Gelo

Você não tem nada haver com isso aqui. Segue o seu caminho. Fala Matheus.

- Claro que eu tenho, o que vocês estão fazendo com o Gus. Solta ele agora! Diz o garoto cacheado em tom irritado.

- Pelo jeito sua freguesia é bem maior do que eu achava né guszinho. Matheus fala passando a mão na cabeça de Gus.

- Olha, eu não quero bater em vocês, então deixe o garoto.

- Então você é metido a valentão. Vamos ver do que é capaz.

Matheus começa a tirar a parte de cima do seu terno e desabotoa alguns botões, mas antes disso, vê as luzes piscando em vermelho e azul cada vez mais forte.

- É a polícia! - Diz Ítalo.

- Mas que merda, solta ele ai e vamos. Matheus dá ordem e sai para dentro das dependências da escola.

Gus é jogado para trás no chão, e os outros dois também saem. Félix vai de encontro ao rapaz e o ajuda a levantar do chão. A polícia passa sem dar mínima importância para a cena.

- O que estava acontecendo aqui? Pergunta Félix olhando para ver se não tinha sangue em algumas parte do garoto mais baixo.

- Nada demais, era só eles implicando comigo como sempre.

- O que... você estava pedindo por ajuda e eles definitivamente estavam levando você para fazer sabe se lá o que. E você ainda diz que não é nada de mais. Fala Félix em tom irritado.

- Ai, não preciso de sermão. Diz Gus se desvencilhando dos braços do garoto e seguindo pela calçada.

Félix pega no braço dele e o puxa para um abraço. Gus fica surpreso com aquela ação repentina do outro, mas abraça-o de volta depois de algum tempo, estava gostando de sentir o calor vindo do outro.

- Desculpa, Ok, não queria brigar com você, mas tem que ver que aquilo não é uma simples implicância é bem mais do que isso. Você vai voltar lá para dentro?

- Não, vou embora para casa. Fala Gus se soltando dos braços do garoto.

- Então eu vou com você.

- Não precisa, eu sei andar sozinho. E você veio fazer amigos lembrar, andar comigo não vai te deixar popular...

- Eu não preciso ser popular. Só não vou dizer que já fiz um amigo porque não pretendo ser apenas amigo. Fala Félix passando o braço em volta do pescoço de Gus.

- Então vamos andando.

Os dois saem andando pela rua fazendo o caminho para a casa do garoto moreno.

- Isso acontece com que frequência? Pergunta o garoto cacheado.

- Depende, logo quando começo era todo dia, bolinhas de papel, tapas no pescoço, e coisas do tipo, aí conforme foi passando o tempo, diminui a frequência em que faziam e aumentam o nível das coisas que fazem comigo pouco a pouco.

- Isso de hoje já tinha ocorrido outra vez?

- Não, foi a primeira.

- Agora que eu entrei nessa escola eu vou proteger você.

- Não preciso de proteção, não sou nenhuma criança.

- Mas um contra três também não ajuda... E porque você não diz isso a alguém da escola, para tomar providências?

- Uma vez eu disse ao diretor e a única coisa que ele falou foi para me cuidar, ou seja, de nada adianta, depois de um tempo eu vi uma foto em que ele estava com Matheus e aparentemente ele é seu tio.

- Quem é o Matheus?

- É o que chamou você para brigar.

- Sei, o branquinho do cabelo platinado. Ele parece ser o bombado ali.

- Sim, ainda estou sem ar do soco na barriga.

- Que!? ele te socou na barriga? Oh, mas eu devia ter dado ao menos um soco naquela cara sebosa dele.

- Mas não foi nada demais. Aqui é minha casa.

- Você tem de parar de diminuir tudo que acontece com você Gus. Eu posso entrar, quero olhar esse seu machucado.

- Virou médico agora? Responde Gus rindo.

- Virei sim, seu médico particular. Félix responde encostado no ouvido do outro.

Os garotos entram para dentro e seguem direto para o quarto, Gus entra e tira a parte de cima do seu terno, ficando apenas de calça, a vergonha volta ali naquele momento, ao olhar para seu corpo se sentiu uma criatura extremamente feia e deformada, a sua vontade era apenas de cobrir ou se isolar do mundo para ninguém o vê-lo. Félix pega no queixo do garoto que estava de cabeça baixa e o levanta, olhando para seus olhos.

- Não precisa ter vergonha do seu corpo.

- Como você sabe que eu estou com vergonha disso?

- Eu posso te conhecer a pouco tempo, mas eu já sei ler um pouco de você. Agora se deita na cama, temos que colocar gelo aí para não ficar muito roxo. Onde tem gelo e uma compressa?

- Na segunda porta do armário na cozinha e gelo tem lá no freezer da geladeira.

Félix deixa o quarto e segue para a cozinha, enquanto Gus permanece deitado, perdido em pensamentos. Ele se pergunta o que teria acontecido se Félix não tivesse aparecido. Gus acha o garoto cacheado bonito e adora como combina perfeitamente com o estilo dele.

Pela primeira vez, Gus sente que pode ter algo além de amizade com alguém e isso o deixa feliz. No entanto, ele tem consciência de que talvez esteja começando a sentir algo por Felipe, depois da reação que teve à cena do beijo entre Mary e Lipe.

