Capítulo. 13

“Ovelhas não falam”, ela murmurou.

“O quê?” a voz perguntou impacientemente. Cleo suspirou e relutantemente abriu os olhos.

"Oh. É você", ela resmungou quando encontrou o olhar intenso de seu chefe. Ela soprou o cabelo para fora do rosto e se levantou, apenas para perceber que estava usando apenas uma calcinha e nenhum sutiã e não tinha nem um lençol cobrindo-a. Ela guinchou e pegou um travesseiro para cobrir sua frente. Ela correu para trás contra a cabeceira e puxou os joelhos até o peito, imprensando o travesseiro entre o colo e o tronco. Ela olhou para Dante, que a encarou impassivelmente de sua posição no pé da cama.

“Eu já vi tudo isso com detalhes extraordinários antes”, ele a lembrou, e ela corou.

“O que você está fazendo no meu quarto?”

“O concierge me disse que você não pediu serviço de quarto, e Daisuke me informou que você não parou para comer no caminho para o hotel.”

“E?” ela perguntou beligerantemente, apesar do fato de que suas palavras trouxeram sua fome gritando dolorosamente de volta.

“Eu pedi um jantar tardio para você. Imaginei que você poderia querer se refrescar ou algo assim antes que ele chegue.”

“Um jantar tardio?” ela repetiu, tentando arduamente não se encantar com aquele gesto doce. Era o mínimo que ele podia fazer, afinal, já que ele era a razão pela qual ela estava morrendo de fome em primeiro lugar. “Que horas são?”

“Pouco depois da meia-noite. Cheguei há cerca de meia hora.”

“A reunião durou tanto tempo?”, ela perguntou, surpresa.

“Não, mas fizemos muita coisa, e os japoneses queriam comemorar com uma noite na cidade seguida de alguns...” Ele fez uma careta e então balançou a cabeça. “Deixa pra lá.”

Intrigada pelo leve rubor que escurecia as maçãs do rosto dele, ela se inclinou para frente, esquecendo momentaneamente que apenas um travesseiro a protegia da vista dele.

“Seguido por algum o quê?” Ela imaginou clubes de strip ou aqueles bares de hostess sobre os quais ela tinha lido, talvez algo ainda mais pervertido. O que mais poderia fazê-lo parecer tão desconfortável?

“Nada. Não é da sua conta”, ele dispensou rudemente, mas sentada ali quase completamente nua, grogue de horas de sono, e com o quarto apenas meio iluminado, Cleo perdeu toda a inibição e senso de autopreservação e se recusou a dar ouvidos ao aviso em sua voz.

“Não pode ser tão ruim assim. Quer dizer, todo mundo sabe sobre os bares de hostess e essas coisas aqui. Foi algo assim? Você teve uma coisinha jovem e bonita sentada no seu colo a noite toda dizendo o quão bonito e forte você é?”

“Não preciso pagar uma mulher para me dizer que sou bonito e forte.”

“É verdade, tenho certeza de que a Sra. Inokawa ficou feliz em fazer isso por você”, ela disse ironicamente.

“Com ciúmes, Cavaleiro?”

Ela riu incrédula da pergunta e acenou com a mão, fazendo o travesseiro escorregar perigosamente para baixo.

"Dificilmente."

“Você está tendo um pequeno — como se diz isso? — problema no guarda-roupa?”

Ela engasgou quando uma rápida olhada para baixo confirmou que um de seus mamilos estava de fato aparecendo acima do travesseiro. Ela se ajustou rapidamente antes de olhar de volta para cima para encontrar seu olhar ávido.

“Pare de me encarar desse jeito”, ela retrucou.

"Como o que?"

“Como se você esperasse que isso acontecesse novamente.”

“Mas espero que aconteça de novo.” Ela engasgou novamente, soando, até para si mesma, como uma donzela vitoriana indignada.

"Isso é algo altamente inapropriado de se dizer", ela ressaltou, e ele cobriu a boca com o punho e tossiu levemente, fazendo-a se perguntar se ele estava escondendo uma risada por trás da tosse.

"E eu ficar aqui no seu quarto enquanto você fica relaxando só de calcinha não é inapropriado?"

“Existem níveis de comportamento inapropriado,” ela o informou afetadamente, sem nem ter certeza do que diabos estava falando. Como ela poderia estar tagarelando sobre comportamento apropriado depois de tudo o que eles fizeram na noite anterior?

“Oh?” Ele sentou-se aos pés da cama dela. “Por favor, me eduque. Sentado na sua cama, quão inapropriado isso é? Em uma escala de um a dez? Dez sendo altamente inapropriado.”

“Uh. Cinco... talvez?” ela sussurrou.

“E se eu me aproximasse um pouco mais?” Ele se moveu até que sua bunda descansou ao lado dos pés dela.

“Cinco e meio.” As palavras eram quase inaudíveis, mas ele assentiu antes de passar as costas da mão grande sobre os pés dela, depois sobre as canelas finas, antes de virar a mão para que a palma fizesse o movimento descendente de volta aos pés dela.

“O que tem isso?” ele disse asperamente enquanto sua respiração ficava um pouco mais pesada. Ele segurou os pequenos pés dela em sua mão, seu polegar acariciando o peito do pé de cima. Ela lutou para reunir seus pensamentos dispersos para que pudesse responder.

"Seis e Meia."

“Um ponto inteiro acima?”, ele refletiu. “Impressionante.”

Ele se moveu ainda mais para perto, e antes que ela percebesse, ele puxou o travesseiro para longe, deixando-a sem a preciosa barreira. Ela gritou em protesto, mas ele não lhe deu atenção, e o coração de Cleo bateu em sua caixa torácica enquanto ele deslizava seu peito largo no espaço que tinha acabado de ser ocupado pelo travesseiro. E ele não estava nem perto de ser tão macio e confortável. Ele estava duro e quente e cheirava muito bem. De repente, tudo o que Cleo conseguia pensar era na noite passada e em quão fantástico ele se sentiu acima dela, dentro dela, ao redor dela... e tudo o que ela queria era mais do mesmo.

Ele abaixou a cabeça e acariciou o ponto sensível no pescoço dela, logo abaixo da orelha, seus lábios roçando o pulso rápido ali. Ele chupou levemente, então mordeu, e quando ela gemeu, ele lambeu a picada.

“Eu não gosto de fazer as coisas pela metade,” ele murmurou em seu ouvido, seu hálito quente enviando arrepios por cada centímetro de sua pele e apertando seus mamilos dolorosamente. “Eu quero uma pontuação perfeita.”

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