LAÇOS DE SANGUE

Enquanto Freya e Órion se encaravam, imersos em um momento que parecia suspenso no tempo, Liana e Koda passavam pelo jardim. Koda, ao avistar os cabelos loiros de Freya brilhando sob a luz suave do entardecer, sentiu um encantamento instantâneo.

— Aquela é a escolhida do nosso Alfa; a própria deusa a escolheu! — exclamou Liana, admirando a cena diante deles com um sorriso nos lábios.

— Qual é o nome dela? — perguntou Koda, a curiosidade pulsando em sua voz enquanto seus olhos não se desviavam de Freya.

— É Freya! — respondeu Liana, a animação em sua voz evidente.

Impulsionado por uma atração inexplicável, Koda caminhou em direção ao casal. No entanto, ao notar a aproximação do amigo, Órion sentiu uma onda de impaciência invadir seu peito.

— Freya, quero que vá para seu quarto! — ordenou ele, sua voz firme e autoritária.

Freya olhou para ele, confusa com o tom exigente, sem entender completamente o que estava acontecendo.

Antes que pudesse se afastar, Koda chegou mais perto, sua presença imponente e calorosa.

— Esta é sua companheira? — perguntou ele, a curiosidade e a fascinação em seus olhos claros.

— Sim! — respondeu Órion, tentando manter a firmeza em sua voz, mesmo diante da crescente incomodidade.

Koda se aproximou de Freya e, com um gesto delicado, pegou sua mão e a beijou. Nesse instante, uma sensação familiar percorreu seu corpo, como se uma corrente elétrica os ligasse. Ele sentiu uma conexão inexplicável, um reconhecimento profundo que apenas os lobos podiam compreender. O sangue dela ressoava em seu interior.

— É raro uma mulher de cabelos claros no Norte! — exclamou Koda, olhando para Órion com um misto de surpresa e admiração.

— Sim, Freya é diferente — respondeu Órion, tentando desviar a conversa e evitar que o assunto se prolongasse.

— Bom, tenho que levar minha esposa a um lugar, com licença! — exclamou Órion, interrompendo a tensão ao agarrar o braço de Freya, que ainda parecia confusa.

Koda, sentindo o clima tenso e percebendo o desconforto de Liana ao seu lado, decidiu que era melhor deixar aquela conversa para depois. Ele se virou, afastando-se com Liana, enquanto Órion puxava Freya com firmeza.

— Continue andando! — exclamou ele, a frustração evidente em sua voz.

— Por que ele disse aquilo? — perguntou Freya, a inquietação crescendo dentro dela.

— Não ligue para o que ele diz! — disparou Órion, seu tom autoritário ecoando entre eles. — Quero que evite contato com ele, entendeu? — insistiu, seu olhar penetrante buscando a compreensão de Freya.

— Está bem! — respondeu a jovem , mas a dúvida ainda se refletia em seu semblante.

Enquanto isso, Liana olhou para seu noivo com preocupação.

— Koda, por que você disse aquelas coisas? — perguntou, a ansiedade em sua voz.

— Minha cara, não se preocupe com isso, apenas com nosso casamento, está bem? — exclamou Koda, envolvendo o rosto dela com as mãos, tentando transmitir segurança e afeto.

Embora o Alfa do Leste tentasse desviar a atenção do assunto, o ar pesado de incerteza pairava sobre os quatro, como uma tempestade prestes a desabar. Freya olhou para trás, buscando entender o que havia despertado algo tão profundo dentro dela, enquanto Órion a guiava para longe, determinado a proteger o que ele considerava a sua verdade.

No quarto, a atmosfera era carregada de emoções intensas. Órion se aproximou de Freya, seus lábios se unindo em um beijo fervoroso, como se temesse perdê-la a qualquer momento. Cada toque, cada movimento, carregava a urgência de um amor que parecia transcender o tempo e o espaço.

— A partir de hoje, você não dormirá em outro quarto além deste! — exclamou ele, sua voz grave ressoando com possessividade enquanto seus lábios se encontravam novamente, aquecendo ainda mais o ambiente.

Ele a deitou suavemente na cama, como se cada movimento fosse uma reverência à beleza que tinha diante de si. Órion começou a explorar o corpo de Freya com beijos ardentes, seu sussurro em seu ouvido era como um mantra:

— Você é minha!

