Capítulo:13

(Sétimo mês)

Gabriel suspirou quando chegou em casa, além do trabalho árduo, ele vivia preocupado por conta da situação da Rebecca, ninguém tem certeza exatamente de como a mulher fugiu, mas Roberto contratou um detetive particular, e pelo que parece, alguém ajudou Rebecca a fugir. Até agora não teve muitas notícias, ela continuava foragida e a polícia não tinha ideia de onde ela estava.

Roberto acabou contratando mais seguranças, enquanto Letícia dizia que seria melhor eles se mudarem para um lugar mais seguro, mas Rebecca nem sequer sabia onde moravam, ela estava sendo procurada por muitas pessoas, não iria simplesmente invadir ali para machucar Alice, sua própria namorada, apesar de não gostar dessa situação, se sentia segura na mansão.

— Alice?

Gabriel ficou confuso quando viu a mulher quase cochilando no sofá, estava realmente tarde, já iria dar meia-noite.

— Gabriel, você chegou.

— Querida, estava me esperando? Já está muito tarde, você deveria estar dormindo, esse sofá não vai ajudar suas costas.

Gabriel se sentou ao lado de Alice que bocejou.

— Não sabia que iria ficar sozinha na mansão.

— Tive algumas reuniões para participar, Roberto foi em um encontro com sua noiva, mas já deve estar voltando, Fabiano provavelmente deve estar bebendo em algum lugar com a amiga dele e Letícia saiu com Yasmin e vai dormir na casa dela.

— É, não tinha ninguém aqui.

— Você não se sente mais segura aqui?

— Não é isso.

— E o que é?

Alice ficou com o rosto um pouco quente.

— Eu precisava de alguém aqui para me ajudar a subir a escada.

— O que?

— Minha barriga já está pesada demais, não consigo me abaixar e também não posso subir a escada sozinha, por isso estava deitada aqui.

— Porque você não me disse antes?

— Eu estava com vergonha.

Gabriel suspirou, mas não falou nada sobre isso, Alice está cada vez mais sensível, uma palavra errada e ela poderia começar a chorar ou gritar de raiva. A porta da mansão é aberta, Roberto chegou de seu encontro.

— Olá. — diz Roberto.

— Como foi? — pergunta Gabriel.

— Bom, como sempre, agora temos uma data para o casamento, será daqui a dois meses, ou até um pouco antes, julgo que Vitória está realmente animada.

— Como se você não estivesse ansioso também, você nem queria pedir ela em namoro, apenas se casar de uma vez.

— Quando você encontra a mulher certa, fica louco para ser amarrado a ela.

— Você já não é amarrado pela Vitória?

Roberto fez uma careta para o irmão, e Gabriel acabou rindo.

— Depois que você começou a namorar Alice, virou um palhaço, ela está sendo uma má influência para você. — falou Roberto e Gabriel revirou os olhos.

Alice nem entrou na brincadeira, ela estava muito sonolenta, mas isso acabou bem rápido, quando simplesmente uma pedra voou pela janela.

— O que foi isso? — pergunta a mulher.

Roberto tentou olhar para fora tentando ver o que estava acontecendo, estava escuro, mas viu claramente os seguranças correndo atrás de alguém.

— O que está acontecendo? — pergunta Gabriel.

— Nossos seguranças parecem estar atrás de alguém. — diz Roberto.

— Não é possível que seja Rebecca, não é? — pergunta Alice.

— Isso é impossível. — falou Gabriel.

Realmente não tinha como Rebecca estar ali naquele momento, mas a mulher era realmente louca e estava fazendo de tudo para chegar até Alice e tirá-la do caminho.

— E agora? — pergunta Alice.

— Vou levar você para cima, você precisa dormir.

— Como vou dormir depois disso?

— Você está exausta, vai conseguir dormir bem rápido, e vou estar com você, não se preocupe, não vou lhe deixar sozinha.

Gabriel então ajuda Alice a subir as escadas devagar, eles então chegam ao quarto deles, depois que começaram a namorar, Gabriel perguntou se Alice iria querer dividir o quarto com ele e a mulher aceitou, eles nunca chegaram a fazer nada sexual, apenas dormiam.

Eles chegaram ao quarto, Alice rapidamente se deitou, acabou suspirando de alívio ao sentir a cama macia em suas costas, Gabriel iria se deitar ao seu lado para fazer carinho em seu cabelo, pois, isso ajudava ela a adormecer bem rápido, mas logo o CEO percebeu que a mulher já dormia profundamente.

— Gabriel…

O homem saiu do quarto devagar sem fazer barulho para poder conversar com Roberto que o chamava.

— E então? O que aconteceu?

— Os seguranças realmente estavam correndo atrás de alguém.

— A pessoa fugiu? ou, na verdade, era realmente Rebecca?

— A pessoa foi pega, era um adolescente idiota que pensou que seria divertido jogar uma pedra e quebrar nossa janela, porque somos ricos.

— Eu não acredito nisso!

— Calma, como você mesmo disse, não tem como Rebecca vir aqui.

— Mas será que Letícia tem razão? Devemos ir para um lugar mais seguro? Ninguém tem ideia de onde Rebecca possa estar, e nosso detetive disse que alguém ajudou ela a fugir.

— Eu também não sei o que fazer nessa situação.

Gabriel ficou em silêncio e pensativo, será que estava sendo muito paranóico? Aquele lugar estava cheio de seguranças, não tinha como Rebecca simplesmente entrar ali, apesar de não ter problemas mentais, a mulher parecia muito estável, ela não conseguiria planejar um plano para simplesmente invadir ali.

Talvez pudesse conversar melhor com Alice depois, queria saber a opinião de sua namorada sobre isso, a mulher parecia sempre estar calma, mas talvez estivesse assim apenas para não deixar ele preocupado, ele não sabia.

— Julgo que vou dormir, essa situação toda está me dando dor de cabeça.

— Tudo bem, vá descansar, você está estressado deis que Rebecca fugiu da prisão.

— Quero garantir que Alice vá está segura.

— Ela está segura, agora vá dormir.

Gabriel então entrou no quarto novamente, Alice não estava mais dormindo, ela estava sentada na cama olhando para baixo, será que ela acordou porque sentiu que estava sozinha? ou, porque ouviu a conversa dele com Roberto?

— Alice, vá dormir, está tarde.

A mulher não respondeu, ela estava sonâmbula ou algo assim?

— Alice?

— Estou sangrando…

Gabriel arregalou os olhos.

— O que?

— Eu… Estou sangrando…

Ela removeu o lençol e o homem logo viu uma grande mancha de sangue em seu vestido.

— O bebê!

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