Seus Filhos Não, Nossos Filhos

Lúcifer

Minha cabeça está completamente desnorteada. Estou na sala dela sentado no chão com um dos meus ternos mais caro com meus filhos bem no meu colo, nos últimos dez minutos reencontrei a mulher que não sai do meu coração e dos meus pensamentos e de brinde tenho dois filhos com ela que o DNA não nega que são meus.

— Temos muito o que conversar, Moana. E não pode ser na frente deles.

— Meu escritório fica ali... Amores, vocês podem pedir para o Gaab levar vocês para comer o que quiserem. — eles olham para mim — O pai de vocês é nosso convidado até o final da viagem dele. — eles abrem um grande sorriso me beijam e saem correndo.

Caminhamos até o escritório dela e eu entro por último trancando a porta atrás de mim, ela me olha irritada e confesso que senti falta desse olhar...

— O que eu disse lá fora é verdade.

— Não precisava trancar a porta, eu não vou fugir. Você disse que tudo o que fez foi para ficar comigo de verdade... Dispenso. Foi para a cama comigo, fugiu de mim por quase quarenta dias, passou com outra mulher na minha cara e viajou em seguida, depois disso me dispensou pela sua assistente... Eu tive muito de você para pouco tempo, Lúcifer. Não preciso de mais... E agora você é um homem casado.

Depois de tudo o que ela falou explico o porquê da minha covardia e depois o porquê do casamento.

— E é isso, ela está dormindo com o personal dela já faz quatro anos, mas não pede o divórcio e eu faço da vida dela um inferno todos os dias. Isso está longe de um casamento. Agora não foi legal esconder de mim e da minha família nossos filhos.

— Eles são meus filhos e você não vai tirar eles de mim.

— Seus filhos não, nossos filhos, Moana. E sim, vou levar eles para conhecer o tio e os avós ou vai querer partir para a justiça? Como será que vai ser? Você me privou de qualquer ato como pai desde que descobriu a gestação até agora, será que o juiz vai ser legal com você?

Eu não queria mesmo usar isso contra ela, mas se eu quiser levar ela e meus filhos de volta comigo vai ter que ser assim.

— Não vou me influenciar pelas suas palavras, vou ligar para o meu advogado.

Ela liga para o advogado e explica a situação e descobre que nada está ao seu favor.

— Eu vou morar em LA para que você possa participar da criação deles, mas você está proibido de se meter na minha vida.

— Você sempre me surpreende, Moana.

Ela conversa com o primo dela que prefere ficar aqui o que pra mim vai ser melhor pois vou tentar conquistar ela e ele poderia me atrapalhar, os gêmeos adoraram a ideia de conhecer os avós e o tio e todos lá estão empolgados.

Finalmente chegamos e fomos direto para a casa dos meus pais que estavam esperando a gente com a sala repleta de brinquedos para crianças de cinco anos. O sangue não nega, eles correm até os avós e abraçam eles depois param e olham bem para Leon e depois para mim.

— Isso é muito estranho para vocês? Sermos tão parecidos? — Leon pergunta

— É muito legal! o tio e o papai são mesmo iguais. — Zayn fala animado.

— O tio e o papai são muito bonitos. Assim como nós dois, Zayn. — Zaya parece gostar muito da nossa semelhança.

Todos rimos, menos Moana que ainda está distante de todos olhando para a minha mãe. Olho para minha mãe que segue meu olhar até Moana.

— Moana, minha querida, venha aqui. Você está tão linda e diferente, a gravidez te fez bem, hein... Não se preocupe, sei que teve os seus motivos o importante é que agora eles estão aqui e você também. — Moana abraça minha mãe e chora um pouco vejo que ela gosta mesmo da minha mãe — Faremos assim, depois com mais calma você me conta tudo, ok?

Ela afirma com a cabeça e nos sentamos no sofá enquanto as crianças olham todos os brinquedos. Estamos lá todos felizes até que Safira chega furiosa gritando na sala da minha mãe.

— Muito bonito o que está acontecendo aqui. — ela bate palmas e os gêmeos correm até mim abraçando minhas pernas — Isso é brincadeira, né? Quem são os pirralhos agarrados no meu marido? Moana? Você não ficou sabendo? Ele casou comigo, pegue seus pirralhos e vá embora agora.

— Se chamar meus filhos de pirralhos mais uma vez arranco sua língua e te faço comer.

Ela se aproxima de mim e das crianças e Moana vem na nossa direção, mas faço um sinal para ela ficar onde está.

— Filhos? Acho melhor fazer um exame de DNA, essas crianças não tem nada de vocês e são feias.

Ela puxa meus filhos, mas eu as seguro perto de mim. Safira chega muito perto e as crianças começam a espirrar, quando olho para os seus rosto estão ficando vermelho...

— Moana, eles são alérgicos a alguma coisa?

— Sim, perfumes da Chanel, algo na composição do perfume causa isso neles! Eu não trouxe o remédio deles porque aqui ninguém usava esse perfume... Precisamos levar eles agora ao médico.

Pegando meus filhos no colo aviso para Safira:

— Se você chegar tão perto deles de novo vai acabar no meio do oceano de preferência lá no fundo em um caixão cheio de pedras.

Ela me olha e todos na sala nos acompanham, menos Safira. As crianças são medicadas e voltamos para a casa dos meus pais.

— Moana, é melhor para eles ficarem aqui na mansão com meus pais, eles já proibiram a entrada da Safira e dobraram a segurança.

— Tudo bem, eu vou para um hotel até encontrar uma casa... Não tem problema. — eu entrego um envelope e um cartão chave — Pensei que tinha vendido ou dado para outra mulher.

— O que é seu mulher nenhuma vai tomar de você. — falo olhando nos olhos dela. Será que ela entendeu o que eu quis dizer?

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