Benjamin...
Cheguei a alguns dias em casa e graças a eficiência de Kathelyn, já resolvemos tudo o que tinhamos para resolver. Falta apenas a visita a minha nova empresa, com a equipe de arquitetura e ir visitar meu amigo Charles Gonzáles.
As minhas irmãs, estão ficando aqui em casa para matarmos as saudades.
Noite passada, mal dormi, sentindo uma angústia em meu peito. Parecia sufocado, é como se alguém precisasse de mim.
..."Foi estranho! Muito estranho!"...
Depois do café da manhã, subi até o quarto para marcar a reunião com os arquitetos e quando saía do quarto, encontro com Helena e descemos conversando assuntos aleatórios.
Quando olhei em determinada direção da sala, entrei em transe. Meu coração disparou, minha boca ficou seca e imediatamente me veio a noite única e perfeita que tive com essa garota. Diana estava de pé ali, ainda mais linda, com um corpo perfeito, curvas mais marcantes.
Os anos fizeram muito bem a ela, não vou negar, que meu membro criou vida própria dentro das calças, como ja não fazia a anos. Contudo, me recordei do nosso último encontro e tentei impedir que falasse com os meus pais.
Não me orgulho nenhum pouco do que fiz e queria pedir-lhe perdão. Como o esperado, ela não quis e meus pais não deixaram. A decepção que se formou no semblante dos meus familiares, começaram a machucar.
Cada palavra nessa sala, me deixou arrasado. Fui um crápula com Diana.
Vi a foto das crianças de longe, me detive, porque algo dentro de mim despertou, meu coração acelerou, meus olhos marejaram e fiquei pior do que estava. Pela primeira vez, senti um imenso arrependimento dominar o meu interior e questionei as minhas escolhas.
Saber que Diana, está passando por uma situação delicada com a sua irmã, despertou um sentimento diferente.
..."Sua dor, parecia a minha dor! Estranho isso!"...
Tentei me colocar em seu lugar, é inimaginável a dor que possa estar sentindo.
Não há dúvidas de que são meus filhos, pelo simples fato, do que despertou em meu ser ao ver aquela foto, mesmo que de longe.
Suas palavras doeram, mas o seu pedido para fazer o exame de DNA, foi como um tapa na cara. Seu olhar de ódio, doeu no mais profundo do meu ser.
Quando saiu por aquelas portas, pretendi ir atrás dela, mas meus pais não deixaram.
— Onde pensa que vai? — pergunta meu pai asperamente.
— Falar com ela!
— Se ela quisesse falar com você, teria falado! Agora a sua conversa será conosco! — diz mamãe friamente.
Seu olhar está indecifrável e sua postura imposta.
Ela se aproxima de mim e desfere um tapa em meu rosto.
— Mãe! — digo, segurando onde ela bateu.
— Eu não te criei para ser um crápula, covarde e egocêntrico! — diz entre os dentes, com os olhos marejados. — Sempre tive orgulho de você, porque sempre lutou para conquistar os seus sonhos, mas agora percebo que errei na sua criação!
— Não errou... eu é que...
— Benjamin quem se desviou, mãe! Não é sua culpa! — diz Helena.
— Mãe, eu sou um homem determinado e sou responsável por minhas escolhas, não a senhora!
— Não é um homem! Não passa de um moleque mimado e irresponsável! Não te criamos para se tornar o que estamos vendo na nossa frente, não te criamos para ser um covarde, minimalista! — diz papai.
— Eu fiquei assustado... eu tentei encontrá-la depois, mas...
— Usou camisinha Benjamin? — pergunta a minha mãe.
— Não!
Ela desfere mais dois tapas em meu rosto.
— Ainda teve a coragem de duvidar da menina? Não! A cada coisa que descubro, me decepciono ainda mais! Enquanto estava quentinho revirando os olhinhos, não ficou assustado, não é mesmo? E se procurou por ela, não se esforçou, porque se tivesse se esforçado, tenho certeza que teria a achado!
— A verdade, é que não queria encontrá-la! — completa papai.
— Me perdoem! — digo com os olhos marejados.
— Não terá o meu perdão, enquanto não virar um homem de verdade!
Ela pede a cinta de meu pai, observo espantado com a sua atitude. Ela desfere várias cintadas em minhas pernas e costas.
— Aí... mãe... aí!
— Essa dor física, não é nada comparado ao que aquela pobre moça sentiu! — diz mamãe.
Seu olhar de decpção, doeu mais, que a surra que me deu.
Ela sobe as escadas decepcionada, meu pai também desfere duas cintadas em minhas pernas.
— É melhor amadurecer, Benjamin!
— Pai, o que faço? — pergunto.
— Já sabe o que tem que fazer!