A cada palavra, ele rosnava de possessão, um lobo em seu instinto mais primal. Órion dava leves mordidas nas coxas de Freya, provocando um calor crescente em seu interior. Ela se deixava levar pela sensação, excitada e desejosa. O tempo parecia ter parado enquanto ele a envolvia em um abraço apaixonado.

Sem hesitar, Órion se fundiu a Freya, seus corpos se movendo em perfeita harmonia. A intensidade dos movimentos era como uma dança primal, pulsante e cheia de vida. Freya segurava a coberta com força, perdendo-se na onda de prazer que a dominava.

À medida que a intensidade aumentava, Freya não conseguia conter os gemidos que escapavam de seus lábios. Ela se entregava completamente, permitindo que cada onda de prazer a levasse a um estado de êxtase.

— Órion! — ela exclamou, a voz agora carregada de uma mistura de desejo e necessidade. — Mais, por favor!

Órion, atendendo ao seu pedido, intensificou o ritmo, seus movimentos se tornaram mais profundos e frenéticos. Freya segurava a coberta com os dedos, sentindo a energia vibrante entre eles como uma força indomável. Cada movimento dele a levava mais perto do clímax, e ela sabia que estava prestes a se perder no abismo do prazer.

— Isso mesmo, querida! — ele rosnou, sua voz carregando uma mistura de possessão e amor. — Sinta tudo!

As respirações se tornaram mais rápidas, os corpos deles se movendo em uma sinfonia de prazer e paixão. A conexão entre eles era eletrizante, um laço que os unia de uma maneira que transcendia o físico.

Freya finalmente alcançou o ápice, um grito de êxtase escapando de seus lábios enquanto a onda de prazer a consumia. Órion a acompanhou nessa jornada, seu próprio clímax se fundindo ao dela em um momento de pura entrega e conexão.

Enquanto a tempestade de emoções começava a se acalmar, o Alfa envolveu Freya em seus braços, puxando-a para perto, como se quisesse protegê-la de tudo o que pudesse ameaçar aquele momento sagrado. Eles respiravam juntos, os corações batendo em uníssono, e a sensação de felicidade e realização os envolvia como um cobertor quente.

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A noite estava envolta em uma atmosfera mágica, com as estrelas brilhando intensamente no céu, como se celebrassem a união de Koda e Liana. Freya, em especial, estava deslumbrante, seu vestido refletindo a luz suave das velas que iluminavam o ambiente. Enquanto arrumava os cabelos, uma sensação de nervosismo e expectativa a preenchia.

O Alfa se aproximou por trás dela, seus braços envolvendo a cintura delicadamente. Ele inclinou a cabeça e beijou suavemente o pescoço de sua companheira, fazendo-a fechar os olhos e soltar um suspiro de prazer.

— Órion, eu quero te pedir algo, — disse ela, sua voz um pouco hesitante, mas firme.

— Diga, eu farei tudo o que me pedir! — exclamou ele, sua determinação evidente.

Freya se virou para encará-lo, os olhos cheios de seriedade e vulnerabilidade.

— Não quero que tenha outras mulheres! Eu sei que os Alfas podem ter mais de uma mulher. Se algum dia você se casar novamente com outra, nosso pacto romperá! — exclamou Freya, a paixão em suas palavras refletindo o que sentia em seu coração.

Órion a observou com atenção, seu semblante se tornando sério. Ele sabia que o que Freya estava pedindo era algo incomum para um Alfa, mas a profundidade de seus sentimentos era inegável.

— O que você está me pedindo é algo novo para qualquer Alfa. Todos os Alfas possuem mais de uma mulher. — Ele respirou fundo, sentindo a pressão da tradição em seus ombros. — Mas, para mim, não importa outra mulher, porque só me importa ter você! Eu não me casarei com mais ninguém, está bem? — exclamou ele, inclinando-se para dar um beijo ardente em Freya, selando a promessa com uma intensidade que falava mais do que palavras poderiam expressar.

Freya se entregou ao beijo, sentindo a segurança e a paixão que Órion transmitia. A reciprocidade do amor deles era palpável, e ela soube naquele instante que ele estava falando a verdade. A conexão que compartilhavam era única e poderosa, e, acima de tudo, real.

— Obrigada, — sussurrou Freya, quando o beijo terminou. — Isso significa muito para mim.

Órion sorriu, seu coração aquecido pela sinceridade dela. Ele acariciou o rosto dela com a ponta dos dedos, admirando a beleza de sua companheira.

