Fatos

— Marcelo Henrique da Cunha ! Thaís! Eu não acredito que esse homem é o seu pai! Diz Caíque....

— O que tem meu pai Caique? Eu não estou entendendo? Diz Thaís.

A confusão estava armada, e Leonora se divertia com a confusão... Marcelo estava fora de si... Não sabia o paradeiro da sua mulher... Surpreende o filho saindo com a empregada e amante e agora a filha namorando com aquele rapaz....

— Esse homem! O seu pai enganou meu pai, com uma promessa de sociedade em um investimento, este canalha quase levou meu pai a ruína há uns 7 anos atrás... Por culpa do golpe financeiro que o Sr Marcelo Henrique aplicou... Meu pai quase perdeu tudo! Não acredito... Você é filha desse golpista!

Mateus sai em defesa do seu pai...

— Ei ! Olha como fala do meu pai cara! A coisa não é bem assim não! Meu pai nunca enganou ninguém! É um homem honrado.... Diz Mateus.

— Você não sabe o babaca do pai que tem... Thaís... me desculpa... Mas não suporto olhar na cara desse homem... Diz Caíque indo embora...

Mateus fica pensativo... para ele, o seu pai era uma figura que lhe servia de modelo, em quem se inspirava....

— Pai! Não acredito que você fez isso! Diz Thaís indo atrás do namorado.

— Thaís! você fica! Estou mandando você ficar! não vai atrás de um homem que acabou de caluniar seu pai! Diz Marcelo.

— Mandando? Você não manda em mim! A vida toda sendo o macho opressor dessa casa... E agora isso! Minha mãe deve ter começado a ver o péssimo negócio que foi casar com você! Diz Thaís. Ela vai atrás de Caíque e entra no carro com ele, os dois saem...

Apenas Mateus havia ficado, Marcelo estava desmoralizado pela filha... Estava furioso...

— Agora você, Mateus! Só falta você me desrespeitar! Passar por cima de mim levando a empregada para sair! Diz Marcelo.

— Eu te respeito muito pai... E não acredito no que aquele disse...

— Ao menos isso filho!

— Mas eu vou sair com a Leonora sim... Eu gosto dela, não é de agora... Não ligo se ela é a empregada, ligo se ela gosta mesmo de mim... Sim ou não... Se ela quer estar ao meu lado... Apenas isso.

Leonora então completa, aterrorizando ainda mais Marcelo...

— Eu sei que sou só sua empregada, senhor... Ou por acaso... existe algum outro motivo para eu não poder sair com seu filho? pergunta ela olhando nos olhos de Marcelo, com certo sarcasmo...

Marcelo não podia ter o filho contra ele naquele momento... Estava sozinho e isolado... Helena e a filha contra ele...

— Façam o que quiserem.... Sua mãe nunca apareceu no restaurante...Diz ele entrando em casa...

— A dona Helena saiu, se produziu toda e disse que ia na festa de uma amiga... E que não voltava cedo.... Diz Leonora...

— Que amiga? Ela não tem amiga? O que deu na cabeça da Helena? Ficar me fazendo de trouxa! Eu não admito isso... Eu ... Eu tenho que conversar com ela... Diz Marcelo...

— Vai com calma pai... Por favor... pede Mateus.

— Claro que sim Mateus... claro que sim... Agora me deixe só! Preciso me acalmar... Hoje foi um dia terrível... Diz Marcelo.

— Vamos Mateus... Seu pai precisa relaxar... Diz Leonora...

Eles saem e Marcelo entra dentro de casa, Marcelo tem um Ataque de fúria e pega um jarro, o arremessando contra parede...

— Minha filha namorando com o filho do meu inimigo! Meu filho saindo com uma de minhas amantes, Helena sumida! Me fazendo de idiota... O que falta acontecer? Só me faltava Helena descobrir minhas traições e me trair! Não... Ela não teria esta coragem... Diz Marcelo nervoso virando a garrafa de Whisky na boca...

Helena estava com Otávio... Os dois estão saindo do restaurante...

— Helena... Eu tenho que te perguntar... Tem certeza disso? Ontem estávamos meio embriagados...

— Cadê o homem que me disse que me desejava? Querido, ontem foi sob efeito da bebida... Hoje não... Hoje eu quero me sentir plena... Ou você... Mudou de ideia? Pergunta ela...

— Na minha casa então... Caíque vai passar a noite fora com a Thaís... Temos a casa só nossa... Diz Otávio.

— A noite toda? Pergunta ela.

— Tem certeza disso? Pergunta Otávio.

— Sim... Toda certeza do mundo...

Os dois se beijam no estacionamento... Helena não se importava em ser vista por ninguém... Otávio cheirava o pescoço dela... E Helena sentia a pele arrepiar... sentia o bico dos seios sensíveis e durinhos...

— Amo esta sensação... de ser desejada... Vem... Vamos logo ... Vamos para sua casa... Convida Helena.

Assim eles seguem adiante, rumo a casa de Otávio.

Caique e Thais conversavam, agora mais calmo ele explica a Thaís a história de seu pai com Marcelo.

— Thaís, me desculpa, eu perdi a cabeça... Você não tem nada haver com as coisas de seu pai... Diz Caíque.

— Nossa! Estou surpresa... Meu pai, além de ser machista... opressor... Nossa! por que isso não me surpreende? Diz Thaís.

Marcelo costumava ser sócio do pai de Caíque e Otávio... Mas por conta de uma gestão incompetente de Marcelo, a sociedade ia de mau a pior, Marcelo maquiava os números, fazia de tudo para ganhar tempo, e o pai dos rapazes... investindo cada vez mais dinheiro... Quando a sociedade entrou em colapso... Marcelo perdeu quase tudo... Mas conseguiu manter sua empresa funcionando com o dinheiro da mulher, já Walter o pai de Caique e Mateus... Quase enlouquece depois de perder todo o dinheiro... E algum tempo depois cometeu suicídio...

— Caique... Eu sinto muito... Não sabe como tenho vergonha de ter um pai assim... Minha mãe... Ela sofre horrores nas mãos dele... Eu saí de casa aos 18 anos porque não aguentava ver aquilo... Diz Thaís...

— Tudo bem... Você não tem culpa pelos erros daquele homem... Diz Caíque.

Enquanto isso, Mateus estava no carro, se beijando com Leonora... O clima esquentava...

— Você foi incrível... mesmo diante do seu pai... Você o enfrentou... quis sair comigo... Diz ela.

— Sim... Eu gosto de você faz algum tempo, e depois daquelas vezes... Sinto que te desejo como nunca quis ninguém... Diz ele.

Vendo que Mateus estava nas suas mãos... Leonora sussurra em seu ouvido...

— Então... agora ninguém vai nos atrapalhar... O que acha de me com3r aqui e agora... Dentro do seu carro, nesse estacionamento... Desde aquele dia... Não paro de desejar isso, diz Leonora...

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