Na academia de Adam, o som dos socos de Bruce cortava o ar enquanto ele treinava com determinação. Com luvas de boxe e uma postura firme, ele se esforçava para aumentar sua velocidade, visando vencer os lutadores do campeonato. Ao seu lado, Anthony também praticava, seus movimentos ágeis e precisos.
A porta se abriu e Enos entrou, acompanhado por três jovens, dois adolescentes e uma criança. Eram amigos que ele trouxera para conhecer a arte do jiu-jitsu. Adam, o instrutor, recebeu-os com um sorriso acolhedor, feliz pela oportunidade de ensinar novos alunos.
Bruce interrompeu seu treino e, junto com Anthony, foi cumprimentar os recém-chegados. Peter, um dos adolescentes, perguntou a Adam sobre o custo das aulas.
Com um gesto generoso, Adam explicou que, por enquanto, as aulas eram gratuitas. Os olhos de Peter e dos outros brilharam com a perspectiva de aprender jiu-jitsu sem custo algum.
"Quem é esse garoto?" Enos perguntou,
curioso sobre Anthony.
"Esse é meu sobrinho, Anthony," Bruce respondeu com orgulho.
"E você é Bruce, certo? Ouvi dizer que você é bom no jiu-jitsu e até enfrentou Carl," disse David,
um dos amigos de Enos.
Bruce sorriu, animado com o reconhecimento. "E então, aceita um desafio?"
"Claro, só vamos!" Bruce respondeu, alongando os braços em preparação.
Enquanto Adam começava a treinar Peter, os outros observavam com curiosidade a iminente luta entre Bruce e David. Não era apenas uma demonstração de habilidade, mas um momento de aprendizado para todos na academia.
"Seu discípulo é iniciante?" Peter perguntou a Adam, observando Adam falar.
"Sim, ele é faixa branca em jiu jitsu," Adam respondeu, observando atentamente.
Com a academia repleta de energia e expectativa, Bruce e David se posicionaram. Era mais do que uma luta; era o começo de uma jornada para todos ali presentes. No centro da academia, o silêncio era cortado apenas pelo som da respiração concentrada e pelo roçar dos pés no tatame. Enos, Anthony e um amigo observavam atentamente, enquanto Adam e Peter lançavam olhares ocasionais em meio ao treino.
Bruce, com sua base de jiu-jitsu, mantinha uma postura defensiva, analisando cada movimento de David, que trazia a disciplina do karatê para o combate. A tensão era palpável, e ambos os lutadores estavam prontos para provar seu valor.
David iniciou o confronto com um chute giratório, mirando o abdômen de Bruce. Com agilidade, Bruce usou uma defesa de wing chun, desviando o golpe com as mãos em um movimento suave e controlado. Enos e Anthony trocaram olhares de aprovação pela técnica exibida.
Bruce contra-atacou com uma série de golpes diretos, que David conseguiu bloquear em parte. Um dos socos escapou da defesa, e um fio de sangue desenhou-se no canto da boca de David.
"Eu vou conseguir," sussurrou Bruce, reafirmando seu compromisso com a vitória.
David respondeu com uma sequência de golpes rápidos, tentando levar a luta para o chão, mas Bruce se manteve firme, evitando ser derrubado. A luta seguia equilibrada, com ambos os lutadores exibindo técnica e resistência.
Bruce buscou uma abertura, e com um movimento preciso, conseguiu conectar um golpe decisivo que desestabilizou David. Rapidamente, Bruce tentou uma finalização no chão, mas David se defendeu com habilidade, mantendo a luta em pé.
A disputa continuava, com Bruce e David trocando golpes e defesas. Finalmente, Bruce encontrou o momento certo e aplicou uma técnica de jiu-jitsu, conseguindo levar David ao chão e imobilizá-lo com um armlock.
"Eu consegui," exclamou Bruce, enquanto David se irritou um pouco mais reconhecia a derrota com um aceno respeitoso. A luta havia terminado, e embora não houvesse uma plateia para aplaudir, o respeito e a admiração de seus companheiros eram evidentes. David, com humildade e respeito, aceitou a derrota. Ele reconheceu a força e a determinação de Bruce, um verdadeiro lutador. Em vez de se abater, David mostrou seu caráter ao apoiar Bruce:
"Vença o campeonato e derrote o Carl, Bruce," disse David, com sinceridade em seus olhos.
