Dependente De Você

Dependente De Você

Prólogo & Apresentação

Nyanni Olliver é uma jovem universitária que está lutando para colocar a própria vida no lugar. Enfrentando uma grave crise financeira, a moça se vê morando na pensão mais barata que encontrou nos subúrbios da Califórnia. Ela ainda não sabe, mas a sua vida está prestes a mudar drasticamente, uma vez que a sua melhor amiga, Marianne conseguiu para ela um emprego, onde a mesma trabalhará como assistente pessoal do seu tio, Apolo Hoffmann, um renomado auditor e ao mesmo tempo, o viúvo mais cobiçado da Califórnia.

Até mesmo o rumo dos sentimentos de Apolo mudarão ao conhecer a jovem que é 20 e poucos anos mais nova que ele. Será mesmo que isso daria certo?! O que será que o destino tem reservado para esses dois corações, essas duas almas completamente distintas? Só lendo para saber...

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✦ PERSONAGENS QUE APARECERÃO MAIS NO COMEÇO 👇🏻👇🏻👇🏻

ps:. haverão outros, mas vou colocando aqui a medida que forem aparecendo. Lembrando: se tratam de INSPIRAÇÕES, imaginem como bem quiserem!

NYANNI OLLIVER

MARIANNE WILLIAMSON

APOLO HOFFMANN

PAUL [namorado da Marianne]

Bryant ["namorado" de Nyanni]

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“Indo em direção ao telefone porque eu não consigo mais lutar contra isso. E eu me pergunto se eu ainda passo pela sua cabeça. Pois, você está na minha o tempo todo..." | Need You Know - Lady A

— Não posso acreditar que as férias se passaram tão rápido. Mal pude aproveitar o esplendor das Maldivas! — Marianne disse num tom doce, apaixonado, como se estivesse falando do seu namorado, Paul, ao qual ela também é perdidamente louca.

— Ah, sério? Que pena. — respondi, sem dar muita importância aquilo tudo. Até porque as minhas férias foram... Turbinadas, digamos assim. Alguns bicos aqui, outros ali até que eu conseguisse juntar dinheiro o suficiente para sair da casa da minha tia materna, já que estava comendo o pão que o diabo amassou por lá.

— Nossa, amiga. Por que você está falando assim? Até parece que não está feliz também. Sei que não é tão bom voltar a essa rotina chata e tediosa, mas também não é tão ruim... Com certeza é pior pra mim, acredite. Eu jamais deixaria aquele paraíso.

Aí está. Marianne, por que você precisa ser tão superficial na maior parte do tempo?

Esses riquinhos sempre parecem ter algo em comum.

— Claro, Mari. Foi muito ruim vir embora pra Califórnia depois desses dias gloriosos que você teve nas Maldivas. Minhas férias até que foram boas, sabe? Eu só trabalhei feito uma escrava pra conseguir um pouco de dinheiro e alugar uma pensão num subúrbio qualquer. Você sabe como é...

Quando falei assim, ela arregalou os olhos.

— Ai, Ny... Eu não sabia que você ainda estava enfrentando aqueles problemas com a sua tia, — ela se referiu às intensas brigas que tínhamos, tais quais haviam se tornado rotina, além da bebedeira incessante de minha tia com o marido e a tentativa do mesmo de me estuprar. — Porque você não me falava sobre isso quando eu perguntava. Achei mesmo que tudo tivesse se resolvido.

Marianne está falando dessa forma porque nunca descobriu a parte em que o marido de minha tia tentava, inúmeras vezes, abusar de mim. Foram vários os episódios em que o flagrei me espionando tarde da noite enquanto eu dormia. Também não faz a mínima ideia da vez em que ele tentou me espionar enquanto eu estava no banho... E dessa vez, a minha tia viu. Só que, ao contrário do que eu imaginei, ela não acreditou em mim e simplesmente me ameaçou, e quase me bateu.

Minha amiga só sabe das brigas. Eu não tenho coragem o suficiente para me abrir com ela sobre a outra parte. Pelo menos não ainda. — Não queria estragar as suas férias, Mari. Você tinha que se divertir... Eu sabia que tinha que lidar com meus problemas sozinha.

