- 14 -

— Mãe? Aquela é sua mãe? Caralho, ela é bonita — Eu revirei os olhos pelo comentário desnecessário de Kenai sobre minha mãe.

— Que nojo, vai arruma outra buceta pra foder

— Não quero uma buceta, quero seu cu — Eu empurrei seu rosto e entrei na loja, minha mãe tava com uma roupa para uma criança de 6 anos mais ou menos, um sapato de bebê e um carrinho de bebê.

— Mãe, o que ta fazendo aqui? — Ela só tem eu de filho e até onde eu sei, eu não tenho filhos.

— Filha!! Que bom ver você — Ela me abraçou.

— O que estar fazendo aqui mãe?

— Eu vim compra roupas para suas irmãs

— Irmãs?... Mãe eu não tenho irmãs — Ela negou com a cabeça e abriu um sorriso, ela ia fala algo mas Kenai apareceu.

— Olá, muito prazer — Ele estendeu a mão pra ela, ela ficou corada quando o viu, que nojo.

— Que rapaz adorável, estar com você? — Quando eu ia responder Kenai passou na minha frente, segurou a mão de minha mãe e deu um beijo na palma de sua mão depois segurou em minha cintura.

— Eu sou o noivo do seu filho — Ele falou sorrindo, minha mãe desfez o sorriso.

— filho? Eu não tenho nenhum filho — Kenai me olhou franzindo as sobrancelhas, eu suspirei e tirei a sua mão de mim.

— Me espera lá fora — Ele olhou para minha mãe e depois para mim.

— Foi um prazer conhece-la — Ele fez uma reverência para ela e depois saiu.

— Que pena que ele confundiu, ele seria um ótimo marido para você — Ela falou rindo, eu neguei com a cabeça, ótimo marido? Dúvido.

— Mãe, ele é meu noivo

— O que? Mas, ele disse filho...

— Eu sou seu filho — Esperava que ela iria fazer uma cena, gritar, berrar dizendo que eu não era um homem e sim uma mulher, mas ela abriu um sorriso e tocou meu rosto.

— Vem, me ajuda aqui, qual você acha mais bonito? — Eu pisquei algumas vezes sem acredita, ela parecia mais feliz, mas tinha algo errado... Eu sei disso.

— Mãe, eu tenho que ir agora — Ela concordou e eu saiu da loja, vi Kenai com uma bandeja de comida, ele tava levando a comida para a mesa.

— Kenai

— O que? — Ele falou se sentando na cadeira.

— Eu preciso que investigue alguém

— Você me pedindo um favor? Que interessante

— Eu to falando sério porra! — Ele deu risada e pegou o celular.

— Quem? — Eu olhei para a loja.

— Minha mãe

— Sua mãe? Aquela mulher? Por que quer investigar ela? Pelo o que eu entendi seus pais são separados, vai que ela ta em um novo relacionamento — Eu neguei com a cabeça.

— Minha mãe é doente, ela não entraria em um relacionamento de repente e... Olha!!! Só faz o que eu pedi!

— Ta, ta, eu quero um boquete como pagamento — Eu ignorei o que ele tinha dito.

— Senta ai e come — Eu sentei enquanto ele falava no telefone.

MAIS TARDE

Eu estava sentado no carro de Kenai, tinha ido no novo endereço de minha mãe

— Pode dizer de novo o que a gente ta fazendo aqui?

— Essa casa...

— Bonita, mesmo eu preferindo uma mais elegante — Eu suspirei, talvez seja coisa da minha cabeça.

— Talvez eu esteja ficando maluco — Falei passando a mão no rosto, minha mãe não pegaria crianças para suprir o buraco da sua decepção... Não é?

— Uma criança? — Eu congelei quando Kenai falou aquilo, eu praticamente fui para seu colo para poder ver e realmente, era uma criança, uma menina, parecia ter seus 6 anos.

— Oh... Era só me fala meu amor que queria transar no carro — Kenai ia tocar meu corpo, mas eu sair do carro e corri até a casa.

— Yejin!!! — Escutei Kenai me gritar, eu fui até a porta e pensei em bater, mas depois fui para janela olhar para dentro da casa, era a mesma decoração da nossa antiga casa, eu estava procurando a menina, mas o que vi foi um bebê em uma cadeirinha improvisada.

— Porra o que você tá fazendo?

— Tem um bebê e uma criança aqui — Kenai suspirou, eu vi a menina, ela estava sentada próximo do bebê, minha mãe não estava em casa, eu dei batidinha no vidro e isso chamou a atenção da menina, que se assustou com minha presença, eu abri um sorriso amigável e de pouquinho a pouquinho ela veio até a janela.

— Yejin! — Escutei a voz de minha mãe e olhei pra trás, minha mãe estava saindo do taxi.

— Mãe, quem são essas crianças?

— São meus filhos, seus irmãos — Ela falou sorrindo, eu suspirei, Kenai estava calado, com as mãos para trás, acho que ele percebeu que minha mãe é instável.

— Venha, entrem! — Ela falou abrindo a porta, eu entrei e Kenai veio atrás de mim, a menina parecia assustada e o bebê começou a chorar.

— Mãe, aonde pegou essas crianças? De quem?...

— Por que estar dizendo isso filha? Agora você tem irmãs — Ela falou pegando o bebê que ainda chorava, minha mãe parecia pior.

— vamos voltar a ser uma família de verdade... Ai seu pai vai deixa aquela puta e volta pra mim — Eu suspirei e mordi o lábio.

— Que bela família — Eu olhei para Kenai, ele abriu um sorriso e tocou meu ombro, o que ele estar fazendo?.

— Oh!... Que rapaz educado hahahaha eu vou fazer chá para nós — minha mãe saiu com o bebê, Kenai desfez o sorriso.

— Aprenda como se faz — Ele falou baixo, eu revirei os olhos e fui até a menina, me abaixei na sua altura.

— Oi, qual seu nome?

— Bomi — Ela falou com voz de choro.

— Ai mãe... O que você fez..... Aonde estão seus pais

— Eu não sei... — Eu olhei Kenai, ele suspirou e saiu da casa, eu pedi com os olhos que ele investigasse sobre as crianças, se minha mãe tivesse sequestrado essas crianças...

— Você tem quantos anos?

— 6 — Eu me levantei e olhe para o lado da cozinha, me pergunto o porque deixei minha mãe sozinha todos esses anos... De um lado, estava me sentindo culpado, do outro lado, não sentia nada, absolutamente nada, além de desprezo por toda aquela situação, minha mãe era obcecada pelo meu pai e sua "filha" que nem sequer existia, sua obsessão era tão grande que foi capaz de sequestra duas crianças para que ficasse satisfeita e para "satisfazer" meu pai, um homem que nem sequer se importa mais com ela... Me pergunto o que ela fará se aquele homem não a quiser.

— Mãe... O que você fez?....

***Esta obra está sob contrato com a NovelToon, e a pirataria, como a reimpressão sem permissão, é estritamente proibida.***

***Faça o download do NovelToon para desfrutar de uma experiência de leitura melhor!***