Leon

Meu Deus, o que deu em mim de beijá-la? Ela me irritou tanto que a única

coisa que pensei era calá-la com um beijo.

Quando vi um corpo pequeno descendo pela parede, eu fiquei por uns

instantes sem reação, não acreditando no que estava vendo, que saí o mais

rápido que pude.

Ela é completamente desmiolada, será que ela esqueceu de que está grávida

e que, se aqueles lençóis se soltassem, poderia se espedaçar no chão?

Essa é a primeira vez que me deparo com isso, e sua coragem chamou

completamente a minha atenção, não sei se foi para bom ou para ruim.

Mas que ela me irritou, irritou.

A fúria invadiu dentro de mim, que a agarrei e a coloquei em um quarto

com grades. Quero ver ela sair agora?

Mulher impertinente!

Parece que meu sossego nesta casa acabou.

Mas o que está me deixando perturbado é a porra do beijo.

Já basta a mulher misteriosa não sair da minha cabeça, agora vem a filha do

meu inimigo também para confundir tudo. A sensação é que parece que já a

tinha beijado antes. E o pior é que parecem ser a mesma pessoa, o que já

acho que estou ficando louco.

Quero que meu irmão se mova rápido, para terminar com isso e me livrar

dessa mulher antes que eu caia em tentação e não resista.

Caraio, eu sou homem e tenho minhas fraquezas.

Eu não posso sair do meu objetivo por um rabo de saia, mesmo ela sendo

linda de tirar o fôlego.

O que quero mesmo é acabar com Davidson Roselli com as minhas próprias

mãos.

Preciso esquecer esse beijo, preciso de um banho gelado para me livrar

dessa tensão sexual. O que deu em mim de deixá-la tão perto de mim? Subo

para meu quarto para um banho rápido porque sinto que essa noite promete.

Faltam poucos minutos para o jantar e ainda tenho que vê-la. Se eu

soubesse que minha mente ficaria toda bagunçada, nem teria chamado-a

para jantar, para a paz do meu espírito, era melhor que Olivia levasse a janta

para ela em seu quarto.

Visto uma roupa confortável e desço já pensando em como encará-la depois

do beijo. Só espero que ela não crie expectativas e agora ache que estou

apaixonado por ela.

Esse jogo do amor é um perigo e quanto mais longe dele, melhor.

Vejo que a mesa já está posta, mas Alice ainda não desceu.

— Alice ainda não está pronta? Pergunto, Olivia.

— Ela se recusou a descer para jantar com o senhor.

— O quê? Pergunto com uma raiva que começa a transparecer.

Estou tentando tratá-la bem, como se fosse uma visita, coloquei-a em um

bom lugar para ficar confortável, depois ela tenta fugir e agora ela nega

jantar comigo. O que ela pensa que está fazendo?

Por um lado, era para me sentir feliz com a recusa dela, não era isso que eu

queria. Mas parece que não estou.

— Não consegui convencê-la, senhor, ela parecia estar com tanta raiva que

acabei deixando-a quieta, ela não pode ficar se estressando por causa da

gravidez.

Para mim, isso é frescura. Coloco as mãos na cabeça e dispenso Olivia.

Pensando bem, era melhor ter colocado ela no calabouço do que passar por

todo esse estresse que ela está me causando.

E a culpa disso tudo é toda minha.

A loirinha é bem corajosa pelo jeito, mas ela não me conhece e o que sou

capaz de fazer. Mas prefiro guardar tudo para o desgraçado do pai dela.

Ela está grávida e o médico disse que ela precisa se alimentar bem. Estou

pouco me lixando para ela, mas o estranho é que me preocupo com o bebê.

Vou trazê-la à força e, se precisar, coloco comida em sua boca.

Subo para o seu quarto e bato a porta várias vezes.

— Me deixe em paz! Diz com uma voz raivosa.

Ela sabe muito bem que sou eu, vejo que a porta está fechada, acho que ela

esqueceu que tenho a chave.

Abro a porta e a vejo deitada de bruços com a bunda para fora, o que

automaticamente fez meu pau ficar duro.

— Merda! Falo em voz alta e chamando a sua atenção.

Notando que ela está quase nua, ela levanta da cama, abaixando seu vestido.

— O que você está fazendo aqui? Eu já disse que não quero jantar com

você.

— Estou pouco me lixando para você, mas pense no bebê que você carrega.

Digo, puxando-a pelo braço. Ele não tem culpa das suas birras.

— Me solta! Diz, tentando se livrar.

— Se não quer ir por bem, será por mal mesmo. Coloco ela em meus

ombros e ela começa a espernear.

— Seu desgraçado, me solta, eu não sou criança.

— Pelas suas atitudes, é igual a uma. Digo entre dentes.

Desço com ela me xingando de tudo o que é nome, mas pouco me importo.

Já estou acostumado.

Coloquei-a na cadeira e, em seguida, me sentei em frente a ela.

— Agora coma! Digo, olhando dentro dos seus olhos que estavam

arregalados de raiva.

Ela me olha como se estivesse armando alguma coisa para cima de mim.

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