O sinal bateu, indicando que devíamos entrar nas nossas salas. É por essas e outras que eu ainda me sinto no colegial, porque a organização daqui me lembra muito aquela época e é óbvio que eu me sinto muito bem assim.

Marianne cursa medicina, então ela, após se despedir de mim e prometer que conversaríamos melhor num momento oportuno, caminhou numa direção contrária à minha, enquanto eu me dirigi à minha sala. Eu curso Radiologia, e graças a Deus em um ano poderei finalmente concluir este curso e me considerar formada.

— Nyanni! — eu ouvi a voz alta de Bryant, o meu namorado. Me virei para encará-lo e o vi correr em minha direção. Estava suado e com o uniforme do seu treino de futebol.

— Ah, oi... O que faz aqui?! — perguntei sem entender, olhando em volta ao perceber que a atenção dos que estavam pelos corredores estavam em nós dois.

— Vim te ver, né. Oras... — ele respondeu, como se fosse óbvio e se curvou para selar nossos lábios. — Eu tenho aula daqui a pouco, mas não podia deixar de vir aqui. Até porque você tem me evitado há tempos e eu só queria um momento contigo. Podemos sair este fim de semana?

Fiquei apreensiva quando ele me disse essas palavras.

Sim, eu o tenho evitado... Mas é porque não tenho tempo para sair com o mesmo. Minha rotina tem estado bastante agitada nas últimas semanas. Como eu já expliquei, estive ocupada procurando lugar pra morar e que saísse em conta, até porque continuar morando com a minha tia por mais um ano estava completamente fora de cogitação.

— Não sei, eu acho que tenho-

— Não seja chata, Nyanni. Estamos há tanto tempo sem nos ver... Não me diga que não está sentindo saudades? — Bryant se aproximou mais e se grudou em meu corpo, me abraçando com muita força. Ele está molhado de suor, então eu senti a sua pele deslizando na minha por causa do hidratante que eu passei no corpo mais cedo.

— Eu... Sim, sinto saudades, mas-

— Sem "mas", meu amor. Eu te busco na sua casa às 20h. Esteja pronta antes disso, quero te levar a um lugar muito especial! — ditas essas palavras, ele me beijou mais uma vez, mais demorado e simplesmente se afastou. — Até logo! Não vou te atrapalhar mais, você precisa estudar.

E saiu, da mesma forma que entrou: Correndo.

Suspirei profundamente, me perguntando como vou lidar com isso, agora. Porque, além de todos os meus problemas, Bryant não faz a mínima ideia de que estou morando num subúrbio, e que preciso trabalhar durante a tarde e a noite, virando quase que a madrugada. E para recompensar as horas que eu passo na universidade nos dias de semana, fico trabalhando aos sábados e domingos. Como explicar isso a alguém como Bryant?

E eu falo dessa forma porque ele jamais me entenderia, uma vez que nasceu em berço de ouro. Ele vem de uma família extremamente rica e influente aqui na Califórnia, e até mesmo fora dela, até porque ele e sua família são suíços. A forma como nos conhecemos é a mais irônica possível, até hoje não consigo entender a razão pela qual ele segue namorando comigo. Somos distintos um do outro e não somente pelas nossas condições financeiras.

Conheci Bryant no ensino médio, há alguns anos. Eu estava estudando numa escola pública, obviamente, mas fizemos uma excursão pelo museu fundado pelo dono da escola em que ele estudava. Por sinal, a melhor dos Estados Unidos. Foi então que esbarrei com ele e quando o mesmo sorriu para mim, eu meio que "me apaixonei". Ele foi muito gentil comigo desde sempre, dificilmente brigamos, mas ainda não consigo aceitar completamente que estamos namorando.

Até porque tudo aconteceu muito rápido.

Mas enfim... Não tenho tempo para pensar nisso por enquanto.

