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Luís Gustavo: Bom dia, minha preciosa.

Laura: Bom dia, papai.

Luís: O que você tem, filha?

Laura: Não quero mais ir nessa escola, pai. Eu me sinto sufocada lá e me sinto muito mal com muitas coisas...

Luís: Filha, aguenta firme. No final do ano, teremos que nos mudar. Vou ficar somente na empresa do Brasil e vamos para lá. Você terá amigos novos...

Laura: Mas não quero me afastar da minha melhor amiga, papai...

Luís: Filha, será melhor assim. Você verá ela somente nas férias, mas tem celular...

Laura: Tudo bem, papai...

Laura: Pai...

Luís: Oi, filha.

Laura: Você não vai casar?

Luís: Acho que Deus não quer que eu case. Sua mãe morreu e me deixou partido. Eu fui pai aos 15 anos. Quinze anos, filha. Eu não sabia o que era a vida. Ela morreu e eu me culpei por ter sido irresponsável. Ela não resistiu e me culpo por isso. E agora, acho que se apaixonar não é para mim...

Laura: Você será feliz, pai. Eu sei que será. Você é o melhor pai que eu poderia ter e a mamãe sabia disso...

Eles se abraçam.

Luís : agora vá se arrumar pra escola mocinha

Luís Gustavo pai de Laura 30 anos

Laura 15 anos

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Bela 15 anos

Laura chega à escola e, como sempre, a turma de Enzo e Carla já começa a zoá-la.

Carla: Olha lá se não é a Raimunda… feia de cara e boa de bunda .

Bela: Vai começar sua louca?

Enzo: Hum, vai defender a amiguinha? Ela não tem língua?

Bela: Cretino, cafajeste e otário!

Carla: Tá raivosa?

Luca: Deixa elas, já são feias e agora sofrer ainda é demais, né? Kkkkk.

Enzo: Tchau, Raimunda…

Bela vira-se para Laura, visivelmente irritada com a situação.

Bela: Amiga, você é muito tapada, não é possível. Você tem que se defender, se impor...

Laura, com uma expressão mista de tristeza e determinação, respira fundo e decide que é hora de agir.

Laura: (com voz firme) Sabe o que é, Bela? Você está certa. Chega de ficar calada.

Laura dá um passo à frente, encarando Enzo e Carla.

Laura: (olhando diretamente para Carla) Carla, se você não tem algo bom pra dizer, é melhor ficar quieta. Eu não sou "Raimunda" e não sou obrigada a ouvir suas ofensas.

Carla: (surpresa) Ah, você tá se achando agora?

Laura: Não é questão de me achar. É questão de respeito. E se você não consegue entender isso, problema é seu, não meu.eu não me acho eu sou …

Enzo: (tentando se impor) E quem você pensa que é pra falar assim com a gente?

Laura: (calma, mas firme) Eu sou alguém que merece respeito, como todo mundo aqui. E se vocês não conseguem enxergar isso, então quem tem problema são vocês.

Bela sorri, orgulhosa da amiga.

Bela: Isso aí, Laura!

Luca: (tentando mudar de assunto) Tá, vamos embora. Isso aqui já deu.

A turma se afasta, ainda resmungando, mas claramente afetada pela reação inesperada de Laura. Bela abraça Laura, feliz por vê-la se impor.

Bela: Você foi incrível, Laura. Nunca deixe ninguém te fazer sentir menos do que você é.

Laura sorri, sentindo um peso enorme sair de seus ombros.

Laura: Obrigada, Bela. Acho que eu precisava disso.

As duas amigas caminham juntas pelo pátio, sentindo-se mais fortes

Enzo: Essa Laura me irrita, cara...

Luca: Isso pra mim é amor.

Carla: Nada a ver.

Enzo: Ela é ridícula.