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— Lina, o que aconteceu? — Perguntou, sua expressão imediatamente se tornando séria.

— Alessandro, temos um problema dos grandes. O carregamento foi interceptado e precisamos agir agora. Se não fizermos algo rápido, tudo estará perdido — A voz de Lina do outro lado da linha estava carregada de urgência.

Alessandro levantou-se imediatamente, sua mente já funcionando a mil por hora.

— Estou a caminho — Disse ele, desligando o telefone e começando a se vestir rapidamente.

Alicia, que havia ouvido apenas a parte de Alessandro da conversa, sentiu uma pontada de ciúmes.

— Quem é Lina? — Perguntou, tentando esconder a insegurança em sua voz.

— Ela trabalha para mim — Respondeu Alessandro, de forma evasiva enquanto vestia a camisa — É um assunto urgente que preciso resolver.

— Você sempre diz isso, é sempre um assunto sério — Rebateu Alicia, a frustração crescendo dentro dela — Por que nunca pode me explicar o que está acontecendo?

Alessandro parou por um momento, olhando para ela com uma expressão séria mas gentil.

— Alicia, eu preciso ir agora. Prometo que vou explicar tudo depois.

Sem esperar por uma resposta, ele saiu do quarto, deixando Alicia sozinha. Ela ouviu o som da porta da frente se fechando e sentiu uma mistura de raiva e preocupação. Quem era essa Lina? E por que Alessandro sempre a deixava no escuro quando se tratava de seu trabalho?

Alicia levantou e foi até a sacada da varanda de seu quarto, observando Alessandro entrar no carro e sair apressadamente. A imagem de Lina, uma mulher que ela não conhecia, passou por sua mente, aumentando a sensação de ciúmes e insegurança.

Enquanto Alessandro dirigia rapidamente para encontrar Lina, sua mente estava focada no problema que ela havia mencionado. Ele sabia que a situação era grave; a interceptação do carregamento poderia significar um grande golpe para seus negócios e, possivelmente, um risco maior para sua organização.

Lina era uma de suas melhores operativas, uma mafiosa talentosa e confiável. Se ela estava preocupada, ele sabia que a situação era realmente urgente.

Ao chegar no local combinado, Alessandro encontrou Lina esperando por ele, a expressão dela refletindo a urgência da situação.

— Estamos com pouco tempo — Disse ela, sem rodeios — Precisamos agir agora ou tudo estará perdido.

Alessandro assentiu, o seu rosto endurecendo enquanto se preparava para lidar com a crise.

— Vamos resolver isso — Disse ele, determinado.

Enquanto isso, de volta à casa, Alicia se sentou na cama, sentindo-se impotente e preocupada com a urgência que Alessandro saiu de lá.

Alicia não conseguiu dormir, ela ficou a noite toda preocupada com a forma que Alessandro saiu de lá, e durante a manhã ela recebeu uma ligação dele.

— Oi, dormiu bem? — Ele perguntou assim que ela atendeu.

— Dormir? Está brincando? Eu estou exausta, fiquei super preocupada com a forma em que você saiu daqui depois que essa mulher ligou para você! — Ela disse.

— Sinto muito, mais tarde voltarei para casa e irei explicar tudo para você — Ele disse.

— Alessandro? — Alicia ouviu a voz feminina do outro lado da ligação.

— Tenho que ir — Alessandro disse antes de encerrar a ligação.

Mais uma vez Alicia se sentiu no escuro de tudo, ela levantou-se e foi para o banheiro, após o banho ela se arrumou e foi tomar o café da manhã. Ao chegar na sala, ela pode ver o exato momento em que as outras funcionárias estavam coagindo Jéssica.

— Você deve se achar melhor que a gente só por ficar seguindo a esposa do Sr. Moretti — Uma das funcionárias disse.

— Mas saiba que você é só mais um dos cachorrinhos dela — Uma outra disse.

Jéssica de cabeça baixa no canto da sala, levantou e viu Alicia parada atrás das mulheres.

— Com licença? — Alice disse e as mulheres se assustaram ao vê-la — Jéssica, vá se arrumar, vamos resolver alguns assuntos na rua...

— Claro — Jéssica disse saindo de lá.

As outras mulheres se viraram para sair de lá também, mas Alicia olhou seriamente para elas.

