Entro no hotel completamente constrangida. Ele me fez tirar o casaco e deixar no carro.Vou até a recepção e falo o número do quarto e peço para avisar que eu já estou aqui.
A recepcionista me diz para subir, mas eu me recuso. Eu não vou entrar em um quarto com alguém que não conheço. Se é para acompanhar em uma festa, o homem que desça.
Sento-me e espero, tentando puxar o vestido para baixo. Mas quanto mais puxo para baixo, mais os meus seios aparecem pelo decote. Sinto-me uma prostituta esperando o cliente. Vejo muitos olhares para cima de mim, algumas mulheres me julgando e homens cobiçando. Se esse homem não aparecer logo eu vou embora.
Um senhor, com a idade de ser meu avô, se aproxima de mim.
Homem _ Você deve ser a Vitória.? Seu marido não exagerou. Você é linda!
Vitória _ Obrigada, é o Sr.Malloney?
Sr.Malloney_ Sim, podemos ir?
Vitória _ Sim, vamos, essa festa vai demorar muito? O senhor me desculpe perguntar e que tenho uma filha e preciso voltar logo para ela.
Sr.Malloney _ Você é engraçada.
Vitória _ Fiz alguma piada?
Sr. Malloney _ Não, se está com pressa que a noite termine, entre no carro e vamos para essa festa, que olhando você já estou querendo desistir da festa. Só não desisto porque tenho que encontrar um empresário muito importante, com o qual tenho que fazer negócios.
Vitória _ Vai fazer negócio na festa?
Sr.Malloney _ Sim, primeiro o negócio e depois a diversão.
Entro no carro mais sossegada, o homem tem a idade para ser o meu avô, se vai na festa tratar de negócios, não deve ter segundas intenções. Respiro mais aliviada.
Chegamos no lugar da festa, é um cassino enorme com um hotel. Eu até já trabalhei aqui como camareira logo que saí do orfanato. Mas perdi o emprego graças ao Luigi. Ele contraiu uma dívida de jogo e não tinha como pagar e fomos expulsos, ele nessa época trabalhava como barman.
Não sei como não percebi logo nessa época que ele não prestava. Mas eu era tão carente e sozinha que não enxergava nada. Ele tem razão quando diz que foi o único a me querer, me estender as mãos. Fui criada naqueles muros e de repente, fui posta para fora. Sem conhecer ninguém é sem ter conhecimento nenhum do mundo fora daquelas paredes. Tinha ganhado bolsa para a faculdade local, mas não tinha como me sustentar, arrumar uma casa, um emprego, e ainda fazer faculdade. Por isso fiquei grata por aquele cara bonito se interessar por mim. Mas amor , mesmo? Só sinto pela minha filha. E faria qualquer coisa por ela. E nunca faria com ela o que fizeram comigo.
Sr. Malloney _ Você pode ao menos sorrir? Não fique com essa cara. Preciso que o empresário que vou fazer negócios, pense que posso conseguir uma mulher como você.
Finja que está feliz ao meu lado. Pegue uma bebida.
Vitória _ Eu não bebo.
Sr. Malloney _ Eu mandei pegar a bebida. Ou prefere ver o seu marido na cadeia?
Eu prefiro não discutir e pego a bebida nas mãos e encosto nos lábios, mas não bebo.
Sr Malloney _ Eu já o vi. Vamos para lá, não olhe muito para ele. E sorria sempre, não importa o que aconteça, só sorria!
Quando nos aproximamos do grupo vejo um homem alto e moreno, de ombros largos, ele se vira sorrindo e meu coração dispara. Nossa, que homem lindo.
Sr Malloney _ Não olhe para ele!
Eu abaixo a cabeça, e nos aproximamos do homem e só observo seu sapato de verniz.
Homem _ Então Malloney? Porque queria tanto me encontrar?