Meu pai vai atrás da minha mãe.
— Pisou na bola, Benjamin! Pensei que fosse mais prudente e justo! — diz decepcionada.
Helena, vai em direção a área externa.
Esforço para me acalmar, olho para a mesinha e vejo o cartão de Helena. Me aproximo, pego o cartão, sento-me no sofá e jogo a cabeça para trás.
Estou todo dolorido, mas a dor interna é maior.
Ninguém merece passar pelo que ela passou. Me sinto mal por todo mal que lhe causei. Preciso reparar parte do meu erro de alguma forma, suas palavras me machucaram. Pude sentir a dor em sua voz, que parecia atravessar a minha alma como uma espada.
De tudo isso, a decepção estampada no rosto da minha família, terminou de me arrasar.
Respiro fundo, pego o meu celular e faço uma ligação.
— E aí?
— Oi, será que podemos nos encontrar?
— Tá bom!
Conversamos e assim que encerro a chamada, subo até o meu quarto para me arrumar. Meu corpo está todo marcado pelas marcas de cinta e meu rosto vermelho, dos tapas.
Logo que me arrumei, me encontrei com meus primos no hospital, ambos trabalham no melhor hospital de Los Angeles.
— Ben, não sei se posso fazer isso! — diz minha prima Ivy.
— Por favor, Ivy! Não estou pedindo nada demais! Use a quedinha que ele tem por você, ao nosso favor! — imploro.
— Somos apenas colegas de trabalho!... Não gosto de mentiras e sabe bem disso! Nem sei se Joaquim, irá concordar!
— Pelo menos tente! Por favor...
— É por uma boa causa, mana! — diz Bryan.
Fiquei feliz por sua ajuda.
Ela respira fundo massageando as têmporas e solta o ar de uma vez.
— Não garanto nada, mas falarei com ele!
— Muito obrigado, prima! Fico te devendo uma!
— Se eu for colocar no papel tudo que me deve, declara falência hoje mesmo! — diz divertida, fazendo seu irmão rir.
Ivy, é uma mulher maravilhosa, sempre fomos amigos e foi a única que me ajudou numa fase bem difícil da minha vida.
— E quanto ao exame de DNA? pergunta ela.
— Quero fazer o quanto antes! Daqui alguns dias, irei embora e quero ir com tudo resolvido!
— Podemos fazer o paternidade express, com resultado em 24 horas!
Olho para ela, aguardando respostas.
— Disponibilizam esta modalidade de perícia para a determinação de paternidade em DNA extraído de amostras frescas de sangue ou células bucais, com resultado em 24 horas!
— Prefiro a de células bucais!
— Ainda tem medo de agulhas? — pergunta divertida.
— Não acredito que tem medo de agulhas! — zomba.
— Não tenho medo! Sou alérgico!
— Ah por favor... — diz rindo.
— Quando entram na minha pele, eu sinto mal! Isso não é medo!
Bryan gargalha.
— Um marmanjo desses, com medo de agulha! Faz o de sangue, mana e usa aquelas agulhas bem grossas!
Só de imaginar, ajeito a gravata para respirar melhor e os dois riem ainda mais.
— Que bom que divirto vocês! — digo revirando os olhos. — Voltando ao que interessa, pedirei para Diana, trazer as crianças e...
— Me passa o endereço, que vamos até lá, assim poupamos as crianças de ter que vir até o hospital!
Concordo e dou-lhe o cartão de Diana, já havia tirado uma foto para salvar seu contato e endereço.
Me despeço de Bryan e sigo com Ivy até o laboratório. Ela cuida de tudo, colhem as amostras e me acompanha até a saída.
— Obrigado, pela ajuda!
— Estou fazendo isso pela moça e não por você! Foi um grande e inconsequente imbecil!
— Eu sei!
Nos despedimos e vou para casa.
Ao entrar, meu pais estão sentados no sofá.
— Sente-se! — articula ele, apontando para o sofá.
Estou vendo que ainda vou ouvir muito.
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Atualizado até capítulo 133
Comments
⭐𝐕𝐞𝐫𝐚 𝐅𝐫𝐞𝐢𝐭𝐚𝐬💫
autora tem lugar na sua casa pra eu morar 🥺 pois eu queria lê mais 🤣
2024-05-09
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Anonyamor
Pois é Benjamim, se na época vc tivesse tomada a atitude correta, de homem nada disso estaria acontecendo e vc não ficaria nessa situação junto de seus familiares
2024-12-19
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Maria Izabel
Adorei ver ele levar uma surra da mãe dele kkk quero que Diana arrumar um homem lindo e que de valor e amor para ela e ele se rasteje e veja o que perdeu
2025-02-03
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