Dia Difícil

Lúcifer

— Não estou nem um pouco afim de falar com essa mulher. Morgan, diz para ela que estou ocupado e que não posso atendê-la hoje que é para voltar outro dia ou melhor nunca mais se possível.

— Ela disse que se você não recebê-la vai até a mídia e mostrar aquele vídeo de vocês no seu chalé.

— Mas que filha da puta, eu paguei caro para ela apagar aquela droga de vídeo.

— Por que em sã consciência você deixou que ela gravasse algo tão íntimo entre vocês, Lúcifer? Sou casada com a Lua há oito anos e nós duas nunca tiramos nem uma foto sequer em algum momento um pouco mais íntimo. Isso é burrada nos dias de hoje.

— Eu estava muito bêbado, e na hora não maldei que ela tivesse segundas intenções comigo. Afinal ela é a filha adotiva da irmã do meu pai, minha prima, pensei que não era como as outras, só que me enganei feio.

— Nossa, você está cada dia mais gato, priminho, fiquei entediada lá em Paris e voltei. Só que não gostei muito do conteúdo que está se espalhando pela mídia daqui, como fogo em rastro de pólvora... E vim aqui pessoalmente saber de você se é verdade. — Safira fala ao invadir minha sala sem ser convidada.

— Tenho certeza que meus tios te deram toda a educação necessária e coisas do tipo: só entre se for convidada. Mas acho que você deve ter esquecido... Não tenho tempo nem para você e muito menos para fofocas então, por favor, o caminho da rua é a serventia da casa. — aponto para a porta e depois me viro para me sentar e volto minha atenção para o meu computador até que algo vem para mim no meu e-mail pessoal e vejo que veio dela — Não faça isso, Safira, do mesmo jeito que esse escândalo afetará a mim também vai atingir você como um tornado.

— Ou será que você não quer que a sua namoradinha te veja mandando ver comigo espetacularmente, querido primo?

— Então esse é o motivo para você estar aqui? Meu namoro? Olha, eu pensei que você tinha mais orgulho e amor próprio. Que deprimente, Safira, vir até aqui só para ser chutada por mim.

— Lúcifer, vocês dois precisam se acalmar. Não vão conseguir resolver nada sujando a imagem um do outro. — Morgan entra na frente quando vê que eu me levantei.

— Eu tinha até esquecido que você estava aqui... Morgan, chame a segurança, por favor.

— O coração do titio ainda é muito frágil, priminho? O que ele iria sentir ao ver o amado primogênito nu em todos os tablóides da cidade? Em todos os meios televisivos do país? Huuummm, sei não, acho que poderia deixá-lo mal ou até...

Vou até ela, seguro firme seu pescoço e aperto, ela ri debochadamente, isso me irrita me fazendo aperta mais ainda e ela tosse, mas continua rindo. Morgan tenta a todo custo tirar minha mão do pescoço de Safira, mas sem sucesso.

— Se você se atrever eu acabo com você com as minhas próprias mãos, Safira. — falo olhando em seus olhos.

— Solta ela, Lúcifer. Você vai estragar sua vida por causa de alguém como ela? Por favor... Pense em seus pais.

Eu solto ela quando Morgan pronúncia os meus pais que são meu ponto mais fraco e o que me tirou do sério agora pouco.

— Cof Cof Cof... Seu... Idiota... Você... Cof Cof, quase me matou. Se isso fosse na minha cama até curtiria mais um pouco.

— Se veio até aqui me chantagear para deixar minha namorada está perdendo seu tempo, eu não vou deixá-la.

— Vou ser legal com você, priminho, amanhã terei que viajar para para Nova York, mas volto em pouquinhos dias, acho que em quinze no máximo. Você tem até lá para terminar com a vadia que se acha importante para estar ao lado de alguém como você. Esse lugar é meu. Apenas eu estou a altura de estar ao seu lado. Até mais, primo.

Ela sai sem me dar chance de responde as merdas que acabou de falar...

— Responde para mim, Morgan, minha vida era tranquila quando eu estava sozinho, então por que mesmo que estou passando esse inferno agora?

— Porque sua mãe ameaçou sua vida e disse que iria te deserdar. Precisa de algo mais?

— Só do meu almoço!

Seu Akira chega e enquanto almoço ele me conta um pouco do que sabe sobre Moana e aquilo me ajuda a ver ela do jeito que realmente é. O expediente acaba e volto para casa.

Tomo um banho e deito, durmo por quarenta minutos e acordo com fome. Vejo que já são sete e meia da noite e tem algumas mensagens e ligações perdidas da minha mãe no meu telefone me chamando para jantar na casa dela.

Vejo outra mensagem de Moana dizendo que já está pronta, me arrumo rápido, mas antes de sair tomo uma vitamina de frutas para dar uma segurada na fome até chegar na casa da minha mãe.

Quando o elevador abre no andar de Moana mais uma vez me surpreendo com sua beleza e sensualidade... Ela está usando um vestido tubinho vermelho com scarpins da mesma cor.

Seu cabelo está preso em um coque lindo com alguns cachos caindo por diferentes pontos de sua cabeça e rosto, seu conjunto de jóias são compostos por rubi e ouro e sua maquiagem cria uma linda harmonia com tudo.

— Você precisa parar com isso, Moana.

— Eu não fiz nada, seu maluco. — ela olha para mim irritada e entra no elevador.

O perfume dela... O mesmo que ficou agarrado no meu lençol, tive que pedir para trocarem porque era uma lembrança da outra noite.

— Poderia trocar seu perfume, por favor? Não gosto dele.

— Isso é sério? Quer mudar a cor do meu cabelo também? Já sei, o próximo passo vai ser tirar meus cachos é isso? Babaca.

Eu ignoro o chilique dela porque seu perfume está me enlouquecendo. Quando finalmente chegamos na casa da minha mãe perco a fome.

Safira está de pé ao lado da minha mãe, com um sorriso falso no rosto e um lenço no pescoço para cobrir a marca que meus dedos deixaram... Isso não vai acabar bem.

Safira

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