Até a voz dele é linda, grave, rouca, me dá um frio na espinha. É como se ele estivesse me tocando delicadamente. Ergo um pouco mais os olhos e encaro as suas coxas musculosas, vestidas em uma calça preta que não deixa nada para a imaginação. Ele continua conversando e coloca uma das mãos no bolso, fazendo com que o tecido da calça retese e mostre o seu volume.
Credo, estou me sentindo uma pervertida. Nunca fiquei admirando aquilo de um homem, nem do meu marido. Deve ser a roupa de prostituta, não bastava me vestir como uma, agora também vou agir como uma?
Tento afastar o meu olhar e subo para o peito dele. Sinceramente esse homem não tem defeitos no corpo? Ele é incrível dos pés à cabeça. Presto atenção na conversa para tirar aqueles pensamentos da minha cabeça.
Pelo que eu entendi o meu acompanhante é um advogado e está tentando algum tipo de negócio sujo com o Adônis, resolvi chamar ele assim pois não ouvi o nome dele. Mas além de lindo é inteligente, refutou cada tentativa do Sr Malloney.
De repente o Sr Malloney pega no meu braço e me tira de lá sem que eu tenha a chance de olhar para o Adônis uma segunda vez. Me leva para uma parte do cassino e vai jogar 21.
Após uns dez minutos, jogando, zangado sem nem falar comigo, tomou duas doses de whisky e me puxa para outra mesa, me diz para ficar em pé atrás dele e joga na roleta. Perdendo somas de dinheiro e a garçonete do cassino não deixa que o seu copo fique vazio.
Quando se cansa de perder se levanta e me arrasta novamente com ele.
Sr Malloney _ Porque não está sorrindo? Eu não disse para sorrir? Você está me dando azar com essa cara de recriminação.
Vestida como puta e com cara de freira.
Vitória _ Acho que o senhor já bebeu demais. E está ficando muito tarde, melhor que eu vá embora.
Sr Malloney _ Venha, eu preciso ressarcir o meu prejuízo e depois vamos embora.
Me puxa para dentro de um elevador e subimos.
Vitória _ Para onde estamos indo?
Sr. Malloney _ Cale a boca! Você fala demais!
O elevador pára e entramos em um corredor. Eu não conheço essa parte do cassino, a parte que eu trabalhava era no hotel . Nunca estive desse lado, será que é a tesouraria? Ele disse que tinha que ser ressarcido, então deve ser alguma sala da parte burocrática do cassino. Entra em uma sala que abre com a própria chave.
É um escritório de algum executivo, puxa-me para dentro da sala e fecha a porta.
Sr Malloney _ Tira a roupa!
Vitória _ Como é que é?
Sr. Malloney _ É hora de pagar o que o seu marido me deve.
Vitória _ Eu não estou entendendo.
Sr. Malloney _ O quê não está entendendo? Não era você que estava com pressa de pagar a dívida e ir ver a filha? Pois, então tire logo a roupa e vamos acabar com isso, que estou sem paciência.
Vitória _ Está havendo um mal entendido aqui. Eu só vim acompanhar o senhor na festa.
Sr Malloney _ Não se faça de ingênua! Seu marido me deve dez mil dólares e você achava que era só para ir comigo na festa?
Quando ele diz isso vejo que estou perdida e um frio gela a minha alma. Não vou fazer sexo com esse homem nem por todo o dinheiro do mundo.
Vitória _ Eu sinto muito, mas não vou pagar o senhor com o meu corpo. O senhor que se entenda com o meu marido, mas eu não vou fazer isso.
Sr Malloney _ Ele me disse que se você resistisse eu poderia pegar a força o que é meu!
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Atualizado até capítulo 100
Comments
Marcia Santos
Tomara que o bonitão chegue na hora, para salvar Vitória do velho
2025-03-22
1
Maria Helena Macedo e Silva
será que o Adónis a percebeu tanto quanto ela/CoolGuy//Casual/
2025-03-22
1
Valeria Grossi de Almeida
Eu deixaria ele cobrar a dívida como quisesse, mas não me entregaria a ninguém.
2025-03-19
1