Um ano se passou desde a morte de meu pai, um ano de preparação, de transformar minha tristeza em ferocidade, de assumir a Máfia Romano e seus negócios.
Fui treinado desde novo para ser o chefe, eu sabia que um dia precisaria assumir, mas nunca imaginei que seria tão cedo. Minhas responsabilidades aumentaram e organizar tudo era um grande desafio. Tive que nomear novos cargos e recomeçar tudo depois que meu pai morreu.
Eram noites sem dormir, formando novas bases de treinamento para novos soldados, novas estratégias e alianças poderosas e meus irmãos eram a minha força e confiava neles cegamente. Eles eram meus olhos dentro da máfia.
Minha sede de vingança não havia diminuído, pelo contrário, estava mais intensa do que nunca.
Cada decisão que eu tomava, cada movimento que eu fazia era calculado,estava direcionado para um único propósito: descobrir o assassino do meu pai e fazer os responsáveis pagarem.
Nossas investigações eram meticulosas, minuciosas. Tudo tinha que ser examinado, cada conexão, cada possível pista. Até que, finalmente, meu irmão Matteo achou uma peça do quebra-cabeça que se encaixou. Uma pista levou a outra, e a trilha nos levou até um dos nossos próprios soldados que eu havia pensado que estava morto. Um homem que era da confiança de nosso pai, que era seu motorista. Que eu pensava conhecer, mas que agora estava diante de mim como um grande traidor.
E ele sabe muito bem o que acontece com os traidores.
O soldado estava amarrado, suas mãos e pés algemados, o rosto contorcido de dor e medo. Eu estava determinado a arrancar a verdade dele, não importa o que fosse preciso.
A escuridão dentro de mim havia crescido a ponto de não conhecer limites.
Preciso saber quem planejou a morte do meu pai e tirou a sua vida.
As salas do calabouço eram úmidas e escuras, os ecos dos gritos de agonia parecia reverberar pelas paredes. Estou olhando para o traidor com minha expressão fria.
— Quem ordenou o assassinato do meu pai? Minha voz cortou o silêncio,cada palavra carregada com ódio.
Ele olhou para mim, com seus olhos cheios de terror, e eu vi a fraqueza neles. Mais cedo ou mais tarde, ele irá contar, se precisar, quebro todos os ossos deles. Mas nem preciso fazer muita coisa além de quebrar seus dedos,que ele já abriu o bico do jeito que eu queria.
— O governador Davidson Roselli. Ele gaguejou entre gemidos de dor. A confissão me pegou de surpresa, foi como um corte de uma lâmina afiada, e uma onda de ódio e vingança percorreu por todo o meu corpo.
As lágrimas da tortura escorrem pelo seu rosto enquanto contava tudo,revelando detalhes do complô, sobre como meu pai havia sido traído por aqueles que se diziam seus amigos.
Ele o ajudou a ganhar as eleições e, no final, ganhou uma punhalada no coração.
Eu já tinha o que eu queria e o deixei ali, com suas palavras ecoando em meus ouvidos.
— Tenha misericórdia de mim! Grita em desespero.
Saí do calabouço com a informação de que precisava e o combustível para minha ira ardia mais intensamente.
O governador havia assinado sua própria sentença, e ele pagará por tudo que fez.
Encontrei meus soldados à espera, com meu irmão. Eles sabiam o que era necessário fazer, o preço que o traidor tinha que pagar por sua traição.
— Ele confessou? Pergunta Matteo, ansioso.
— Sim! Respondi.
Os soldados, sem receber ordens, já sabem o que fazer e partem para o calabouço para executar a sentença.
— Foi o governador. Digo baixinho para meu irmão, que começou a tremer de raiva.
— Precisamos fazer ele pagar. Diz com ódio.
— E vamos, irmão, mas antes precisamos de um plano.
Ele pesquisou algo em seu celular e mostrou uma notícia.
— Ele fará um evento essa noite, não tem ocasião melhor para observar nosso inimigo. Diz com fogo nos olhos.
— E como vamos entrar se não tivermos convite?
Ele dá um sorriso sarcástico.
— Deixa comigo, eu sei como vamos entrar naquele evento.
☆☆☆☆☆☆☆
Meu irmão conseguiu mesmo os convites. E já estávamos na festa esperando o governador chegar.
