Tudo certo pra dar errado.

Dallas

Depois de deixar a princesinha na frente do seu castelo, fiquei curiosa sobre ele, e decidi fazer umas pesquisas, descobri que a tak da Fernanda é uma super modelo que vou do Brasil, vi umas fotos que ela tirou pro catálogo de lingerie da Victoria Secrets, e juro que fiquei babando, a pele dela é morena, de uma cor que eu nunca vi, um bronzeado natural, a barriga chapada, seios fartos e um bumbum redondinho, resumindo, a mulher era perfeita, de digitar gostosa no Google, aparece uma foto dela. Aquela boca carnuda, humm, olhos grandes e negros, ela te uma pinta no cantinho superior dos lábios, que eu acho uma tentação, aquilo me faz querer beijar os lábios dela até não conseguir mais respirar.

Não tem como olhar aquele corpo, e não imaginar ela na minha cama, aquela mulher em cima de mim ia fazer um belo estrago. Óbvio que nunca vai acontecer, e se um dia acontecer, vai ser como as outras patricinhas mimadas que eu me envia antes, pessoas do círculo social da minha família, elas querem apenas sexo, se satisfazerem e depois fingir que nunca me viram na vida, e isso eu nunca mais vou aceitar, nunca mais vou ser usada como step, como objeto sexual, como uma aventura, uma descoberta, nunca mais.

Dois dias depois, recebi uma ligação de um contratante, ele queria reformar o telhado, mas a minha presença na obra era uma exigência, achei estranho, mas eu realmente estava querendo mudar de ares, levei dois marceneiros junto comigo, passar um tempo na beira do lago com meus amigos seria bom, beber uma cerveja no fim da tarde, quem sabe não conseguimos até pescar? Seria perfeito.

Arrumei minha mochila e entrei na caminhonete, passei no escritório, peguei os caras, um cooler cheio de cerveja, e o equipamento de pesca só pro caso de precisar entende ....

Chegamos e vi que casa do lago não era bem a palavra certa, mas sim mansão a beira do lago, e sinceramente? não tinha nada de errado com o telhado, os donos da casa chegariam no dia seguinte, então decidi fazer uma vistoria na casa e ver se tinha algo que realmente precisava ser consertado pra não perdermos a viagem, quando os donos chegarem, conversaremos sobre o que fazer.

Fernanda

Estou a caminho da casa do lago, e à medida que eu me aproximo, mais nervosa eu fico, estou ansiosa, não calculei bem minhas ações, não sei o que fazer, nem como chamar a atenção daquela mulher pra mim, não decidi o que falar nem como me aproximar, eu realmente fui precipitada, quando eu chegar, ela já vai estar lá, e eu estou começando a me apavorar, sinto vontade de fazer algo que eu não deveria.

A dois anos atrás, eu adorei de tirar fotos sensuais com lingerie, o motivo é que quando estou no pico mais alto de ansiedade, comecei a me cortar, os cortes eram geralmente na virilha onde não aparecia muito, uso uma lâmina que tenho sempre na bolsa, a dor física me distrai da dor emocional, e isso se tornou um vício.

Pra que minha mãe não visse, tive que fazer uma palestra sobre como era ridículo ela fazer vistorias no meu corpo toda semana, como era desnecessário e constrangedor, não queria que ela visse e fizesse um show.

Depois, disse que não seria bem visto pela família do Ian que fizesse fotos semi nua, e ela concordou.

Já o Ian, contasse nos dedos as vezes que fizemos sexo, e foi rápido demais pra que ele notasse qualquer coisa no meu corpo.

Agora aqui dentro do carro, eu só pensava nisso, em sentir a ardência do corte, que é como um anestésico pra minha mente cheia de pensamentos e sentimentos confusos, mas não posso fazer isso aqui com o motorista me observando. Só me resta esperar chegar até a casa, e torcer pra não estragar tudo com a minha mente fudida.

Assim que cheguei, eu vi a Dallas mechendo na casa de máquinas, porra qual a necessidade dela ser tão gostosa até suja de graxa?

Vai ser impossível pra mim conseguir me controlar com essa mulher por perto.

Antes eu achava que não me interessava ir sexo, mas desde que eu a vi, descobri muitos sentimentos e sensações que eu jamais imaginei que fosse capaz, eu acordo e durmo pensando nela, no beijo dela, no toque dela em meu corpo. Ela destravou algo em mim com apenas um olhar, e agora preciso ir até o fim com isso.

Assim que desci do carro Dallase viu e sorriu pra mim, perdi a força das pernas e tive que me segurar no carro pra não cair.

- Ora, ora... então você é a proprietária misteriosa. Dallas

- Sim, sou eu desculpe pelo transtorno é que eu ... Fernanda

- Não precisa se explicar, é meu trabalho, você me contrata e eu venho, simples assim. Dallas

- Obrigada pela compreensão. Fernanda estava vermelha como um tomate, estava nervosa e falando formalmente como se estivesse na presença da realeza de Londres.

- Não precisa falar comigo assim, como se fosse uma mulher do século 17. Já nos conhecemos então não precisa de toda essa formalidade. Dallas

- oh, você está certa me perdoe. Fernanda

- Voce se desculpa demais. Dallas

Fernanda ia se desculpar outra vez, mas acabou ficando quieta, Dallas percebeu a intenção e as duas começaram a rir como duas idiotas. Fernanda pensou em como é bom sorrir assim por um motivo bobo, Dallas ficava ainda mais charmosa quando sorria.

- Olha, é Fernanda né?, então não tem nada de errado com o seu telhado, acho que teve algum mal entendido. Dallas

Fernanda ficou sem palavras, ela não sabia o que dizer, não conseguia pensar em nada com Dallas assim tão perto, ela podia sentir o arroma de hortelã que vinha dos seus lábios e o cheiro de sabonete que vinha do seu corpo.

- Vou arrumar a casa de máquinas, é a única coisa que precisa de concerto, se não se importar os rapazes e eu gostaríamos de pescar amanhã, iremos embora daqui dia dias e não seremos mais um encômodo para o seu descanso. Dallas

- Oh, ok sem problemas, fique a vontade.

Dallas se afastou e Fernanda ficou arrasada, tinha dado tudo errado, Dallas iria embora e ela jamais teria outra chance.

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