Capítulo 13

Eliza Prescot...

Sou Eliza Prescott, 25 anos, nascida em Los Angeles, inglesa educada num orfanato e em escolas públicas.

Fiz alguns cursos técnicos de administração, para poder abrir meu próprio negócio e trazer a minha irmã para morar comigo.

Tenho 1,66 de altura, cabelo castanho médio marrom, olhos castanhos, pele clara, magra com curvas marcantes. Tenho uma cicatrize na perna direita, devido ao incêndio, quando uma madeira esbarrou nela a queimando. Com o passar dos anos ficou imperceptível aos olhos.

Sou fluente em várias línguas, pois no meu pub, passam muitos turistas.

Sou uma mulher forte, persistente, calma, responsável e amorosa. Sou uma pessoa, que se apega muito fácil.

Eu e minha irmã, crescemos num orfanato, após a morte dos nossos pais. Me lembro vagamente da minha infância e do que aconteceu antes da morte deles.

Me recordo, da minha mãe sair conosco no meio da noite do nosso antigo endereço e se mudar para uma nova casa. No novo endereço, havia um armazém de um amigo dela.

Na noite seguinte, ela nos colocou para dormir e foi para a cozinha.

Não consegui dormir e fui atrás dela, porém, a porta da sala estava aberta. Saí a sua procura e a encontrei no armazém. Do alto da escada, vi ela discutindo com um homem, que desferiu um tapa em seu rosto.

Os dois, começaram uma luta corporal, o amigo da mamãe chegou o acertou com um golpe e mandou ela nos tirar daqui. Ela vem em minha direção, me pega no colo e entramos na casa.

Rapidamente pega uma mochila, coloca algumas coisas nela, pega eu e Diana em seu colo e desce as escadas conosco. Nesse momento, o armazém estava em chamas, com o amigo da mamãe no chão inconsciente.

Ela me coloca no chão e pede para eu sair com Diana e espera-la do lado de fora. Mesmo com dificuldade, faço o o que ela manda, apenas vejo ela caindo desacordada no chão, após receber uma pancada na cabeça do homem mal.

Uma madeira caí pegando em minha perna, chorando saio com Diana, que a essas alturas chorava muito também.

Nossa mãe, já havia me instruído de onde ficar, caso precisássemos em algum momento. Fui até a casa da vizinha, ela nos acolheu.

Com a notícia da morte da nossa mãe, fomos morar num orfanato. Nos disseram, que nosso pai também morreu no incêndio.

O que foi bem confuso, pois não o vi lá, mas era criança, estava com a cabeça confusa, com medo e triste.

Para a nossa sorte, a diretora sempre foi muito bondosa e não permitiu que ninguém adotasse Diana, se não me adotasse.

Agradeço aos céus, por termos crescido juntas, uma sendo o apoio da outra.

Quando completei dezoito anos, já não podia mais ficar no orfanato.

A diretora guardou a mochila que estava conosco naquela noite. Dentro dela, havia a escritura da casa que morávamos e uma caixa com jóias.

Deixar a minha irmã para trás não foi fácil, mas eu precisava fazer algo, ter uma renda, pegar a sua guarda e nunca mais ficaríamos longe uma da outra.

Quando cheguei no lugar que morávamos, ainda havia rastros do incêndio, flashes daquela noite, vinham na minha mente.

Morei por um tempo numa pensão, penhorei as jóias que eram da minha mãe e consegui uma alta quantia em dinheiro. Guardei apenas dois colares, que tem muito valor sentimental, eles tem um pingente delicado com as iniciais dos nomes dos nossos pais J&C.

Com o dinheiro, mandei reformar o que seria a nossa casa. Fiz alguns cursos para abrir meu próprio negócio e tive a ideia de fazer um pub, no andar debaixo. Em cima, seria a nossa casa e embaixo o pub.

No início, não foi nada fácil, mas com o tempo as coisas foram melhorando, um passando para o outro e logo as noites passaram a ser agitadas. Contratei uma cozinheira, dois garçons, um bartender e uma banda responsável pela música ao vivo. Foi quando conheci um dos vocalista, Peter.

Não era a minha intenção me apaixonar, mas aconteceu. Sempre fui clara, lhe dizendo que a minha prioridade, era a Diana e nunca se opôs.

As coisas melhoraram e logo consegui a guarda da minha pequena, esse foi o dia mais feliz da minha vida.

Tentei ser uma amiga, confidente e conselheira para Diana. Contudo, sinto que falhei em muitos pontos, inclusive quando ela teve a sua primeira vez e engravidou. Sinto que não fui boa o suficiente.

Odiei Benjamin por muito tempo, pois foi um canalha com a minha menina, porém, não foi culpa apenas dele, eu também tive uma parcela de culpa nisso tudo.

Ravi e Luna, vieram para somar em nossas vidas, são a alegria da casa. Não deixei que minha irmã parasse de estudar, quero que ela se forme e conquiste o mundo.

Nos últimos meses, eu e Peter, estamos brigando muito, ele quer se casar, ter filhos e não sinto que seja o mesmo que eu quero. Pelo menos não agora, penso na minha irmã, penso no trabalho e acima de tudo, penso em mim.

Em alguns momentos, reflito sobre a minha vida e sinto que ainda não me encontrei, sinto que falta algo importante.

Acabei aceitando morar com Peter e tentar construir uma família, mas quero ir a ginecologista primeiro. Nunca transei sem camisinha, sempre fui cautelosa com as pílulas e quero ser instruída de forma corretamente.

Confesso, que não gosto de ir em médicos em geral, sempre corri de hospitais. Faz cerca de um ano e meio, que não passo na consulta ginecológica de rotina.

Acordo bem cedo e Peter já não está mais ao meu lado.

Ontem tivemos outra discussão, ele queria transar sem camisinha, mas eu disse que quero ir ao médico primeiro. Ele é tão imaturo às vezes, que faz eu repensar em minha decisão.

... Ou será, que eu é que sou muito madura para a minha idade?"

Faço a minha higiene pessoal e vou preparar o café da manhã.

Enquanto passo o café, mando mensagem para a recpcionista do consultório da médica. Não temos planos de saúde, e não nos adequamos ao programa estadual que oferece cobertura de saúde para pessoas de baixa renda, devido ao estabelecimento.