus braços. Era como se, de alguma forma, a menina sentisse a sinceridade do carinho que Aurora tinha por ela. E enquanto Aurora balançava Malu suavemente, ainda se perguntava por que aquela sensação de familiaridade não deixava sua mente, mesmo que ela não conseguisse identificar de onde vinha.

Ela resolveu não pensar muito nisso no momento, focando apenas em garantir que Malu se sentisse amada e segura enquanto estivesse sob seus cuidados.. Aurora, ainda segurando Malu nos braços, se abaixou suavemente até ficar ao nível de Luna, que estava entretida com um brinquedo no chão.

_ Luna, venha conhecer a  Malú, a nossa nova amiguinha. Apresentou com um sorriso

Luna, sempre amigável e curiosa, olhou para Malu.

_ Mamãe… o neném… Ela sorriu, um daqueles sorrisos inocentes e cheios de ternura que só as crianças conseguem dar, e estendeu uma das mãozinhas em direção a Malu, como se quisesse tocá-la e dizer oi.

_ Sim, o nome dela é Malú.

_ Maiu… Disse Luna empolgada. Malú ainda no colo de Aurora, observava Luna com um olhar curioso, mas não chorou nem se mostrou desconfortável. Ao contrário, parecia se sentir segura na presença de Aurora e intrigada pela pequena figura que agora estava tão perto dela.

_Viu só, filha? Disse Aurora, sorrindo enquanto observava a interação entre as duas. _Você já fez uma nova amiga.

Luna, como se entendesse as palavras da mãe, soltou uma risadinha e bateu palmas, satisfeita com a nova amiga. Aurora sentiu algo diferente, uma sensação que ela não sabia explicar, mas que aquecia seu coração de uma maneira única.

_Acho que vocês duas vão se dar muito bem. Comentou Aurora, dando um beijo nas bochechas de Luna e depois acariciando o rostinho de Malú.

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Olá pessoal, minha mão voltou a inchar e tive que ir no medico. estou com inflamação, e tive que tomar vacina tetano e estou tomando antibióticos, então esses dias não vou conseguir postar com regularidade

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