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Na manhã seguinte, Bela acordou cedo e se preparou para sua nova jornada na empresa. Sentia-se nervosa, mas determinada a fazer o seu melhor. Após meia hora, Luís,chegou ao escritório.

"Bom dia, Isabela," ele disse com um tom de autoridade. "Prepare meu café. Espero que saiba como fazer."

"Sim, senhor Luís Gustavo," respondeu Bela, mantendo a compostura.

Minutos depois, Bela voltou com o café e a agenda de Luís em mãos. "Senhor, seu café e sua agenda. Podemos passar agora?"

"Mais é claro, né…" respondeu Luís, impaciente.

"Hoje você tem uma reunião às 08:30 com a senhorita Leandra. Às 10, uma videoconferência. Às 11:20, uma reunião com a equipe de marketing. E às 14, uma reunião com o senhor Alberto."

"Só isso?" questionou Luís, com uma sobrancelha levantada.

"Por hoje, só," respondeu Bela, tentando esconder seu nervosismo.

"Ótimo, obrigado. Agora saia…" disse Luís, dispensando-a.

Bela saiu da sala, pensando em como seu chefe parecia mal-humorado. "Por isso me escolheram. Sou muda, idiota e boba, claro que seria eu a escolhida," refletia, tentando não se deixar abalar.

Pouco depois, Leandra , apareceu ,

Leandra :Oi, o Luís está na sala?"

"Sim, está. Só um minuto, vou anunciá-la," respondeu Bela.

Leandra, que chegou mais cedo do que o esperado, interrompeu. "Não preciso disso."

"Senhora, mas..." Bela tentou argumentar.

Leandra invadiu a sala sem esperar. "Amorzinho, essa menina não quer me deixar entrar," disse ela, dirigindo-se a Luís com um tom sedutor.

"Se retire, Isabela," ordenou Luís, sem olhar para ela.

"Desculpe, ok," respondeu Bela, saindo da sala rapidamente, sentindo-se humilhada.

Enquanto se afastava, Bela sentia um nó na garganta. Era difícil enfrentar a arrogância e a falta de consideração, mas ela sabia que precisava continuar. A cada passo que dava, prometia a si mesma que não deixaria que esses momentos a definissem. Ela era mais forte do que aquilo e, com o tempo, mostraria seu verdadeiro valor, mesmo que os outros não vissem isso imediatamente.

Bela sentiu suas pernas falharem por um momento, mas se obrigou a voltar à sua rotina. Ela sabia que não podia se deixar abater pelas humilhações e pela falta de respeito. Caminhou até sua mesa e começou a organizar seus papéis, tentando focar em suas tarefas.

O barulho que vinha da sala de Luís era irritante e perturbador. Ela ouvia os gemidos e sentia uma onda de nojo crescer dentro de si. Precisava encontrar uma maneira de se desligar daquilo. Com mãos trêmulas, pegou seus fones de ouvido e os colocou, aumentando o volume para abafar os sons desconfortáveis que vinham do escritório de seu chefe.

Com a música preenchendo sua mente, Bela tentou se concentrar em suas atividades. Verificou e-mails, respondeu a mensagens e revisou documentos, fazendo o possível para se manter profissional e eficiente. A cada tarefa concluída, ela sentia um pequeno alívio, uma confirmação de que, apesar das circunstâncias, conseguia manter seu foco e dignidade.

Bela se manteve ocupada durante a manhã, organizando agendas e preparando relatórios. A música ajudava a manter sua mente longe do que acontecia na sala ao lado, proporcionando uma espécie de refúgio em meio ao caos. Ela sabia que precisava ser forte e que dias como aquele faziam parte de sua trajetória, mas não podiam definir quem ela era.

ela não era assim era forte e determinada mais depois que perdeu sua mãe ela ficou angustiada e o medo de ser só sem família a dominava, ela se retraiu e a menina alegre deu lugar a tristeza ela sorria por fora mais dentro de seu coração ela sentia a dor da perca da sua mãe ainda .

Ao final da manhã, com a reunião de marketing se aproximando, Bela respirou fundo, tirou os fones e se preparou para chamar Luís. Com a cabeça erguida e um renovado senso de propósito, ela bateu na porta do escritório,

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