Capítulo 8:"É o álcool que fazem as verdades serem reveladas!"

P.o.v - Dan

Olhei para a camisa social de botões de Marcos enquanto ele já estava sentado na cama.

-Desabotua sua camisa, por favor - pedi.

Eu pensava: "só vou acompanhar ele até a porta do banheiro."

Marcos olhando para mim, desabotou a camisa e a jogou em mim.

-Você pode tirar o resto pra mim? - perguntou ele.

Segurei a blusa dele e joguei na cama.

-Então você vai tomar banho de roupa? - retruquei.

Puxei-o e o ajudei a ir ao banheiro. Quando ele entrou, parei na porta.

-Pronto, agora eu preciso ir.

Marcos parou, olhou para mim e me puxou para dentro do banheiro.

-Você não vai agora, só quando eu quiser.

Encarei-o surpreso pela proximidade e suspirei, resolvendo ajudá-lo a entrar no box do chuveiro.

-Não posso demorar - disse, ligando o chuveiro para ele.

-Não pode demorar por quê? Você tem que encontrar alguém? - perguntou Marcos.

-Não né, mas o que você acha que vão pensar se me verem saindo tão tarde daqui?

-Ninguém tem que pensar em nada. Quem manda aqui sou eu e se alguém for contra, tenho um remédio que resolve.

Fiquei meio assustado.

-Bem, termina de tirar a roupa e entra logo debaixo do chuveiro.

Marcos deu um sorriso safado e tirou a roupa na minha frente.

-Agora sua vez.

-O quê? — olhei espantado.

Marcos deu um sorriso malicioso.

-Qual é o problema? Está com vergonha?

-Eu não vou fazer isso! Está maluco? - falei envergonhado.

-Maluco não, mas quero tomar banho com você e, de roupa não tem como fazer isso.

-Vai logo tomar seu banho, por favor. - respondi.

Perdendo a paciência, Marcos me puxou para dentro do box com ele. Fiquei espantado enquanto ele me encostava na parede e eu sentia a água do chuveiro cair. Ele pegou no meu cabelo e puxou.

-Está com medo do quê?

Comecei a sentir um frio na barriga com aquilo.

-Por que está assim? Se me odeia? - perguntei, sentindo ele puxar meu cabelo e fechando os olhos envergonhado.

-Não vou mentir, até que você não é tão chato quanto parece - disse Marcos, dando um tapa leve no meu rosto.

-O que quer de mim, Marcos? - perguntei, olhando-o. -Ficou com a minha ex, e agora quer que eu fique aqui, por quê? O que você quer de mim? Me humilhar?

-Você carrega mágoas só porque fiquei com aquela mulherzinha. Você tinha que me agradecer porque nunca mais ela vai falar com você.

-Eu não te pedi ajuda! - respondi parecendo está ficando chateado. -E por que fez isso? O que ganharia com isso?

Marcos pegou no meu pescoço e apertou um pouco, de uma maneira diferente.

-Você está no meu território.

Fiquei meio nervoso e ofegante.

-Você me trouxe pra cá.

-Então me respeite, porque posso fazer o que eu quiser com você.

Olhei meio confuso.

Marcos riu de mim e tirou minha blusa.

Meio envergonhado, percebi que não tinha muito o que fazer, já que ele não me deixaria ir embora. Marcos começou a passar a mão no meu corpo. O olhei timidamente, sentindo seu toque, e segurei sua mão.

-É... eu acho que você está me... interpretando errado... Eu nunca fiquei assim com alguém como você.

-Para tudo tem uma primeira vez... Eu estou te interpretando certo — disse Marcos.

-Primeira vez? - ri nervoso, tentando me manter calmo. - Eu não tô querendo... nada agora, não...

-Não te perguntei se você quer ou não.

-O que você quer de mim? Você não me respondeu....

-Quero me divertir com você.

-Divertir? - perguntei confuso.

-Sim, agora fica quieto na sua e aproveita o momento.

Marcos pegou na minha nuca e me puxou com força, começando a beijar minha boca. Fiquei espantado com aquilo, mas não consegui sair, pois ele me segurava firme contra a parede. Fechei os olhos e comecei a retribuir aos poucos, timidamente, pensando: "o que eu tô fazendo? Que estranho...."

Ele parou o beijo por alguns segundos e logo voltamos a nos beijar.

Peguei no ombro dele e me afastei um pouco, ofegante.

-Já chega... vamos parar aqui....

Saímos dali e fomos para o quarto. Peguei um roupão e dei a ele. Quando ele colocou o roupão, sentou na cama.

-Vou pegar um pijama pra você.

Fui até o guarda-roupa e peguei uma roupa de dormir.

-Aqui!

Peguei uma toalha no banheiro após dar a roupa dele, pois eu também estava molhado, e o olhei.

-É... você pode me emprestar uma roupa? A minha está molhada...

Marcos me olhou.

-Tenha calma, eu sei que sou gostoso, mas não precisa ficar envergonhado... Não quero roupa pra dormir...Pra que roupas?

-Porque estou com frio e preciso ir pra casa.

Marcos riu debochado.

-Você só vai amanhã.

-É que eu volto aqui amanhã pra trabalhar...

-Não quero saber, você vai ficar aqui! - ele responde autoritário.

-Tá... mas deixa eu pegar uma roupa, eu tô com frio - falei meio envergonhado ainda.

-Vai pegar logo!

Fui e peguei uma roupa dele, me trocando.

-Obrigado.

Sentado na cama, Marcos me puxou para ele e sorriu. Logo que ele me puxou, caí na cama e ele ficou por cima. Olhei surpreso.

Ele se aproximou, mas começou a se sentir muito sonolento.

"O que ele vai fazer? Parece com sono" - pensei.

-Você está com sono, melhor eu ir.

-Melhor você ir dormir comigo, porque não vai sair daqui hoje!

-Eu posso dormir em casa.

-Já falei que não vai, ou você quer dormir amarrado?

-Tá bom, eu fico.... -respondo com um certo receio. Vi-o deitar ao meu lado e fiquei olhando.

Marcos ao meu lado e me abraçou.

-Você é muito teimoso. - respondeu ele sonolento.

Fiquei calado e virei de costas para ele. Senti ele se encostar, deitando de conchinha comigo. Senti sua respiração no meu pescoço e fiquei arrepiado, com frio na barriga. pensei: "por que ele está assim? Será que ele gosta de homem? Mas ele estava com a Manu."

-O que você está pensando? - perguntou Marcos.

-Pensando?... Nada... - respondi, olhando a parede. E sinto ele deslizar sua mão em meu corpo de forma lenta. Peguei na mão dele, fazendo-o parar, e entrelacei nossos dedos.

-Por que não dorme um pouco?

Continuei segurando sua mão firme pos ele queria soltar minha mão.

-Porque eu não quero ainda.

Logo, seus olhos ficaram pesados de sono e ele começou a adormecer aos poucos. Fiquei acordado por um tempo, pensativo sobre tudo o que tinha acontecido, mas logo adormeci também.

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