Bruce, sentindo o peso da responsabilidade e o apoio de seu novo amigo, respondeu com convicção:
"Pode deixar comigo, David. Estou treinando muito para esse campeonato."
A troca entre os dois não era apenas sobre a luta que acabou de acontecer, mas sobre o futuro. Era um momento de camaradagem e de promessas não apenas para si, mas um para o outro. Bruce agora tinha mais uma razão para vencer: não apenas por ele, mas também por David e por todos que acreditavam nele. Após o fim da intensa batalha, Enos e seus dois amigos se aproximaram, expressando admiração. "Incrível luta," disse um deles, "vocês dois são muito habilidosos."
Bruce, um pouquinho cansado, sorriu. "Obrigado, foi um bom combate"
David, limpando um fio de sangue do canto da boca, acenou em concordância.
Adam, com um olhar de aprovação, e Peter, que havia pausado seu treino para assistir, se juntaram ao grupo. "Bom trabalho," disse Adam. "Isso é o que chamo de determinação."
A academia estava vibrante com o som dos golpes e o murmúrio dos alunos discutindo as técnicas. Bruce, agora mais próximo de David, compartilhou uma dica valiosa. "Experimente a isometria," sugeriu ele. "Vai aumentar sua velocidade citou Bruce explicando como usar a isometria no momento correto"
David acenou, absorvendo cada palavra. "Vou tentar," respondeu.
Enquanto isso, Enos, Anthony, e Peter retomaram seus exercícios, cada movimento refletindo o equilíbrio entre força e técnica.
Três horas depois, o tatame estava coberto com o esforço do dia. Bruce foi o último a se deitar, exausto mas satisfeito. Os outros, já descansando, levantaram-se para hidratar-se.
"Tem comida na mesa," anunciou Adam, apontando para um canto da academia. "Proteína para recarregar."
Os alunos se reuniram ao redor da mesa, onde barras de proteína, tigelas de açaí, ovos cozidos e sanduíches de frango grelhado estavam dispostos. Bruce juntou-se a eles, pegando uma barra de proteína.
"Essa tigela de açaí está perfeita," comentou Peter, saboreando a energia revitalizante.
Eles comeram, conversaram e riram, a camaradagem tão nutritiva quanto a comida. A academia de Adam era mais do que um lugar para treinar; era uma comunidade, uma família unida pelo respeito mútuo e pela paixão pelas artes marciais.
Após a refeição, enquanto os alunos descansavam, Adam aproveitou o silêncio para falar um pouco sobre a
histórias de guerreiros das artes marciais que realizaram feitos incríveis, inspirando seus alunos com exemplos de coragem e habilidade. Ele mencionou brevemente guerreiros que, segundo lendas, conseguiram utilizar um tipo de ki misterioso para vencer combates, deixando um ar de mistério e admiração entre os ouvintes.
Bruce e os outros alunos escutavam fascinados, cada palavra de Adam trazendo uma nova perspectiva sobre a arte que praticavam. A conversa enriqueceu a experiência de todos na academia, conectando-os ainda mais profundamente com a arte do jiu-jitsu. Bruce, sentindo a conexão entre eles, voltou-se para David. "O que te trouxe para o jiu-jitsu?" perguntou ele, genuinamente interessado na resposta.
David olhou para Bruce, seus olhos refletindo uma mistura de determinação e introspecção. "Eu acredito que os lutadores devem ser completos," começou ele, "não apenas mestres em um estilo, mas versáteis em vários. As artes marciais podem ter suas diferenças, mas no fim, todas ensinam algo valioso. Eu quero ser um lutador sem fraquezas, alguém que pode se adaptar e superar qualquer desafio."
Bruce acenou, impressionado com a profundidade da visão de David. "Isso é admirável," disse ele. "A busca pela maestria em várias disciplinas é um caminho árduo, mas recompensador."
Os alunos, inspirados pelas palavras de Adam e pela conversa entre Bruce e David, sentiram uma renovada paixão por suas próprias jornadas nas artes marciais. Eles sabiam que cada treino, cada luta, era mais do que um simples exercício físico; era uma lição de vida, uma oportunidade de se tornarem melhores do que eram ontem.
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Atualizado até capítulo 67
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