Cap. 04. O FIM! FINALMENTE LIVRE

O homem vem completamente louco para cima de mim. Eu escapo para trás da mesa. E agora? Como escapar? Vejo uma garrafa de whisky e tenho uma idéia. 

Vitória _ Será que podemos tomar uma bebida antes?

Sr.Malloney _ Estou precisando de mais uma dose mesmo. 

Vitória _ Pode deixar que eu sirvo.

Coloco o whisky no copo e dou para ele ficando com a garrafa na mão. Ele vira a bebida de uma vez e vem tentar me abraçar e eu quebro a garrafa na cabeça dele. Que cai desmaiado, vou até a porta que está trancada

Vitória _ Droga a chave está no bolso dele.

Volto até onde ele está e tento pegar a chave, estou com a mão no bolso dele e quando tiro  a chave ele acorda e me segura pelo pescoço

Sr.Malloney _ Sua desgraçada! Vagabunda. Agora você vai me pagar tudo o que o seu marido deve e a garrafa que você quebrou na minha cabeça. 

Eu me debato sem conseguir respirar e ele me levanta pelo pescoço e me atira sobre o sofá. Tento fazer o ar voltar para os meus pulmões enquanto ele abaixa as calças. Olho em volta desesperada por uma arma que eu possa usar contra ele, o maldito asqueroso se joga em cima de mim tentando puxar a minha calcinha. Eu resisto e luto.  Mordo a mão que ele tenta calar a minha boca, eu nem tinha percebido que estava gritando. 

Sr.Malloney _ Cala a boca vadia! Eu vou ter por bem ou, por mal, resistir é inútil. 

Vitória _ Não! Nãoooooo

Ele me dá um soco na cara que eu chego a ver estrelas. Eu chuto seguro o seu braço que está tentando tirar a minha calcinha. 

Vejo alguma coisa em uma mesa na lateral do sofá e tento alcançar o objeto e ele consegue rasgar a minha calcinha. 

Sr.Malloney _ A-ha! Agora já era!

Eu consigo pegar o objeto e dou com tudo na cabeça dele e ele desmaia novamente só que agora vejo sangue escorrendo. Será que matei o imbecil? 

Vitória _ Aí meu Deus! O que faço agora? Vou para a prisão e minha filha vai ficar com o Luigi. 

Eu não posso deixar isso acontecer.  A minha filha não pode ficar com aquele miserável que me vendeu, hoje fui eu amanhã é ela. De jeito nenhum!

Vitória _ Pensa, pensa. 

Primeiro tenho que levar a arma do crime que pode ter impressão digital, tiro o paletó dele e visto para poder sair dali discretamente, coloco o objeto que é um triângulo de pedra no bolso, procuro a chave da porta e acho no sofá. Acho que isso é tudo, abro a porta com a manga do paletó e saio dali de cabeça baixa para não mostrar o meu rosto nas câmeras do cassino. 

Desço no elevador colocando o cabelo na frente do rosto.  A porta do elevador se abre antes de chegar ao térreo e entra alguém, mantenho a cabeça baixa. 

Homem _ Você está bem moça? Aconteceu alguma coisa? Você está com um hematoma no pescoço.

Vitória _ Estou bem!

É o Adônis que conversou com o velho asqueroso, reconheci pela voz e pelo sapato de verniz. 

As portas se abrem e eu corro para fora.

Alcanço a saída e ando algumas quadras. Pego o táxi e vou para casa. Quando vou pegar o dinheiro para pagar percebi que estou sem bolsa, e tento me lembrar da última vez que a vi. Coloco a mão no bolso do paletó e acho uma carteira. 

Tiro o dinheiro e pago o táxi. Entro no portão desesperada, será que eu deixei a minha bolsa lá?  Pego a chave reserva debaixo do vaso e entro em casa. A minha bolsa está em cima da mesa com o meu celular dentro. Graças a Deus, não deixei lá. Ouço um barulho vindo do quarto e abro a porta devagar. Luigi está nu na nossa cama, e a Ana está cavalgando em cima dele.

