Capítulo 15

Diana...

Ontem, fui chamada no RH, com a proposta de me tornar secretária do CEO da empresa. A atual secretária, irá se aposentar e precisam de outra urgentemente.

Quando o questionei dos motivos de eu ter sido a escolhida, disse que tiveram uma reunião com os diretores de cada departamento, cada um deles, pode indicar dois de seus melhores estágiarios. Numa vasta pesquisa, o diretor executivo escolheu-me, por ser de confiança, discreta, perfeccionista e profissional.

Estranhei tudo isso, porque nunca vi esse homem e como pode saber tanto sobre mim? Mesmo assim, apenas pedi um tempo para pensar. Não vou negar, que o pagamento e todos os benefícios são tentadores, mudaria a nossa vida, mas meus filhos sempre vem em primeiro lugar.

Confesso, que a consulta de Eliza, me tirou o sono, estou muito preocupada com a minha irmã e pedindo a Deus que não seja nada de grave.

Ela está tranquila em relação a isso.

Logo que chegou, fui para a empresa, avisei que chegaria mais tarde, mas que pagaria as horas de atraso.

Ao chegar na minha mesa, o meu telefone toca. O assistente pessoal do senhor Charles Gonzáles, diz que o seu chefe, me quer em sua sala imediatamente.

..."Era só o que faltava! O que será que esse homem quer comigo? Só falta me demitir, por não aceitar de imediato ser a sua secretária!"

Imediatamente, vou até o andar da presidência.

A secretária me conduz até a sala do homem.

Assim que entro, ele está de costas, olhando pela enorme janela de vidro, com um copo de wisk na mão. O homem, parece ser charmoso, tem um corpo atlético, deve ter quase dois metros de altura.

Assim que se vira, sinto meu rosto corar, com a intensidade de seu olhar.

— Bom dia, senhor Gonzáles!

— Bom dia, senhorita Diana Prescott! — diz sentando-se em sua cadeira.

Ele faz sinal para que eu me sente na cadeira a sua frente.

— Em que posso ajudá-lo?

— Quis pessoalmente, saber o motivo de não aceitar a proposta de ser a minha secretária? Como deve saber, qualquer um dos meus funcionários, gostariam de ocupar esse cargo!

— Disse ao diretor do RH, que precisava de um tempo para pensar, senhor!

— Qualquer profissional, não hesitaria em aceitar, não me diga que achou o pagamento abaixo...

— Desculpe senhor Gonzáles, mas não é nada disso! Estou imensamente grata pela oportunidade, sei que tem muitos outros funcionários capazes e que trabalham a mais tempo aqui do que eu, e mesmo assim fui a escolhida...

— Mas?

— Essa escolha, não diz respeito apenas a mim, mas também a minha família, tenho que pensar neles, para tomar qualquer tipo de decisão!

— Seus pais...

— Não me refiro aos meus pais, mas aos meus filhos!

O homem arregala os olhos, surpreso com a minha resposta.

— Filhos? Pensei que fosse solteira!

— Sou mãe solteira, senhor! E qualquer decisão da minha parte, afeta os meus filhos!

— Entendo! Mas com o salário que ofereço, poderá dar uma vida melhor a eles!

— Sim, tem razão, mas quero que os meus filhos tenham amor acima de tudo! Aceitar ser a sua secretária, representa ter menos tempo com eles!

O homem, parece me analisar e aquela situação, passa a me deixar incomodada.

— Está bem, tem uma semana para pensar e espero que sua resposta seja positiva!

— Obrigada pela oportunidade, senhor! Posso me retirar agora?

Ele assenti com a cabeça e saio de sua sala em passos largos, esse homem é intimidador.

— Está tudo bem, querida? — pergunta a secretária.

— Está sim, só fiquei nervosa!

— O senhor Gonzáles, parece ser intimidador e maldoso, mas é um bom homem, que sofreu demais e se fechou para a vida!

Conversamos por um tempo ali na recepção e a mulher me explica como é todo o trabalho.

No final do expediente, vou para casa.

Ao chegar, Ravi e Luna, pulam nos meus braços.

— Mamãe, sodade! — diz minha princesa.

— Mamãe, maisi sodade! — diz meu príncipe ciumento.

— Eu estava morrendo de saudades de vocês meus amores! Vou tomar um banho e já volto.

Coloco eles no sofá, cumprimento Eliza com um beijo na testa e vou tomar um banho.

Vou até a cozinha e preparo o jantar pensando nessa proposta de emprego. Eliza senta-se na banqueta e ficamos conversando. Hoje ela optou por não abrir o pub e vamos curtir a nossa noite em família.

Dou o jantar para as crianças, depois ficamos brincando no tapete da sala, cada gargalhada deles, faz meu coração transbordar de amor.

Ravi, fica manhoso com sono, pego eles no colo e vamos até o quarto.

Troco as fraldas deles, coloco o pijama e imediatamente se ajoelham na cama, aguardando eu fazer a oração de todos os dias. Meus bebês estão crescendo e são muito inteligentes.

Oro o pai nosso e os coloco no berço.

Poucos minutos depois, adormecem.

Volto para a sala e Eliza, está sentada no sofá, com o olhar vago, com um copo de wisky na mão.

— Está bebendo, Eliza? — pergunto, sentando-me ao seu lado.

— Deu vontade de beber algo forte!

— Aconeteceu algo que não quer me contar?

— Nada demais, Diana! Só fiquei um pouquinho tensa com aquele exame que fiz! Não vejo a hora do resulatado sair!

— Tenho certeza, que não será nada de grave!

Ela sorri.

— Quando fica pronto?

— Daqui cinco dias!

Mudo de assunto, sei que falar de Ravi e Luna a deixa animada.

Mais calma, assitimos um filme juntinhas, comigo deitada com a cabeça em seu colo. Ela acaricia os meus cabelos e confesso que adoro esses nossos momentos.

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