Mal chegou ao palácio, o Duque enviou uma carta à filha, dizendo que estava tudo bem e que faria o possível para voltar para casa mais cedo.
O Duque, após o almoço, foi chamado à sala do trono. Ele ainda não sabia do que se tratava a reunião, e ao chegar à porta, foi anunciado.
- Boa tarde, Duque Smith. O sol do reino o saúda.
O Duque faz uma reverência.
- Bem-vindo, Duque. Espero que esteja tudo do seu agrado. Faz muito tempo que não o vejo por aqui.
- Muito obrigado, Majestade. Não se preocupe, estou confortável.
- Eu o mandei chamar porque preciso falar com você. - Diz o Rei, convidando-o a sentar-se à sua frente. - Ouvi dizer que sua filha já está em idade de se casar, então, o que acha de ela se casar com o terceiro príncipe?
O Duque, incomodado com a situação, permanece em silêncio. Obviamente, o Rei percebe isso e pergunta novamente:
- O que acha, Duque?
- Majestade, não quero parecer rude, mas terei que recusar seu pedido. Minha filha decidiu que ainda não se casará, mas falarei com ela sobre sua proposta.
O Rei, não muito satisfeito com a resposta, apenas assente e diz que ele já pode se retirar.
Enquanto isso, Ivy estava prestes a começar as férias de verão. Ela era uma das melhores em todas as suas aulas, assim como no clube de cavalaria, então estava mais do que feliz com suas conquistas.
Havia se passado uma semana desde que Ivy escreveu a carta ao Príncipe, e ela esperava ansiosamente por uma resposta, assim como pelo retorno do Duque. Naquela tarde, seu pai chegou à mansão enquanto ela treinava um pouco com a espada. Ao chegar, ele mandou chamá-la com Lina e disse que a esperava em seu escritório.
- Senhorita, o Duque acabou de chegar e pediu para vê-la.
Ivy larga a espada e vai se trocar para ficar apresentável para o Duque.
- Pai, é um prazer vê-lo.
- Ivy, querida, chamei você para conversarmos sobre algumas coisas. A primeira é esta. - Ele lhe entrega uma grande caixa com um lindo vestido bege.
- Pai, é lindo! - Diz Ivy com emoção nos olhos.
- Filha, se não for pedir muito, você me acompanharia a um baile de caridade amanhã à noite?
- Pai, o senhor não precisa pedir, claro que o acompanharei.
O Duque, contente, decide contar a ela sobre a proposta do Rei:
- Outra coisa, é um assunto importante. Você se lembra que o Rei me chamou?
Ivy apenas assente.
- Ele pediu sua mão em casamento com o terceiro Príncipe.
O rosto de Ivy fica vermelho de raiva, pois ela percebe que seu compromisso com ele acontecerá de qualquer maneira.
- Pai, eu já disse a ele que não desejo me casar ainda, e se eu o fizer, quero fazê-lo por amor, como a mamãe e o senhor.
- Filha, não se preocupe, eu não aceitei. Eu disse a ele que falaria com você primeiro, mas se você não estiver disposta, escreverei uma carta a Sua Majestade rejeitando a proposta.
Ivy, feliz por ter o apoio de seu pai, se levanta e o abraça, para depois sair e pedir ajuda a algumas criadas que estavam ali para levar o vestido para seu quarto.
Já em seu quarto, ela se senta para meditar, canalizando sua raiva e florescendo ainda mais sua magia.
Na tarde do dia seguinte, Ivy estava terminando de se arrumar e aproveitou a ocasião para usar o vestido que seu pai lhe deu. Quando estava pronta, desceu e se dirigiu com o pai para a carruagem.
Ao chegarem ao local, param na porta para esperar serem anunciados.
- O Duque Evans Smith, com sua filha, a Senhorita Ivy Smith.
Ao descerem, foram recebidos pela Condessa Thompson.
- Bem-vindos, Duque Smith, Senhorita Smith. Espero que aproveitem a estadia.
Ivy vê um rosto familiar entre a multidão, então pede licença ao pai para ir até ela. Emma, ao vê-la se aproximar, sorri.
- Ivy, tão linda como sempre.
- Emma, você me elogia, mas você não fica para trás, também está linda!
- Obrigada. - Ela só consegue dizer isso antes de corar.
Elas continuam conversando. O Duque as procura com o olhar até encontrá-las conversando com algumas senhoritas, então ele também se junta à conversa com o Conde e sua esposa.
Quando o leilão começa, Ivy volta para o lado do pai e eles entram no salão onde ele será realizado. Eles se sentam em seus lugares e o leilão tem início.
Quase no final, um lindo colar de rubi vermelho em forma de coração está sendo leiloado, algo que chama a atenção de Ivy, e ela decide dar um lance.
- Cem moedas de ouro. - Diz Ivy.
- Duzentas moedas de ouro. - Diz Vanessa, que também estava lá e queria o colar.
- Quinhentas moedas de ouro.
- Mil moedas de ouro.
- Cinco mil moedas de ouro.
Vanessa, embora pudesse oferecer até dez mil, não queria, pois não acreditava que o colar valesse tanto.
- Cinco mil pela primeira vez, cinco mil pela segunda vez... Vendido por cinco mil moedas de ouro! Parabéns, senhorita. Por favor, venha retirar seu prêmio.
Ivy, contente, levanta-se para pegar o colar. Ela se sente um pouco estranha, como se o colar a estivesse chamando.
Ao final do leilão, eles voltam para casa. O Duque vê sua filha feliz com o colar e não diz nada.
No dia seguinte, Ivy tinha que ir para a aula, pois era o último dia. Seu dia transcorre normalmente. Ela passa pelo campo onde a cavalaria treina e se despede de seus colegas enquanto vai buscar suas coisas, pois já devia voltar para casa. Emma se aproxima e diz que sentirá sua falta e que se ela quiser visitá-la, será recebida de braços abertos.
- Você também, Emma. Se quiser me visitar, ficarei feliz em recebê-la.
Elas se abraçam rapidamente e cada uma segue seu caminho para casa.
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Atualizado até capítulo 63
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