Damon
Assim que entro dentro de casa, solto a respiração que nem percebi estar segurando. Ter tocado nela, sentir sua pele, tê-la nos meus braços foi inebriante. Tive que me segurar além do normal.
Em um impulso de frustração, esmurrando a parede da sala, grito:
— Droga!
Por que tinha que ser justo Maria? Por que tinha que ser uma adolescente? Uma humana? Meus pensamentos giram em torno dessas perguntas sem resposta, a atração intensa e proibida me corroendo por dentro.
Enquanto estou imerso nesses questionamentos, meu celular toca. Vejo o número na tela e já sei bem quem é.
📱*LIGAÇÃO ATENDIDA*
— Oi, Arnaldo.
— Senhor Willian, a cúpula marcou uma reunião, e o senhor foi convidado desta vez.
Franzo o cenho, ouvindo Arnaldo, o mordomo que trabalha para minha família há anos. Suspiro, me perguntando por que me convidaram desta vez para a reunião.
— Certo, Arnaldo, eu irei.
— Tudo bem, senhor. À meia-noite, um dos carros irá te buscar.
📱*LIGAÇÃO ENCERRADA*
Desligo o telefone, ainda sentindo a adrenalina do que pode ser. A cúpula nunca me convocou antes, o que torna esse convite intrigante e perturbador. Sinto que algo grande está para acontecer.
Olho para o relógio na parede. Ainda tenho algumas horas até a meia-noite. Tento me concentrar, mas a imagem de Maria nos meus braços continua a me assombrar. Ela é diferente, especial, e isso só torna tudo mais complicado.
Decidido sobre o que preciso fazer, pego meu celular e envio uma mensagem para o Carlos:
📱MENSAGEM ENVIADA
"Carlos, preciso que você venha até minha casa e fique de guarda. Quero que você proteja a Maria enquanto eu estiver fora. É importante."
Recebo sua resposta quase imediatamente:
📱MENSAGEM RECEBIDA
"Claro, chefe. Estou a caminho."
E então não demora muito e ouço o som de uma moto parando em frente à minha casa. Reconheço o ronco do motor: é Carlos.
Saio para atender e percebo que a tarde já está virando noite, o céu tingido com tons de laranja e roxo. Nesse instante, vejo o senhor Vicente, pai de Maria, saindo de sua casa. Ele caminha rapidamente até nós, enquanto Carlos desce da moto, tirando o capacete.
— Delegado Moura, que história é essa de que tem alguém caçando minha filha? Mas que merda está acontecendo? — Vicente pergunta, a voz cheia de preocupação e raiva.
Olho para Carlos, que entende a gravidade da situação e acena com a cabeça. Volto-me para Vicente, tentando transmitir calma.
— Senhor Vicente, entendo sua preocupação. Estamos investigando essa situação que envolve Maria e Théo. Ainda não temos todos os detalhes, mas estamos tomando todas as precauções para garantir a segurança deles.
Vicente me encara, os olhos apertados de desconfiança e medo. Ele parece prestes a explodir de raiva e ansiedade.
— Preciso de respostas, delegado! Minha filha está em perigo e tudo o que você me diz é que está investigando? — A voz dele se eleva, atraindo a atenção de alguns vizinhos.
Dou um passo à frente, tentando manter o controle da situação.
— Senhor Vicente, por favor, entre em casa comigo. Podemos discutir isso em particular. — Digo, tentando evitar que a conversa se torne ainda mais pública.
Ele hesita por um momento, mas acaba assentindo. Caminhamos juntos até a minha sala, com Carlos seguindo logo atrás. Assim que entramos, fecho a porta e indico para que Vicente se sente.
— Sente-se, por favor. Vou explicar o que sabemos até agora. — Digo, tentando manter a voz firme e calma.
Vicente se senta, os ombros tensos. Carlos permanece em pé, atento.
— Alguém, ou algum grupo, parece estar interessado neles. Estamos investigando todas as possibilidades e já tomamos medidas de segurança.
— Que tipo de interesse? Por quê? — Vicente pergunta, a voz um pouco mais baixa, mas ainda cheia de preocupação.
— Ainda estamos tentando descobrir os motivos. Mas asseguro que estamos fazendo tudo o que podemos para protegê-los. — Digo, tentando transmitir a seriedade e o empenho com que estamos lidando com a situação.
Carlos, percebendo a tensão, intervém:
— Senhor Vicente, eu vou ficar aqui esta noite para garantir a segurança de Maria. Estamos coordenando com outros oficiais para manter vigilância constante. — Ele diz, tentando tranquilizar o pai preocupado.
Vicente olha para Carlos, depois para mim, e suspira, visivelmente abalado, mas um pouco mais calmo.
— Está bem. Confio que vocês farão o melhor para proteger minha filha. — Ele diz, a voz finalmente cedendo à exaustão emocional.
— Faremos, senhor Vicente. Você tem minha palavra. — Digo, com toda a sinceridade que posso reunir.
Vicente se levanta, e eu o acompanho até a porta. Ele se vira para mim antes de sair.
— Cuidem bem da segurança dela. — diz ele, com a voz cheia de súplica.
— Pode deixar. — Respondo.
Assim que ele sai, volto-me para Carlos.
— Fique de olho em tudo e qualquer coisa. Nada pode acontecer com Maria. — Ordeno, com a gravidade da situação pesando em cada palavra.
Carlos assente e toma sua posição. Respiro fundo, tentando organizar meus pensamentos. A noite está apenas começando e há muito a fazer para desvendar esse mistério e garantir a segurança de todos. As sombras da noite trazem consigo incertezas, mas estou determinado a proteger Maria, não importa o custo.
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Atualizado até capítulo 65
Comments
Ju Torres
no começo tá dizendo que é um disfarce, mas eu tbm achei estranho a história e boa mas tá sem pé nem cabeça ele e um lobisomem que não sente cheiros?/Shame/ e que não tem nenhuma habilidade, estranho /Smug//Speechless/
2024-12-30
2
Maryan Carla Matos Pinto
parece que só tem as duas casas na rua
2024-12-19
1
Grace 🌻🌷
Têm mais vizinhos?
O que faz um lobisomem no meio do povoado?
2024-12-11
0