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dois dias depois

NINA: preciso arrumar um jeito de sair daqui, a Lurdes tá me trazendo comida e água por uma abertura que o Matias, mandou fazer na porta.

UNIVERSIDADE

BENÍCIO: chego cedo na esperança de encontrar a nina aqui...mas mais uma vez ela não veio.

como assim? ela nunca iria faltar sem avisar, desde domingo que não consegui mais falar com ela, o celular tá sempre desligado, tô começando a me preocupar.

dou minhas aulas inquieto, preciso fazer alguma coisa..não posso ficar de braços cruzados.

logo chega a hora do almoço, e eu resolvo ir até a casa da nina.

estaciono meu carro na rua de baixo e fico observando tudo.

vejo quando o marido dela chega pra almoçar, duas horas depois ele volta acho que pra empresa, espero ele se afastar e aguardo mais uns 5 minutos só por precaução.

sigo até a frente da casa e toco a campanhia, logo uma senhora me atende.

LURDES: pois não?

BENÍCIO: sou amigo do Matias, preciso falar com ele.

LURDES: ele acabou de sair, mas volta daqui 1 hora mais ou menos..

BENÍCIO: eu posso esperá-lo?

LURDES: claro, fica a vontade.

quer tomar alguma coisa?

BENÍCIO: na verdade tô morto de fome, vim de longe sabe.

LURDES: espera aqui vou preparar um lanche pra vc.

BENÍCIO: obrigado; falo com meu melhor sorriso.

ela sai , e imediatamente eu subo as escadas atrás da nina, entro em um quarto que não tem porta, parece que a porta foi arrancada, em cima do criado mudo, vejo o celular dela..tá descarregado..ouço a voz dela pedindo socorro.

pego o celular dela ,coloco em meu bolso, e sigo pelo corredor.

chego a frente de mais um quarto, ouço a nina chorando, me aproximo da porta e falo baixo.

nina sou eu, fica longe da porta.

NINA: ben? ouço um estrondo e a porta sendo aberta.

BENÍCIO: amor, vc ta bem?

NINA: tá fazendo o que aqui?

BENÍCIO: vim te buscar.

agora vamos rapidinho, a empregada disse que logo o desgraçado volta.

NINA: e minhas coisas?

BENÍCIO: não dá tempo pegar, vamos.

NINA: ele sai me arrastando pela mão..logo chegamos no jardim.

BENÍCIO: meu carro tá na rua de baixo.

só mais um pouco, vem.

chegamos ofegantes na rua de baixo, coloco ela dentro do carro , e seguimos até meu apartamento.

chegamos.

NINA: como vc soube que eu tava lá?

BENÍCIO: vc é responsável demais, pra faltar dois dias sem avisar, então achei que tivesse algo errado..

também te mandei várias mensagens no celular e vc não respondeu nenhuma.

NINA: ai meu Deus, meu celular! se o Matias pegar , estamos ferrados.

BENÍCIO: não se preocupe, eu peguei seu celular, quando entrei em um quarto que acho que era seu..só estranhei ele tá sem porta.

NINA: o Matias arrombou a porta, um dia em que brigamos.

BENÍCIO: amor, vc não pode voltar pra lá.

NINA: não vou, dessa vez o Matias passou de todos os limites, ele apontou uma arma pra mim; falo com os olhos marejados.

BENÍCIO: como é?

NINA: eu fui conversar com ele e pedir o divórcio, aí ele apontou uma arma pra mim, em seguida me trancou no quarto..falo chorando.

BENÍCIO: vc tem que denunciar ele por agressão nina.

NINA: não adiantaria muito, ele tem muita influência, já te disse.

BENÍCIO: me aproximo dela e lhe abraço.

NINA: preciso voltar pra universidade, não posso perder meu emprego.

BENÍCIO: será o primeiro lugar que ele irá te procurar..vamos fazer assim:

vc vai mandar uma mensagem pro Pablo dizendo que teve que viajar as pressas por um motivo de saúde.

pelos menos por uma semana.

NINA: será necessário?

BENÍCIO: sim, será..agora vem aqui e me dar essa boca gostosa, tô morrendo de saudades de vc.

colo nossos corpos e lhe dou um beijo apaixonado.

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