Vitória _ Eu não acredito nisso! Você me vendeu para aquele velho asqueroso para vir transar com essa vadia na minha cama?

Luigi _ Já chegou? Você não ia me ligar?

A Vagabunda nem para o que está fazendo. E ele fala comigo como se estivesse simplesmente deitado assistindo o futebol. 

Eu não me contenho mais. Vou até ela e a puxo pelos cabelos e tiro de cima dele. Ele cruza os braços para assistir a briga com um sorriso no rosto. 

Ana_ Agora você vai saber o que é apanhar de uma vadia.

Eu me viro e ela me dá um tapa na cara tão forte que cheguei a cair no chão e minha mão bateu no cinto que ele tirou da calça e deixou no chão. Enrolei o cinto no meu pulso e bati, enquanto tive força no meu braço, eu bati naquela vagabunda, a cintada pegou nos braços, nas pernas, até no rosto, só então o Luigi levantou da cama e a minha raiva e o resto das minhas forças foi nele. Mas o desgraçado me segurou. 

Vitória _ Me larga! Seu desgraçado, miserável. 

Ele segura os meus braços e me joga  na cama. E foi socorrer a vagabunda que começa a se vestir me xingando, ela tenta vir para o meu lado, mas eu ainda estou com a cinta na mão. Ela desiste e saí e ele vai atrás. 

Mas logo volta. 

Luigi _ Precisava fazer isso? Você marcou a cara dela.

Vitória _ Cale a sua boca! Se não, você vai ser o próximo a ficar com a cara marcada. Estou louca da vida com você. Seu desgraçado, você me vendeu para aquele velho asqueroso. Some da minha vida!

Luigi _ Pelo menos agora minha dívida está paga.

Vitória _ Não paguei nada! Eu nunca deixaria aquele homem me tocar. Eu não sou prostituta! Vá você lá e durma com ele. 

Ele me dá um soco na cara e eu caio desmaiada na cama. Quando acordo ele não está em casa, eu tiro o paletó e o vestido tomo um banho e me troco, faço uma mala para mim e para a minha filha. Meu olho está roxo e tenho um hematoma do tapa na bochecha e outro do soco do homem no queixo, mas não tenho tempo de me lamentar.

Quando estou saindo vejo a carteira do homem caída no chão. Na hora que paguei o táxi, vi que tinha muito dinheiro ali.

Vitória _ Quer saber? Se me pegarem serei presa por assassinato, o que é um roubo perto disso? Eu preciso do dinheiro. 

Esvazio a carteira e jogo fora, vou na vizinha e pego a minha filha. 

Sara_ Nossa, aquele merda fez isso com você? Já te falei Vick larga desse homem. 

Vitória _ Estou largando, obrigada por tudo Sara.

Sara_ Você vai para onde?

Vitória _ Não tenho ideia! Só vou para o mais longe que eu puder de Las Vegas.

Sara_ Boa sorte!

Troco a minha filha, pego ela e as malas e vou embora. Sem ter a menor ideia de para onde ir, vou andando até o ponto de ônibus. Passo na frente do Mercado que eu trabalhei até ontem, o dono do mercado sr. James me chama.

Sr.James _ Vitória? O que aconteceu com você? O seu marido fez isso? Venha filha entre aqui um pouco e me conte o que aconteceu. 

Vitória _ Eu não posso, Sr James. Estou fugindo dele.

Sr.James _ E para onde você vai?

Vitória _ Não tenho ideia! Mas preciso sair daqui rapidamente, ele está metido com dívida de jogo e esse pessoal é fogo. Não tem perdão! 

Sr.James _ Aqui pegue o dinheiro que você trabalhou, tem um caminhão que veio trazer mercadorias para mim, ele está indo embora o motorista é pessoa de confiança, eu vou falar com ele para te deixar onde você quiser no caminho dele. Assim não terá como eles rastrearem você. Venha, ele está aqui na parte de trás do depósito. 

Ele fala com o motorista e logo nós entramos na boleia do caminhão, como é cabine dupla, ficamos escondidas na parte de trás e ninguém nos viu sair.

Finalmente estou livre. 

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