- Oi, seu médico particular voltou.

Félix entra dentro do quarto com uma compressa de gelo, sobe em cima da cama e lentamente deixa a compressa encosta no outro garoto.

- Se incomodar me diz que tiro.

- Gus acena a cabeça positivamente olhando para o garoto sentado na cama.

- Deita aqui. Diz Gus dando espaço na cama para o outro.

Felix atende o pedido e se deita na cama virado lateralmente e assim ficando de frente para Gus.

- Vi umas marcas menores, quase sumidas, roxas na sua barriga. Você não disse que aquela tinha sido a primeira vez que fizeram aquilo.

- E foi, mas não a primeira que me bateram.

- Você tem que tomar mais cuidado com eles.

- Okay seu doutor. Fala Gus tentando aliviar o clima do local.

- Eu posso te pedir uma coisa Gus? Fala Félix um pouco envergonhado.

- An, tudo bem, diz.

- Eu posso dormir aqui hoje, já está um pouco tarde demais para voltar para minha casa.

- Tudo bem, Você quer dormir no quarto de hóspedes ou aqui?

- Eu prefiro aqui, sentindo o seu cheiro. Fala Félix com um sorrisinho.

- Se quiser pode sentir mais de perto. Diz Gus sem olhar para o outro envergonhado.

Surpreso ao ouvir isso, Félix começa a se aproximar lentamente do pescoço de Gus, respirando forte o suficiente para que Gus possa ouvir. Ele roça a ponta do nariz na bochecha do rapaz antes de depositar um beijo suave.

Observando o rapaz paralisado na cama, Félix aguarda por uma indicação para continuar ou parar, mas vê apenas os olhos de Gus fechados com vergonha.

O garoto cacheado continua depositando pequenos beijos enquanto se move em direção à boca do moreno. Quando chega lá, ele sobe em cima, deixando uma perna de cada lado do corpo de Gus e inicia um beijo lento.

Desabotoando os botões da camisa de Gus e a retirando, ele também coloca a compressa de lado e se deita completamente sobre o rapaz, permitindo que ambos sintam as batidas do coração um do outro.

Seus membros sexuais latejavam, pedindo espaço dentro das calças. Por um momento, Félix para o beijo e ambos abrem os olhos. Gus sente a luxúria pulsando em seu corpo.

Tudo o que ele queria era arrancar a roupa do garoto cacheado e se entregar ao prazer de uma noite de sexo, mas a insegurança ainda falava mais alto. Ele solta um gemido abafado quando Félix massageia seu pênis por cima da calça.

O garoto cacheado já estava abrindo o zíper da calça de Gus quando ele intervém e coloca a mão sobre a dele, pedindo para parar.

- Ainda não. Não acho que estou pronto para isso. Fala Gus envergonhado.

- Tudo bem, no seu tempo bem. Responde Félix depositando um beijo em Gus e saindo de cima dele. - Têm alguma roupa que eu possa usar para dormir?

- Tem sim, eu vou pegar.

Gus vai para o seu guarda-roupa pegando um short fino e uma camiseta regata. Entregando para Félix.

- Você se importa se eu dormir apenas de short? Pergunta Félix sem pegar a camisa.

- Não, pode fazer como quiser.

Félix vai em direção ao banheiro para trocar de roupa e Gus troca a sua dentro do quarto, deixando em cima de uma cadeira, se deita em sua cama. Félix sai do banheiro e Gus nota pela primeira vez que o rapaz não é tão magro como ele pensava que fosse, existia uma certa barriguinha ali, e gostava do que via.

- Você tem algum colchão inflável aqui? Pergunta Félix.

- Tenho, mas você não vai dormir na cama comigo? Não tem problema. A não ser que você não queira, claro.

Félix vai em direção a cama e se deita em cima do outro, os beijos iniciam, de forma mais intensa a língua do cacheado explora cada canto dentro da boca do moreno.

Logo em seguida, eles mudam de posição, e Gus fica por cima, deixando um rastro de beijos pelo corpo do garoto castanho. Descendo em direção ao lóbulo da orelha de Félix, ele dá uma leve mordida, estimulando seu mamilo com as mãos e friccionando sua ereção na dele. As roupas finas permitem que a sensação seja ainda mais intensa.

- Certo, acho que já tá legal, eu não sei se vou conseguir me segurar se você continuar com isso. Fala Félix colocando o garoto do seu lado. - Para alguém sem experiência você até sabe atiçar.

- Muitos anos de vídeo aula, se é que você me entende. Fala Gus sorrindo olhando para Félix.

- Até imagino, agora vamos dormir.

Gus vira de lado para dormir, quando sente Félix se aproximando e ficando de conchinha.

- Que tratamento para ficante interessante. Fala Gus entre risos.

- Então somos ficantes? Pergunta Félix ficando mais colado ao outro.

- Talvez, o que é isso que estou sentindo, uma pedra? Porque você anda com uma pedra? Fala o moreno rindo mais ainda.

- Cala boca, isso é culpa sua. Agora dorme aí.

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