Maria
Assim que pergunto o que ele está fazendo, Damon solta rapidamente meu braço, mas ainda consigo sentir o calor da sua enorme mão sobre minha pele. É como se o lugar que ele segurou pinicasse, querendo sentir seu toque novamente. Meu coração martela no meu peito, e meus sentimentos são um bolo de confusão. O que ele está fazendo comigo?
Porque estou sentindo coisas que nunca senti? Nunca nem beijei nenhum garoto. O que devo fazer? Como devo me comportar? Essas são algumas das coisas que passam pela minha cabeça neste momento.
Mas então me policio mentalmente. Por que estou pensando essas coisas? Meu Deus, a situação é séria. E então ele, percebendo que pareço estar à beira de um colapso, diz um pouco sem jeito ao passar a mão na nuca:
— Desculpe por isso... eu apenas quero reforçar que você foi corajosa, Maria. Vou dar meu melhor neste caso.
Eu olho para ele, tentando processar suas palavras. Sua expressão é de genuína preocupação, e de alguma forma isso me acalma um pouco.
— Obrigada. Eu só quero que tudo isso acabe logo — respondo, a voz ainda trêmula, mas com uma tentativa de firmeza.
Ele assente, e seus olhos encontram os meus por um breve momento. Há algo neles, uma mistura de determinação e algo mais profundo que não consigo decifrar.
— Vamos pegar quem fez isso, eu prometo — diz ele, sua voz carregada de seriedade.
Sinto um leve alívio ao ouvir suas palavras. Me viro para sair, sentindo o peso do dia começar a me esmagar. Lá fora, meu pai está esperando, e ao me ver, ele abre os braços, me acolhendo em um abraço protetor.
Enquanto saímos da delegacia, meu pai murmura palavras de conforto, mas minha mente ainda está presa naquele momento na sala, no toque de Damon e na promessa que ele fez.
No caminho para casa, não consigo deixar de pensar no que aconteceu. A dor pela perda de Carol e a confusão sobre meus sentimentos por Damon se misturam em um turbilhão dentro de mim.
Chegando em casa, vou direto para o meu quarto. Preciso de um tempo sozinha para processar tudo. Sento na cama, abraçando meus joelhos, e deixo as lágrimas caírem livremente. O dia foi longo e difícil, e a única coisa que quero é que a dor e a confusão parem.
Lá fora, o sol começa a se pôr, e a escuridão invade o meu quarto, refletindo o tumulto dentro de mim. Tento me acalmar, dizendo a mim mesma que preciso ser forte, mas a verdade é que estou apavorada. Apavorada pelo que vi, pelo que sinto, e pelo que ainda está por vir.
E então, me levanto lentamente da cama, sentindo as pernas trêmulas, e caminho para o banheiro. Cada passo parece um esforço monumental. A lembrança do dia terrível ainda está fresca na minha mente, e a sensação do toque de Damon ainda persiste na minha pele, como uma tatuagem invisível que não consigo apagar.
Ao entrar no banheiro, ligo o chuveiro e deixo a água quente correr. O vapor começa a preencher o pequeno espaço, e sinto uma leve sensação de alívio ao perceber que, pelo menos aqui, posso me esconder do mundo por um momento. Deslizo para debaixo do jato de água, fechando os olhos e deixando a água escorrer pelo meu rosto e corpo, tentando lavar embora a dor e o medo que me atormentam.
A água quente parece me envolver em um abraço, e enquanto estou aqui, sozinha, as lágrimas começam a se misturar com a água do chuveiro. Sinto um nó se formar na garganta, e a imagem de Carol caída no banheiro, com o sangue ao seu redor, volta a invadir minha mente. Um soluço escapa dos meus lábios, e não consigo mais segurar as lágrimas. Deixo o choro fluir livremente, sem tentar esconder a dor que sinto.
Enquanto me lavo, meus pensamentos se voltam para Damon. Sua presença, suas palavras de conforto e a promessa que ele fez. Há algo nele que me confunde e me atrai ao mesmo tempo. Sinto uma mistura de medo e curiosidade, como se ele fosse um enigma que eu preciso decifrar.
— O que está acontecendo comigo? — murmuro para mim mesma, tentando entender os sentimentos conflitantes que borbulham dentro de mim.
Depois de um tempo que parece uma eternidade, desligo o chuveiro e saio, pegando uma toalha e me enrolando nela. O frio do banheiro contrasta com o calor da água, e um arrepio percorre meu corpo. Olho meu reflexo no espelho, os olhos vermelhos e inchados de tanto chorar. Tento me recompor, mas a verdade é que me sinto perdida.
E assim, saio do banheiro, com um coque malfeito no cabelo e a toalha envolta no corpo, a brisa fria da noite invade meu quarto. Caminho até a janela para fechá-la, mas ao olhar para fora, sou surpreendida por uma visão que faz meu coração parar por um instante.
Lá está ele, Damon, também com uma toalha enrolada na cintura, parado no meio do seu quarto. A luz fraca ilumina o ambiente, destacando ainda mais seus contornos e músculos bem definidos. Um choque toma conta de mim ao perceber que nossos quartos são de frente um para o outro, uma realidade que até agora eu havia ignorado.
Engulo em seco, meus olhos fixos nele. Sinto o calor subir pelo meu rosto, minhas mãos tremem enquanto seguro firmemente a toalha. Mesmo à distância, é como se o olhar dele estivesse queimando sobre mim, me deixando completamente sem fôlego. Sinto-me como uma presa, incapaz de escapar de seu olhar intenso.
Ele começa a caminhar lentamente em direção à janela, sem desviar os olhos dos meus. Cada movimento é hipnotizante, como se estivesse em câmera lenta. Meu coração bate descontrolado, e mal consigo respirar. É a primeira vez que vejo um homem tão exposto assim, tão de perto, e ele é incrivelmente atraente, quase como uma miragem.
Seu peitoral está à mostra, e a maneira como a luz o ilumina faz cada músculo parecer ainda mais definido. A tatuagem que cobre parte do seu braço chama a atenção, acrescentando um ar de mistério e perigo que só aumenta minha fascinação.
— Meu Deus... — murmuro para mim mesma, sem conseguir desviar o olhar.
Damon para na janela, quase posso sentir sua presença através do vidro. Ele me observa com uma intensidade que faz meu corpo inteiro tremer. O silêncio entre nós é palpável, carregado de uma tensão inexplicável. Meu rosto está em chamas, e sinto uma mistura de vergonha e desejo que nunca experimentei antes.
Então, ele sorri. Um sorriso pequeno, quase imperceptível, mas que me faz sentir como se o chão tivesse sumido debaixo dos meus pés. Não sei o que fazer, nem como reagir. A situação é surreal, como se estivesse vivendo um sonho do qual não quero acordar.
Finalmente, tomo coragem e fecho a janela, meus dedos trêmulos tentando não fazer barulho. Dou um passo para trás, encostando na parede, meu coração ainda batendo freneticamente. Fecho os olhos e tento controlar a respiração, mas a imagem de Damon, tão sedutor, está gravada na minha mente.
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Atualizado até capítulo 65
Comments
Maria Izabel
Acho que Maria tbm tem alguma conexão com o sobrenatural para ela sentirá essa atração como um ímã 🧲 pelo Damon porque Damon não está conseguindo se controlar
2025-02-11
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Dora Henrique
Que conequicao, gente fiquei impaqyitada
2024-11-30
1
Mariauna
alguém mim diz como vai ser quando ela fica no cio kkkkkk
2025-01-12
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