Enquanto caminhavam em direção ao local da cerimônia, o coração de Freya estava cheio de esperança e amor. Naquela noite mágica, sob as estrelas que testemunhariam a união de Koda e Liana, ela se sentia mais próxima de Órion do que nunca, e a certeza de que seus destinos estavam entrelaçados a fazia sentir-se completa.

A cerimônia estava repleta de alegria e emoção. Liana estava radiante, cercada pela Matilha que se reunia para celebrar a união do casal. As matilhas do norte e do leste estavam presentes, e a atmosfera era de festa. Koda, ao lado da Sacerdotisa, esperava ansiosamente sua noiva.

Koda e Liana

Freya observava Órion enquanto ele conduzia Liana até o altar, seu coração aquecido pela cena. O amor em seus olhos era inegável, e ela sentiu um misto de felicidade e saudade. Assim que a cerimônia terminou e Liana e Koda foram declarados marido e mulher, Órion se aproximou de Freya e a abraçou, envolvendo-a em um calor reconfortante.

Porém, não muito longe, Missandre observava a cena com um olhar de descontentamento. A raiva fervia em suas veias, e ela não aceitava a rejeição de Órion. Algo dentro dela a dizia que não deixaria isso barato.

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Após a cerimônia, os Alfas e Betas se reuniram em um enorme banquete, enquanto os músicos tocavam melodias alegres. O ambiente era festivo, mas Koda não conseguia tirar os olhos de Freya. O cheiro dela o perturbava, uma mistura de curiosidade e algo mais profundo que ele não conseguia identificar.

— Freya! — exclamou Koda, fazendo um silêncio instantâneo cair sobre a mesa e criando uma tensão palpável. Órion ficou nervoso, sentindo que algo estava prestes a acontecer.

— Quem são seus pais? — perguntou Koda, a curiosidade evidente em sua voz.

Freya olhou para Órion, hesitando em responder. Quando ela estava prestes a falar, Órion interveio.

— Os pais dela viviam com os homens comuns. Eles morreram há alguns anos! — exclamou, a defensiva clara em suas palavras. Freya se sentiu chateada por ele ter respondido em seu lugar, mas não teve tempo de protestar.

— É incrível, lobos com os homens comuns, algo raro! — disse Koda, uma curiosidade crescente em seu olhar. No fundo, ele sabia que Órion escondia algo sobre Freya, e isso só alimentava sua suspeita.

— Só conheço uma loba que vivia aqui e tinha cabelos loiros! — exclamou Koda, e a atmosfera ficou pesada.

Órion se levantou abruptamente, deixando todos assustados. A tensão na mesa cresceu.

— Koda, podemos conversar a sós? — perguntou Órion, sua voz controlada, mas firme.

— Claro! — respondeu Koda, um sorriso ansioso no rosto.

Na sala da Matilha, Órion e Koda ficaram frente a frente, a tensão era palpável.

— Por que está fazendo tantas perguntas sobre minha companheira? — indagou Órion, a ferocidade em sua voz clara como cristal.

— Freya tem algo familiar, o cheiro dela, os cabelos. Mas você está me escondendo algo, eu posso sentir! — exclamou Koda, a intensidade de seu olhar não vacilando.

Órion lançou um olhar sombrio, seus olhos vermelhos brilhando com uma mistura de raiva e preocupação.

— Fique longe da minha esposa! — exclamou o Alfa do Norte, a proteção em suas palavras inegável.

Koda não recuou, seus olhos um amarelo intenso, desafiando a presença de Órion.

— Freya é do leste, não é? — exclamou ele, a afirmação soando como uma revelação.

Órion ficou um pouco mexido com a afirmação, mas tentou manter a compostura.

— Eu já disse, ela veio do mundo dos homens! — respondeu Órion, a frustração crescendo em seu tom.

— Ela tem o cheiro de Althea, minha irmã! — exclamou Koda, deixando Órion ainda mais nervoso. A revelação pairou no ar como uma sombra.

— Me conte a verdade, Órion! Por que está temendo a verdade? — exigiu, a insistência em sua voz fazendo a tensão entre eles crescer ainda mais.

Órion sabia que a situação estava prestes a se descontrolar. Ele respirou fundo, analisando as palavras de Koda. A necessidade de proteger Freya era primordial, mas a verdade que ele escondia poderia mudar tudo.

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