Capítulo 8

Diana...

Dois dias depois...

Passei esses dias pensando no que fazer e mesmo Eliza querendo me proteger de uma possível decpção com Benjamin, ele merece saber que terá um filho. Óbvio que não sou tão sonhadora, a ponto de acreditar que ele vá se casar comigo, para criar o nosso bebê.

Fui na obstetra, ela pediu alguns exames e fez algumas recomendações importantes para esse inicio de gestação. Doutora Milena, é simpática, educada e soube me deixar a vontade.

Fora aquele desmaio, não estou sentindo nenhum tipo de mal estar. Soou mais como um aviso aquele mal estar.

Acordo bem cedo, faço a minha higiene pessoal, tomo um banho, me arrumo e vou até o condomínio que foi a festa de casamento.

Falo com os seguranças, mas não permitem a minha entrada.

Aguardo por uns segundos e vejo Benjamin acompanhado de um dos rapazes da festa, chegando. Os dois estavam suados, provavelmente, estavam correndo.

Assim que me vê e nosso olhar se encontra, ele fica sem reação, porém, me aproximo deles.

— Podemos conversar, Ben...

Ele revira os olhos e diz:

— Olha só garota, a nossa noite foi boa, mas eu não costumo repetir...

Minha face queima e sinto estar ficando corada.

— Não seja babaca, primo! — repreende o outro rapaz.

Cruzo os braços, estreito o olhar e digo.

— Quero apenas conversar! Não quero repetir aquela noite, foi boa, mas também não foi nada demais! — minto, para abaixar a sua bola.

Seu primo gargalha e nos deixa a sós.

— Se quiser, te levo para algum lugar e vou te deixar sem andar por dias, de tanto que vou te fuder e te dar prazer! — exclama irritado.

— Não, eu não quero! Como disse, não costuma repetir a mesma mulher! O que vim falar é muito sério! Estou grávida! — solto a notícia de uma vez.

Ele paralisa.

— Sei que está surpreso..., foi a mesma reação que tive e...

Ele volta a realidade, olha para todos os lado, segura o meu braço e me puxa para um canto.

— Eu mandei tomar a pílula do dia seguinte!

— Eu tomei, tá, mas pelo visto não fez efeito!

— Escuta aqui, se está pensando que vai dar o golpe da barriga, está muito enganada, conheço o seu tipo!

Meu sangue ferve e puxo o meu braço com força.

— Vai se ferrar, Benjamin! Vim aqui, porque pensei que seria injusto não te contar! Não quero um centavo do seu dinheiro de merda não, apenas quero que seja homem e assuma o seu filho!

— Quem garante que eu sou o pai!

Suas palavras machucam, meus olhos marejam e desfiro um tapa em seu rosto.

— Sabe muito bem, que eu era virgem!

— Naquela noite sim, mas e depois! Olha só garota, eu tenho uma vida em outro país, estou aqui de passagem, tenho muitos sonhos para realizar e não vou deixar que uma menina invente mentiras para me segurar...

— Já entendi, Benjamin! Faça uma boa viagem de volta e espero nunca mais, ver essa sua cara de pau novamente! — digo entre os dentes.

Dou alguns passo para frente, me viro para o rapaz que permanece em choque e digo.

— Espero que realize todos os seus sonhos e objetivos, mas também desejo, que nunca mais uma mulher consiga te satisfazer como homem, seu imbecil!

Irritada, com meu rosto banhado em lágrimas volto caminhando para casa, com suas ofensas ecoando pela minha cabeça.

Paro em uma pracinha, sento num banco, abraço as minhas pernas e choro compulsivamente com meu rosto afagado as pernas.

... "Como pude ser tão idiota? Me deixei levar por essa paixão de merda e olha no que deu! O que será de mim? O que será desse bebê, meu Deus!"

Eu ainda não havia pensado nas consequências, pois no fundo, acreditei que pelo menos ele assumiria o filho e não estaria sozinha nisso tudo.

Fiquei horas ali, meu celular tocou diversas vezes e não tive forças para atender.

De repente, ouço Eliza me gritando. Levanto o olhar e está descendo do carro de Peter e vem em minha direção.

Ela se aproxima, vendo o meu estado apenas me abraça.

— Fiquei tão preocupada, andamos por vários lugares! Que bom que está sã e salva! — diz e pousa um beijo no alto da minha cabeça.

— Ele... pensa que sou... uma qualquer, uma... golpista atrás... de dinheiro! — digo entre soluços.

— Ai meu amor, eu quis tanto te poupar desse sofrimento! Esse tipo de homem, quer apenas se divertir com as mulheres, a descartam como se fossem lixo! Não queria te ver passar por isso...

— A dor de suas palavras chegam a sufocar o meu peito! — digo.

— Eu sei... eu sei como se sente!

— O que vai ser de mim e do meu bebê?

— Não está sozinha, minha florzinha! Estou aqui e juntas vamos passar por isso, vou te ajudar a criar o meu sobrinho ou sobrinha...

— Mas e a faculdade?

— Meu amor, olha pra mim! — diz ela segurando o meu queixo.

— Não vai mudar os seus planos! Está grávida e não doente! Óbvio que vai ser um pouco mais complicado, mas estarei aqui sempre para te ajudar! Está bem? — pergunta e concordo com a cabeça. — Eu te amo, minha florzinha!

— Também te amo, coração!

Mais calmo, ela me leva até o carro e voltamos para casa.

Não vou dizer que será fácil, mas eu vou vencer. Vou me erguer e lutar para dar uma vida boa ao meu bebê.

Passo o restante do dia sendo cuidada e mimada por Eliza. Se existe uma irmã assim no mundo eu desconheço, pois para mim ela é única.

A noite, ela vai para o pub.

Eu tomo um banho, visto a minha lingerie e olho por alguns minutos no espelho e acaricio a minha barriga.

Sempre sonhei em construir uma família, mas daqui alguns anos, mas se Deus está me dando esse presente, sou grata. Vou amá-lo, protegê-lo com todas as minhas forças, não deixarei nada faltar.

Não vai ter o pai por perto, mas vão ter uma mãe que será pai e mãe.

Após me arrumar, janto a comida maravilhosa que Eliza deixou arrumada.

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