Conversamos com alguns conhecidos, além de ter negócios dentro da máfia. Eu e meus irmãos tínhamos negócios fora da máfia que nos ajudaram muito sem que as pessoas soubessem nossa verdadeira identidade.
Conseguimos esta em diversas ocasiões sem levantar suspeitas e éramos respeitados.
Tínhamos nossa fortuna própria que conseguimos em anos de trabalho e sabíamos muito bem auxiliar os dois.
Nosso pai sempre nos ensinou a ser independentes e nos preparou para tudo, e a falta que ele me faz não tem explicação.
Quando menos espera, o governador chega acompanhado com uma linda mulher que chamou minha atenção.
Será que é sua esposa? Parece ser jovem demais.
Ela exala sofisticação e cumprimentava a todos com classe, mas algo nela não demonstrava alegria por estar naquele lugar. O governador ficou rodeado de pessoas e ela caminhava entre os convidados, dando um leve sorriso para todos.
Ela é linda e andava segura com seus saltos altos.
Seu semblante mudou completamente quando ela foi cumprimentada pelo senador que eu conhecia muito bem.
Era como se ela se sentisse sufocada naquele lugar.
Curioso, virei-me para Matteo e sussurrei:
— Quem é aquela mulher que chegou com o governador?
Ele olhou na direção dela antes de responder, com uma expressão séria.
— É a filha dele, Leon.
Então ela é a filha daquele lixo.
Em um momento, ela me encara e, sem perder a conexão, olho. E vejo seu rosto angelical se ruborizar e sorrio por saber que causei uma reação nela.
Tento uma aproximação…
Não posso negar, a jovem que parece ter uns vinte anos é lindíssima. O sonho de qualquer homem que tenha sangue nas veias. Tinham curvas no lugar certo e seios fartos.
Ao tentar me aproximar, seu pai vinha em direção a ela com rapidez e a puxava para fora do salão, como se soubesse o meu interesse.
Ele sabe quem sou, e pelo seu olhar notei o brilho de medo.
É, senhor governador, você não sabe o que te espera. Bebo o resto do meu whisky e, de longe, observo seus passos e a linda mulher não parava de me observar disfarçadamente.
Ela seria uma presa fácil para meu prazer, mas o que me impedia de se aproximar era aquele traidor que, mais cedo ou mais tarde, acertaremos as contas.
☆☆☆☆☆☆☆☆☆
No dia seguinte, fui para um dos meus locais para aliviar a mente. O local era um bar que me pertencia, fazia muito tempo que não vinha aqui. Senteime no balcão e pedi uma bebida forte.
— James, o de sempre.
— Ok, chefe!
Escuto a música calma sendo tocada no piano e meus olhos se fixam na mulher que estava tocando. Ela usava uma máscara que ocultava parte do seu rosto, o que me fez ficar intrigado e chamar toda a minha atenção para ela.
James me entrega minha bebida e continuo a observar a mulher. E viro para James.
— Quem é ela, James? Pergunto com curiosidade.
— Não sei, senhor, quando ela pediu para tocar aqui, pediu que não se revelasse.
A resposta de James me deixou surpreso. Por qual motivo se esconder atrás da máscara?
Ela é muito talentosa e era rodeada por um mistério que quero muito descobrir. Fiquei preso por minutos na canção que tocava. Cada nota parecia ser um reflexo do turbilhão de sentimentos que me assombravam.
Enquanto eu a observava, senti uma conexão estranha com a desconhecida.
Através da máscara que protegia seu rosto, seus olhos cruzaram os meus por um instante e, apesar de parecer estranho, me senti como se já tivesse visto essa mulher em algum lugar.
Mais onde? Ela me atrai como se fosse uma sereia, me chamando para mais perto.
Eu precisava saber mais daquela mulher e nada nessa noite me impediria.
Hoje ela seria minha.
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Atualizado até capítulo 42
Comments
Nilzete Amorim
vefdade vou fazer almoço kkk
2024-12-24
1
Nilzete Amorim
24/12 2024
2024-12-24
1
Katia Sousa
meninas preciso parar de lê, tenho tanta coisa pra fazer kkkkk,as estórias dessa autora é viciante
2024-07-22
4