Conforme os dias passavam, Maria Clara e Rafael continuaram a criar memórias juntos. Visitaram lugares que ela sempre quis conhecer, fizeram piqueniques ao pôr do sol e dançaram sob as estrelas. Cada dia era uma nova aventura, e cada momento era precioso.
Eles estavam completamente apaixonados e já namoravam oficialmente. Rafael acompanhava Maria Clara em suas idas ao médico, levava-a ao trabalho e esteve ao seu lado quando o desfile de moda, onde sua coleção foi lançada, aconteceu. A coleção foi um sucesso e Maria Clara saiu na capa de várias revistas de moda. Ela estava radiante, finalmente realizando seu sonho de se tornar uma modista famosa.
Rafael decidiu levá-la à praia para uma nova aventura. Eles alugaram pranchas de surfe e, apesar de caírem inúmeras vezes, se divertiram imensamente. Riram juntos, apoiando-se mutuamente, tornando cada queda uma lembrança divertida e romântica.
Num dia especial, eles visitaram o túmulo dos pais de Maria Clara, levando flores para honrar suas memórias. Depois, compraram um bolo gigante para comemorar todos os aniversários que ela não poderia vivenciar. Cortaram o bolo, rindo e celebrando a vida de maneira intensa e significativa.
Cada momento que passavam juntos era um lembrete do amor que compartilhavam. Rafael estava determinado a fazer cada dia especial, e Maria Clara, por sua vez, sentia-se mais viva.
No entanto, enquanto viviam esses momentos mágicos, a saúde de Maria Clara deteriorava-se rapidamente. Seus órgãos estavam falhando cada vez mais, e ela ficava visivelmente mais pálida e fraca. Apenas um mês e meio havia se passado, mas o impacto da doença era evidente. Rafael, percebendo a gravidade da situação, decidiu criar um álbum de fotos e uma caixa de memórias. Ele queria capturar cada momento precioso, escrever cartas e guardar lembranças, como se fosse uma cápsula do tempo, para lembrar-se de todo o amor incondicional que compartilhavam.
Rafael sabia, no fundo do coração, que depois que Maria Clara partisse, ele nunca amaria outra mulher da mesma forma. Nem se passassem três, dez anos ou mais. Três meses com Maria Clara foram suficientes para ele entender que ela era sua alma gêmea, sua cara metade.
Enquanto Maria Clara descansava, Rafael trabalhava em seu projeto, selecionando cuidadosamente fotos e escrevendo cartas que expressavam seus sentimentos mais profundos. Ele sabia que essa caixa de memórias seria um tesouro inestimável, um símbolo eterno do amor que viveram.
Apesar do sofrimento e da tristeza iminente, Rafael e Maria Clara continuaram a viver intensamente, aproveitando cada segundo juntos. Eles ainda tinham momentos de risadas, dançavam lentamente na sala de estar, e Rafael lia para ela historias que aqueciam os seus corações. A cada dia que passava, o amor deles se tornava mais forte, um testemunho da beleza da vida, mesmo em face da morte.
Rafael levou Maria Clara para conhecer seus pais, seu José e dona Cida. Desde o primeiro momento, Maria Clara se sentiu acolhida e amada por eles. Dona Cida, percebendo o interesse de Maria em aprender novas habilidades, ensinou-a a fazer crochê e tricô. Maria, com entusiasmo, criou bolsas e roupas, sentindo-se realizada ao adquirir essas novas habilidades. Um dia, enquanto tricotava ao lado de dona Cida, Maria confidenciou a Rafael:
— Quando eu partir, quero estar vestida com essas roupas que sua mãe me ensinou a fazer. E mesmo que eu me vá, minha alma estará sempre torcendo para você ser feliz. Você deve seguir em frente, Rafael. Não quero que fique choramingando por mim. Desejo que encontre outra mulher e seja feliz, construa uma família.
Rafael, no entanto, recusou-se a aceitar essa ideia. Com os olhos cheios de determinação, ele respondeu:
— Maria Clara, nunca mais amarei alguém como te amo. Não se sinta culpada por isso. Esses três meses foram suficientes para eu viver uma história de amor verdadeira, e para mim, isso é o que importa. Eu vou seguir em frente, mas nunca esquecerei o que vivemos.
Mesmo ouvindo essas palavras bonitas, Maria Clara ainda se sentia culpada. Ela desejava que Rafael fosse feliz, que encontrasse outra mulher com quem pudesse construir uma família e ter filhos. No entanto, Rafael só tinha olhos para ela. Ambos se perguntavam por que o destino não os havia juntado antes, mas ao mesmo tempo, sabiam que o tempo que passaram juntos foi inestimável.
Enquanto os dias se tornavam semanas, Maria Clara e Rafael continuaram a aproveitar ao máximo cada momento juntos. Um dia, sentados na varanda, observando o pôr do sol, Maria Clara segurou a mão de Rafael e disse:
— Rafael, prometo que, onde quer que eu esteja, estarei torcendo por você. Você me deu a maior felicidade que já conheci, e isso é algo que vou levar comigo para sempre.
Rafael a abraçou apertado, sentindo o calor e a fragilidade dela em seus braços. Ele sabia que o tempo deles estava acabando, mas recusava-se a deixar a tristeza dominar os momentos finais.
Em uma tarde ensolarada, Rafael organizou uma surpresa para Maria Clara. Levou-a para um lugar especial, um campo de girassóis que ela sempre quis visitar. Caminharam de mãos dadas entre as flores altas e douradas, rindo e compartilhando memórias.
Quando o sol começou a se pôr, Rafael ajoelhou-se diante dela, segurando uma pequena caixa. Dentro dela, havia um anel simples, mas cheio de significado.
— Maria Clara, você é o amor da minha vida. Este anel é um símbolo do nosso amor eterno. Não importa o que aconteça, você estará sempre no meu coração.
Com lágrimas nos olhos, Maria Clara aceitou o anel e abraçou Rafael, sentindo o amor e a gratidão transbordarem em seu coração. Eles ficaram ali, envoltos pela beleza do campo de girassóis, aproveitando o momento, sabendo que, independentemente do tempo, seu amor seria eterno.
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Atualizado até capítulo 21
Comments
Layne Martins
que lindos
2024-08-27
1
Vó Ném
Que amor lindo , almas gêmeas!! ❤️❤️❤️❤️❤️❤️❤️
2024-07-27
1