Um Menino que Me Ensinou Amar Está Morrendo

Capítulo 19

Warlley - Depois do jantar, fomos deitados, estava muito cansado, foram seis horas dentro do bloco cirúrgico.

Mariana - Teresa me empresta uma roupa para dormir. Fico sem jeito, pois vou dormir no mesmo quarto que Warlley. Quando ele dormiu lá em casa, ele dormiu no sofá. Não sei se estou pronta para contar tudo para ele ainda. Comecei a fazer terapia, a psicóloga me diz que preciso abrir com pessoas que amo, que o primeiro passo já vi que me abri para Maria.

Warlley - Vamos, meu anjo, tudo bem com você, parece tensa.

Mariana - Que vamos dormir juntos.

Warlley - Ei, tudo no seu tempo, se você quiser, posso pedir para preparar outro quarto para você.

Mariana - Eu começo a ficar nervosa, sei que vou ter uma crise de pânico.

Warlley - Meu amor, calma, eu abraço, ela me empurra.

Mariana - Eu me sento no chão e começo a viver todo aquele momento. Sinto alguém se aproximando e me abraçando. Não me machuquei para estar doendo.

Warlley - Meu nome é Warlley, olha para mim, sou seu namorado, Warlley.

Mariana - Warlley me chama de meu amor. Concentre-me na sua voz, ele vai me acalmar. Ao pouco, eu começo a respirar, mas devagar.

Warlley - Meu amor, fica calma, se abre para mim. Estou aqui por você, deixe e vou ajudar.

Mariana - Você, depois que souber de tudo, não vai me querer. E eu te amo, não quero te perder, não suporto perder mais pessoas que amo.

Warlley - Você não vai me perder, eu te amo.

Mariana - Depois aconteceu com Maria, os meus pais resolveram se mudar para o Rio de Janeiro, comecei a estudar o meu sonho, faculdade de psicologia, já está no segundo semestre quando conheci um rapaz. Renato, sempre gentil, me elogiava sempre. Eu me apaixonei por ele, pelo menos que achava. Começamos a namorar. Ele sempre me cobrava para me entregar para ele, que era prova de amor. Eu fui burra, pensando que seria uma forma de prova do meu amor por ele, falei que queria me entregar a ele. Fomos ao jantar romântico, ele bebeu um vinho como de costume, eu não bebi, só provei, depois fomos para seu apartamento. Foi a pior noite da minha vida. Ele tirou a minha roupa com maior brutalidade. Eu não tinha experiência. Ele rasgou a minha lingerie com as mãos, senti-me violada. Ele me deita na cama, sugava todos os lugares do meu corpo sem nenhum cuidado, eu pedi para ele parar. Ele diz que agora que estava ficando gostoso, que não iria parar, enviou o seu pênis de uma vez em mim, só parou quando eu fiquei sem coragem de falar.

Warlley - Se acalma, não precisa continuar.

Mariana - Você está com nojo de mim, isso bem que falou que ninguém queria me querer.

Warlley - Não, meu amor, não tenho nojo de você. Eu te admiro mais ainda pela sua força. Porque não a denunciou, isso é estrupo

Mariana - Cheguei em casa chorando, a minha mãe me ajudou, pediu para eu denunciar ele, porém eu falei que ele é de família rica e que eu quis ir ficar com ele.

Depois disso, ele me ameaçou e mandou várias mensagens falando que não era mulher boa de cama, que ele nem gozou direito, que era uma sem sal. Deu graças a Deus que ele trocou de faculdade, desenvolvi uma depressão, ansiedade, crise de pânico, só a minha mãe sabia, eu tomo remédio escondido da Maria, ela já tem preocupação demais.