A pequena cresceu 2 part

— Então, gostou das roupas novas? — perguntou Mônica, surgindo na porta com um sorriso brincalhão, assustando a garota,

A Dra. Mônica era uma mulher de presença marcante, conhecida tanto por sua inteligência quanto por sua beleza. Aos 55 anos, ostentava cabelos pretos e curtos, que lhe davam um ar moderno e elegante. Seus olhos castanhos claros, sempre atentos, refletiam uma sabedoria adquirida ao longo dos anos. Com 1,70m de altura, seu porte firme e sua pele alva destacavam-se em meio à simplicidade de suas roupas: uma camisa social branca impecavelmente passada, calças pretas de cintura alta e botas de couro que estalavam suavemente no chão a cada passo. O toque final era uma maquiagem leve, que realçava suas feições naturais.

— São lindas, Mona. Adorei! Muito obrigada, mas não posso aceitar, devem ter sido muito caras — agradeceu Madson, seus olhos brilhando de gratidão, embora hesitasse em aceitar o presente.

— Claro que pode aceitar, é meu presente de aniversário para você, e acredite, não foi tão caro assim — insistiu Mônica, com um sorriso radiante. — Experimente para ver se servem direitinho — sugeriu, aproximando-se.

— Está bem, vou aceitar, mas não precisava gastar tanto comigo. Muito obrigada mesmo — disse Madson, sorrindo em agradecimento.

— Princesa, faço isso porque você é uma menina maravilhosa, nunca me deu trabalho, sempre tão educada e carinhosa com todos. Isso é só um pequeno gesto de gratidão — explicou Mônica, com um sorriso afetuoso que iluminava seu rosto.

Madson colocou suas roupas íntimas — um top preto e uma calcinha da mesma cor — antes de vestir as roupas novas, que caíram perfeitamente em seu corpo esguio. O reflexo no espelho a fez corar levemente.

— Você está linda! A roupa ficou perfeita em você — disse Mônica, emocionada, observando a transformação da pequena Madson, que agora parecia uma jovem mulher. Seu olhar nostálgico denunciava a saudade dos tempos em que a menina ainda era pequena.

A doutora sentou-se na cama da menina e a chamou, estendendo a mão para arrumar os cabelos longos e castanhos de Madson, que caiam em ondas suaves.

— Vem cá, pequena, senta aqui para eu pentear seu cabelo como antigamente — pediu, batendo levemente na beira da cama.

— Tá bom, Mona — disse Madson, com um sorriso de cumplicidade, indo ao encontro dela e sentando-se, deixando que as mãos delicadas de Mônica deslizassem pelo seu cabelo, como tantas vezes havia feito no passado.

Com os cabelos arrumados, Mônica levou Madson até o jardim nos fundos do velho casarão. A brisa suave daquela manhã envolvia o espaço, onde a menina costumava passar suas tardes escrevendo em seu caderno de capa azul. No jardim, uma mesa de madeira robusta estava coberta com um delicioso café da manhã preparado com carinho.

O jardim era um pequeno refúgio de paz, onde cada detalhe parecia cuidadosamente planejado. Árvores de diversos tipos proporcionavam sombra e frescor, enquanto flores de todas as cores preenchiam o ar com um perfume suave. Ao lado, a horta, sempre impecável, exibia hortaliças frescas e bem cuidadas. O responsável por toda aquela beleza era o senhor Carlos, que, além de cuidar do jardim, fazia reparos no casarão. Próximo à mesa, havia um deck de madeira polido, onde se destacavam um confortável sofá e outra mesa menor, perfeita para momentos de conversa ao ar livre.

No deck estavam as pessoas mais queridas de Madson: a Diretora Ana, que sempre a tratou como uma filha; Dona Rosa, que, com seu jeito acolhedor, fazia de tudo para agradá-la; Helen, a fiel companheira de brincadeiras; e o senhor Carlos, que, além de jardineiro, tornou-se o mestre de Madson no cuidado com flores e plantas. Juntos, criaram um ambiente em que a menina se sentia profundamente amada e protegida.

Ao chegar ao jardim, Madson foi surpreendida com uma festa de aniversário ao ar livre. Sobre a mesa, estavam todas as suas comidas favoritas, preparadas com dedicação por Dona Rosa e sua ajudante Helen: uma generosa xícara de chocolate quente, um bolo de chocolate decorado com pequenas flores de açúcar, sanduíches de queijo frescos e maçãs cortadas em fatias perfeitas.

— Nossa! Meu Deus! Não acredito no que estou vendo, está tudo maravilhoso! — exclamou Madson, com os olhos arregalados e um sorriso de pura alegria.

Uma a uma, as pessoas foram até ela para parabenizá-la. A primeira foi Ana, seguida por Mônica e os demais.

— Parabéns, minha pequenina! Desejo que você tenha muita felicidade, saúde, paz e sucesso em tudo que fizer. Você é uma menina extraordinária — disse Ana, envolvendo Madson em um abraço carinhoso, o tipo de abraço que transmitia toda a segurança e amor que a garota sempre sentira naquele lugar.