Capítulo 4

No dia do casamento de Maicon com Antonella…

Edward: — Merda de trânsito, desse jeito vou me atrasar para o casamento das minhas irmãs. Falo batendo a mão no volante. Minutos depois estou parando em frente a igreja, assim que paro minhas irmãs chegam com o meu pai.

Entramos na igreja, meu pai com a futura dama e eu com Emily. O percurso até o altar foi mais estranho do que pensei, me senti nervoso sem sequer saber porque.

Quando entreguei minha irmã a Maike e me virei para me sentar os meus olhos caíram sobre uma mulher que me encarou por alguns instantes antes de desviar o seu olhar. Bastou isso para que eu visse a minha alma caindo sobre os joelhos tamanho impacto que a sua visão me causou. Porque eu não queria, não agora, eu sei o que acabou de acontecer. A minha alma a reconheceu. Saio do meu transe me sentando.

***

Andressa: — As noivas enfim chegaram e estão lindas a primeira que vejo é entrar é Antonela e o pai, eles param se organizando, pois Emily irá caminhar junta com a irmã, mas diferente do que eu pensei que seriam as duas noivas e o pai, um outro homem entra e nesse momento o meu coração disparar. Primeiro penso ser por causa das tatuagens que eu abomino desde tudo aquilo que aconteceu comigo. Porém, à medida que ele vem se aproximando eu sinto outras coisas. Que está longe de ser o pânico que sinto por homens tatuados. Quando o seu olhar se encontra com o meu desvio imediatamente. — Damon, chamo meu irmão que está com a sua filha caçula que ainda é um bebê em seu colo.

Damon: — Sim.

Andressa: — Quem é aquele homem de tatuagem no pescoço?

Damon: — O que? Não vai me dizer que agora gosta de tatuagens, falo divertido. Vi o exato momento em que minha irmã e Edward trocaram olhares e vi algo diferente ali.

Andressa: — Claro que não. É só curiosidade em saber quem é a pessoa que entrou com uma de nossas cunhadas. Falo tentando não demonstrar toda a euforia de meu corpo que está quente e formigando. E eu só queria entender o que é isso. Olho para o homem que é tudo o que eu repúdio, mas todas as vezes que o olho ele está me olhando o que me desconcerta ainda mais.

Damon: — O nome dele é Edward, filho mais velho do Saul.

Andressa: — Ele é o filho cujo a mãe era uma traidora. Sei de toda a história, porém minhas fotos estão bem desatualizadas.

Damon: — E o que você não Andressa. Falo sorrindo para a minha irmã que hoje está mais linda do que nunca, apesar deste lenço na cabeça.

Andressa: — Não sei porque vocês me ensinam tantas coisas, eu já disse que jamais voltarei atrás nos meus votos.

Damon: — Nunca se sabe o dia de amanhã e você precisa estar por dentro de tudo e isso não é uma exigência minha e sim do nosso pai. Posso te confessar uma coisa?

Andressa: — Sim. Falo e olho diretamente para meu irmão.

Damon: — Eu tenho a sensação de algo aconteceu com você que fez você pedir para ir estudar em uma escola de freiras. Você tinha quase dez anos e nunca havia falado em tal coisa. Falo minhas suspeitas e vejo o rosto da minha irmã corar e seu olhar desvia do meu tem algo ai e ainda vou descobrir.

Andressa: Engulo em seco e desvio o olhar de Damon, ele mais que nossos pais sabe extrair a verdade de nós sempre que quer. — Você está imaginando coisas meu irmão. Tento falar o mais firme possível, mas sei que deixei uma pulga atrás de sua orelha.

Damon: — Está bem, não é hora para termos essa conversa.

Andressa: — Certo. Falo desviando o olhar para os noivos no alta, com a certeza de que não escaparei de uma segunda conversa, que Boże me ajude.

Já na festa de casamento que está acontecendo na casa do meu irmão Maicon, o irmão de Antonella. Me encara de uma forma que me hipnotiza. O que está acontecendo comigo? Me sinto quente, sufocada e caminho para fora do grande salão, passando pelo jardim e entrando na casa pelos fundo esbarro em alguém, fechando os olhos para o impacto mais sou segurada pela pessoa que esbarrei.

Porém não sei se consigo abri os olhos o impacto em meu corpo é assustador; um calor insano que me faz suar, o meu coração batendo acelerado no peito me deixando ofegante, suas mãos causam um formigamento em meu corpo e sinto pela primeira vez minha intimidade pulsar em uma sensação maravilhosa. Abro os olhos só para me perder na imensidão dos seus olhos claros, é como se eles enxergassem a minha alma. No automático fecho os olhos novamente e sinto o meu corpo ser levantado ao mesmo tempo que sou beijada com tanta força que sou incapaz de não abrir a boca e senti a sua língua me invadir, me entrego ao momento me sentindo fraca, incapaz de negar ao beijo. Nunca beijei ninguém antes mais faço o mesmo que ele e eu só posso estar ficando louca tamanha é a pulsação na minha intimidade que parece ficar molhada. Mais como um choque caio em mim e empurro com toda a minha força o monte de músculos e lhe dou um tapa forte no rosto. — Quem você pensa que é para me beijar assim? Antes que ele responda saio correndo pelo corredor ofegante entro na primeira porta que acho tentando controlar os batimentos do meu coração e puxar o ar para o pulmão.

— Pai preciso ir embora daqui. Falo assim que o encontro o meu pai e minha mãe sabem o porquê de eu ir para o convento.

Marco: — O que aconteceu, meu amor, você está transtornada. Falo vendo Andressa ofegante e descabelada.

Andressa: — Por favor pai, só me tira daqui, preciso ir para o convento agora, não estou me sentindo bem, vir aqui me trouxe lembranças. Minto e isso faz meu pai concordar.

💭Que merda de freira eu sou, me deixando ser beijada por um homem e mentido para o meu pai, não é como se eu não soubesse que vou parar no inferno💭.

Marco: — Vou pedir para prepararem o helicóptero e vou falar com a sua mãe. Vá organizar as suas coisas e me espere na sala. Falo e Andressa fãs sinal de positivo com a cabeça. Tudo o que eu mais queria era minha filha vivendo a sua felicidade. Porém eu sinto que falhei na parte de proteger a minha filha e ela vive hoje cheia de traumas e medos.

Andressa: E ainda tremendo e sentindo minha calcinha molhada que organizo tudo e desço para a sala. Não demorou muito e meu pai chegou. Fomos para Laski o caminho todo o meu pai insistindo que eu contasse o que eu tenho. Porém desconversei, o papai como sempre respeitou o fato de eu não querer falar sobre algo. Assim que chegamos ele liga para minha mãe, que ficou muito preocupada. Acho incrível e muito lindo a forma como eles se tratam, meu pai sempre chamando minha mãe de neném. Eu queria que minha vida fosse diferente e eu tivesse alguém para chamar de neném. Perdão meu Deus, o que estou pensando?

***

Edward: — A três noites que não consigo dormir, os meus pensamentos estão sempre me levando a ela. Decido vê-la, pego o meu telefone no bolso e ligo para a minha tia Samantha. — Tia, como está? Pergunto.

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Recadinho da autora...

Até eu queria alguém pra chamar de neném Andressa🫢. Essa freira não é nada convencional tá parecendo as freirinhas do grupo do WhatsApp, kkk. Beijos minhas freirinhas🍀😘

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