Continuação...

Rhael Narrando.

— Sem ouvir a voz do meu pai, enfrentei meus medos de forma absoluta. Estava cego para tudo ao meu redor; a única visão que eu tinha era a de eliminar Guilherme, que sempre esteve presente em minha vida, fazendo críticas sem considerar meus sentimentos e dores. Ele estava sempre à espreita, rindo de mim enquanto eu enfrentava punições. Estou cansado de sempre sair perdendo e decidi que isso chega ao fim. Já havia acionado o gatilho e, em seguida, disparei na direção da cabeça de Guilherme.

Máximo — Por que você agiu assim em relação ao Guilherme Rhael? Ele era um dos meus melhores soldados. Aproximo-me dele e continuo — Por que você está se comportando dessa maneira, Rhael? Responda-me, por favor, com seriedade.

Rhael — Sem soltar a arma, olho para meu pai e digo: Pai, não sou mais um menino para quem o senhor tem o hábito de ordenar que deite e se comporte. Estou cansado disso. Eu lhe tenho respeito, mas não permitirei que essas arbitrariedades continuem a acontecer comigo. O senhor me treinou, permitindo que eu me tornasse o mesmo mostro quê o senhor, é melhor que reavalie as suas atitudes antes de punir-me.

Máximo — Eu poderia acabar com a sua vida aqui e agora. Você sabe disso. Eu lhe dei a vida e, da mesma forma, posso tirá-la.

Rhael — Olho fixamente para meu pai e digo: Então faça isso, mate-me. Dirijo o olhar para o lado e vejo Miguel com uma expressão de terror. Continuo: Vá em frente, Máximo, mate seu próprio filho. Mostre quem você realmente é.

Máximo — Começo a sentir dores de cabeça, incapaz de suportar mais as provocações de Rhael. Faço questão de mandá-lo calar a boca e, em seguida, digo que ele deve sair da minha frente.

Rhael — Ao perceber que meu pai estava com dores, sorrindo de maneira sarcástica, declaro — Com muito prazer, pai.

— Após Rahel sair tiver quê relaxar verifiquei minha pressão quê por sinal ela não pode ficar alta em hipótese alguma, é necessário que eu tire um tempo para descansar. Não posso lidar com o estresse gerado pela situação envolvendo Rhael; não tenho informações sobre o que motivou seu comportamento. Peço ao Miguel que organize a bagunça deixada pelo meu filho e, em seguida, que ofereça a ele um enterro digno, como realmente merece. Refletindo sobre os erros que cometeu, percebo que não posso mais punir Rhael, da forma como fazia anteriormente. Ele nunca havia me desafiado dessa maneira, e confesso que sua atitude me surpreendeu. Quanto ao que ele disse, concordo; ele se tornou uma figura temida, assim como eu.

Pedro Narrando.

— Estava na cozinha quando percebi Thomas se aproximando lentamente. Imediatamente, soube que ele queria algo de mim; parecia claro que ele tinha perguntas a fazer. Embora não soubesse se estava em condições de responder, decidi tentar.

Thomas, com um tom sério eu , disse — Você pode achar que estou sendo inconveniente, Pedro, mas preocupo-me genuinamente com você. A propósito, gostaria de saber: desde quando você começou a usar essas substâncias?

Pedro — Sentindo-me encurralado, pergunto: Você tem bisbilhotado meu quarto?

Thomas — Resposta equivocada. Não foi isso que lhe perguntei. Desde quando você está usando essa droga injetável? É por isso que você tem se comportado de maneira alterada?

Pedro — Não tenho nada a lhe responder. Quando decidi sair, Thomas me segurou pelo pescoço.

Thomas — Segurando-o pelo pescoço de forma um tanto brusca, deixei claro que não estava brincando e disse: Você está enganado. Seu pai e seu avô não aceitarão isso dentro da casa dele . O que você está fazendo, Pedro? Eu desejo o melhor para você; eu te moldei, mas não para que você aja dessa maneira. É hora de refletir se realmente vale a pena arruinar sua vida com esse tipo de droga.

Pedro — Eu sei o que estou fazendo. Afasto a mão de Thomas do meu pescoço e vou em direção ao meu quarto, batendo a porta com força. Fico pensando sobre o que tio Thomas me disse. Apenas usei essa substância no meu sangue para sentir mais adrenalina, em ficar acordado mais tempo não sou um viciado por drogas, eu preciso da um fim logo na vida de Rhael.

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