Somente rumei para a minha sala e tentei me concentrar nos estudos, afinal de contas, quero receber o meu diploma e simplesmente começar a usar o dinheiro que eu pago para cobrir a bolsa que ganhei numa outra coisa. Talvez ir embora daqui, tentar a vida num outro lugar porque a Califórnia já se mostrou voraz ao meu respeito; me sinto numa selva, e também sinto que serei engolida por ela a qualquer momento.

• • •

Logo após minhas aulas acabarem, não esperei Marianne que já tinha me feito prometer que a iria esperar para que pudesse me levar na minha casa. Me sinto extremamente envergonhada e sem jeito de ela simplesmente aparecer em minha casa e perceber a decadência do local onde agora posso chamar de 'meu lar', até o momento. Não é o melhor lugar do mundo, mas é o que posso pagar. Não que eu ache que vá permanecer aqui por muito tempo.

Estou esperando poder encontrar um emprego melhor em que meu salário possa cobrir um aluguel mais digno.

Andei a passos apressados até a minha casa, passando por vielas e becos que me trazem uma sensação estranha. Eu poderia não ter vindo por aqui, mas é um atalho em que posso chegar mais rápido. Estou atrasada para o trabalho e se eu o perder, não sei o que será de minha vida. Por aqui, não se pode atrasar o aluguel nem mesmo um dia sequer.

— Boa tarde, gatinha! — eu ouvi um homem dizer, e notei também a sombra dele se aproximando de mim. Meu coração disparou e eu comecei a apressar mais os meus passos. O ouvi rindo baixo, mas a medida que fui caminhando, ele não me seguiu e eu agradeci aos céus por isso.

Assim que cheguei, me tranquei em casa e joguei minha bolsa, meu tênis e tudo o que tem haver com a universidade no pequeno sofá velho na sala e corri pro banheiro para tomar um banho. Fui fazendo tudo isso na velocidade da luz, porque o tempo não é o meu amigo neste momento.

Nyanni estava apressada tomando seu banho, tão entretida e focada para voar até a lanchonete em que estava trabalhando que não chegou a ouvir o seu telefone tocando incansavelmente dentro de sua bolsa — e é óbvio que não teria como.

Se tratava de Marianne. A moça notou que havia algo diferente no semblante de sua amiga, algo completamente novo que a mesma não notara antes das férias de verão. Ela se preocupou, seu instinto foi muito mais forte e a mesma ordenou que seu motorista se dirigisse até a casa da tia da mesma, numa rua mais distante da universidade.

Foi então que ficou sabendo que, na verdade, Nyanni já não estava morando ali há uns dias. Marianne ficou nervosa e se sentindo culpada, porque ela não se preocupou em questionar Nyanni sobre sua situação, somente em falar sobre como suas férias foram boas em Maldivas e como ela fez amor com seu namorado em todos os lugares possíveis e até mesmo os mais improváveis.

Ela ficou envergonhada. Por Deus! Nyanni estava passando por um momento difícil, mas mesmo assim se dispôs a ouvir as baboseiras vindas da moça rica.

A tia de Nyanni não queria informar aonde ela estava morando. Marianne lhe ofereceu 50 dólares para que a mesma desse uma resposta e mesmo sem saber o paradeiro da sobrinha, Grace deu um endereço errado somente pelo dinheiro e assim que Marianne foi embora, a golpista trancou todas as portas e janelas de sua casa, feliz da vida por estar com o dinheiro que pagaria a sua bebida de mais tarde.

Marianne só percebeu que havia sido enganada pela tia de Nyanni quando chegou num bosque quase que no final da cidade. Ficou revoltada, mas não deu importância a isso, somente ligou mais para a sua amiga e não obteve uma resposta. À essa altura, Nyanni já estava se dirigindo ao seu emprego, com muita pressa e torcendo para não ser demitida e chegar a tempo.

— Jesus! Onde essa garota se meteu?

Era a pergunta que Marianne se fazia, mas não tinha uma resposta. E era isso o que a frustrava muito mais.

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Comments

Reilta Elias

Reilta Elias

Vamos ler 20 11 24
Feriadão.

2024-11-21

0

Bruna Carolina

Bruna Carolina

começando

2024-05-08

2

Sandra Camilo

Sandra Camilo

comecei hj estou gostando

2024-04-19

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