— Eu mandei que vocês saíssem daqui? — Alicia perguntou e as funcionárias pararam — Eu vou dizer somente uma vez e espero que vocês prestem atenção... Eu não quero ver mais nenhuma de vocês dizendo aquelas barbaridades para Jéssica ou vou me certificar pessoalmente que tenham uma punição.

— Me desculpe, senhora — Uma das mulheres disse.

— Não é como se tivéssemos mentindo — A outra disse encarando Alicia, que sorriu.

— Então acha que trato Jéssica como um dos meus cachorros? É isso? — Alicia perguntou.

— Você a prioriza e ela segue você igual um dos cachorros, foi isso o que quis dizer — Disse a mulher.

— Jéssica é uma funcionária particular que está aqui para atender as minhas necessidades, mas ainda assim ela tenta ajudar vocês com tarefas que nem são dela. Fora do trabalho somos amigas, então eu não quero ter que ouvir mais nenhuma dessas besteiras que você acabou de dizer — Alicia disse e Jéssica apareceu — Jéssica, eu quero a ficha dessas duas funcionárias quando voltarmos...

Alicia levantou-se e saiu de lá, ela iria dar uma punição às duas por tal comportamento no trabalho. Ao lado de fora da casa, Alicia entrou no carro e Maurício logo entrou também.

— Maurício, vamos para o clube... — Alicia disse.

Em silêncio todos foram para o clube, ao chegar Alicia foi direto a massagista e depois foi para a sauna. Alicia se manteve o tempo inteiro pensativa e em silêncio.

— Está acontecendo alguma coisa? — Jéssica perguntou.

— Não precisa trabalhar mais na casa, a partir de agora você trabalhará somente para mim, e eu quero que puna as funcionárias que te coagiram e me responderam daquela maneira — Alicia disse.

— Como quiser... — Jéssica disse.

— Vamos almoçar? — Alicia levantou-se e vestiu o roupão.

As duas saíram de lá e foram para o restaurante do clube, elas fizeram o pedido e Alicia escolheu um dos melhores vinhos. Quando o garçom chegou com duas taças, Alicia olhou seriamente para ele.

— Eu quero a garrafa — Ela disse.

— Desculpe-me, vou trazer a garrafa — O garçom disse.

Logo que voltou com a garrafa, Alicia mal tocou na comida, mas bebeu quase a garrafa toda. Ela decidiu voltar para casa após Jéssica terminar o almoço, no carro Jéssica olhava preocupada para Alicia.

— O que está acontecendo? — Jéssica perguntou mais uma vez.

— Ah, é só o Alessandro me deixando louca com o trabalho dele. Eu sei que é trabalho dele, mas o que custa me avisar o que está acontecendo ou por que ele passa tanto tempo no trabalho? E quem diabos é Lina? — Alicia bufou.

— Converse com ele quando chegar — Jéssica sugeriu.

— De madrugada? Eu não! Mas será assim, já que ele não tem tempo para mim, então eu não terei tempo para ele — Alicia disse com raiva.

— Assim nunca vão se resolver — Jéssica falou.

— Eu não tenho paciência, ele sabe tudo o que eu estou sentindo, sabe tudo o que eu passei, ele faz de propósito! — Alicia cruzou os braços.

Chegando em casa, Alicia foi diretamente para o escritório de Alessandro, onde ela havia visto um mini bar com vinhos e whisky.

Ela saiu de lá com uma garrafa de vinho na mão e foi até a cozinha pegar uma taça. Quando ela foi para o quarto, Jéssica a seguiu.

— Preciso ficar sozinha, pode ir resolver aquele assunto das duas funcionárias — Alicia disse e Jéssica concordou.

Mais tarde, no mesmo dia, Alessandro chegou em casa durante a noite e assim que saiu do carro Maurício se aproximou dele.

— Senhor? — Maurício ficou nervoso.

— Aconteceu alguma coisa? — Alessandro perguntou.

— Bem... A Sra. Moretti está uma fera, ela bebeu uma garrafa de vinho no clube e outra sozinha quando chegamos aqui... Parece que tem algo haver com o seu trabalho e com a Lina — Maurício disse.

— Droga! — Alessandro suspirou.

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