Depois daquela noite para lá de especial com os meus pais e o Paulo, na manhã no dia seguinte, eu jurava que seria um dia super produtivo e tudo iria correr bem…
Levantei bem cedo e já tinha ligação perdida do Rodrigo. Resolvi apenas ignorar e fui arrumar-me para ir trabalhar... Era segunda, então tudo iniciaria novamente.
Desci para a sala, e os meus pais estavam a tomar café.
— Mãe, pai. Bom dia!
Falei, dando um beijo no rosto deles.
— Não vai tomar café?
Perguntou Bianca.
— Vou pegar uma maçã. Tenho que organizar umas coisas, o dia vai ser longo. A propósito, eu nem cheguei a comentar isso com vocês... Peço perdão. Conheci uma tia minha, irmã gêmea da minha mãe.
Falei.
— É sério? E vocês conversaram direito? Porque ela nunca apareceu antes?
Perguntou Bianca.
— Sim. Conversamos o suficiente. O motivo de ela não ter aparecido antes, é uma longa história... Depois eu conto com calma.
Respondi, sorrindo.
— Não esqueça de almoçar corretamente e beber água. Vá com cuidado.
Disse o papai.
Em seguida, dei um sorriso e sair.
Peguei um táxi e assim que cheguei na floricultura, o meu telefone tocou novamente. Pensei quem era o Rodrigo, mas era mais surpreso ainda... Era a Amanda.
— Alô?
Atendi, ainda do lado de fora da floricultura.
— Olá, Melissa. Sei que é um pouco tarde, mas eu queria pedir desculpas pelo que aconteceu, eu sempre adorei a sua companhia, a sua amizade e isso está-me fazendo falta desde quando eu resolvi afastar-me de você... Quero pedir desculpas por ter-te ofendido e ofendido o Paulo também. Estou a ligar porque estou realmente arrependida, você disse que ainda somos amigas... É verdade, certo?
Perguntou.
— Sempre vou ser sua amiga. Está perdoada. Eu não guardo mágoas, ainda mais de alguém que eu conheço a tanto tempo…
Respondi.
— Então... Podemos nos ver hoje no horário de almoço? Eu quero apresentar-te aquela pessoa que eu falei... E ele já é meu namorado.
Perguntou, contente.
— Podemos. Passa aqui na floricultura, tem um restaurante que não é longe...
Respondi.
— Eu sei o restaurante que está a falar... Mas eu vou de moto com o meu namorado, será que pode nos encontrar lá?
Perguntou.
— Claro... Tudo bem. Quando estiverem lá, liga-me. Tenha um dia bom!
Respondi, desligando em seguida. Logo, entrei e o Paulo já estava a limpar.
— Bom dia, Paulo.
Falei, pondo a minha mesa no balcão.
— Você veio de táxi? Era para falar para eu ir buscar-lhe.
Perguntou.
— Amanhã você busca-me. E deveria ter me esperado para limpar…
Falei, me juntando a ele no serviço.
E assim, limpamos tudo e abrimos no horário certo.
— Paulo, você está feliz trabalhando aqui?
Perguntei, enquanto fazia umas contas.
— Que pergunta é essa? A sua floricultura é famosa, vários homens ricos compram flores aqui, você paga-me bem... Então, porque eu não estaria feliz?
Perguntou.
— Não sei... Você já até se machucou trabalhando comigo, e…
Antes que eu concluísse, ele interrompeu-me.
— Calma lá, Melissa... Eu poderia ter sofrido aquele acidente indo para qualquer lugar.
Falou.
Mas se ele não tivesse se recuperado bem, eu iria culpar-me.
— Fico feliz que esteja bem trabalhando aqui. Eu gosto da sua companhia.
Falei, sorrindo.
— E eu gosto da sua.
Falou.
Aquilo deixava-me aliviada, já que eu me sentia insegura por achar que ele estava ali por minha causa.
Trabalhamos e vendemos bem a manhã toda...
— Aquele cliente do hotel falou para mandar o maior buquê que tivermos, para o endereço dele.
Falou Paulo, olhando o telefone.
— O Henry?
Perguntei.
— Sim... Mas, porque para o endereço dele?
Perguntou.
— Eu não faço idéia... Mas imagino que a esposa deve ter descobrido algo sobre ele.
Respondi.
— Penso que sim... Qual flores levamos?
Perguntou Paulo, curioso.
— Que tal essa aqui?
Perguntei, tocando nas flores.
— São perfeitas. Vamos entregar.
Respondeu, sorrindo.
— Vamos... A propósito, eu esqueci de falar... A Amanda ligou-me e marcamos um almoço hoje, ela quer me apresentar uma pessoa, então eu irei... perdoe-me, não vou poder almoçar com você.
Falei, triste.
— Não se preocupe, vamos fazer a entrega e depois você pode ir almoçar tranquilamente. Os meus pais estão aqui hoje, mas acredito que amanhã bem cedo já irão voltar novamente... As vezes, eu penso para quê eles veem se voltam tão rápido... Mas, estou feliz por observar o rosto deles. Vou almoçar com eles hoje.
Falou, decepcionado.
— Os seus pais sempre foram assim, mas entendo que você nunca tenha se acostumado. Afinal, não tem como se acostumar com a ausência dos pais.
Falei.
— É, Mas vamos fazer essa entrega logo.
Falou, puxando levemente o meu braço e levando-me para fora da floricultura. Se não, ele já sabia que eu ia ficar tagarela.
Fomos fazer a entrega e ele me deixou de volta na floricultura.
Nuns minutos, a Amanda ligou-me.
— Estou no restaurante.
Falou.
— Estou indo.
Falei, desligando a ligação em seguida.
Fui caminhando para o restaurante e o meu telefone tocou novamente… Era o Rodrigo, e eu ficava em dúvida se eu deveria atender, mas resolvi atender, já que eu não havia retornado a ligação de manhã.
— Alô?
Falei.
— Você está bem, amor? Porque não atendeu a minha ligação hoje?
Amor? Que coisa mais estranha… Eu estava namorando aquele homem, mas eu não sentia que eu estava namorando, parecia que eu não estava em um relacionamento com ninguém.
— Estou bem e você? Me desculpe, eu não vi sua ligação…
Falei, tímida.
— Estou bem… Tem como nos vermos hoje a noite?
Perguntou. Ele queria me ver o tempo inteiro, o que ele queria comigo?
— Sim… Agora vou ter que desligar, vou almoçar com uma amiga. Até mais tarde…
Falei, desligando em seguida.
Caminhei um pouco mais e cheguei no restaurante… Assim que cheguei, vi o rosto da Amanda, ela olhou pra mim e acenou sorrindo.
Fui até ela e o namorado dela estava mexendo no celular.
— Oi, amiga!
Falou, me abraçando. Quando soltei do seu abraço, o namorado dela ficou de pé.
Quando o olhei, não podia acreditar no que os meus olhos estavam vendo…
— Melissa, esse é o meu namorado, o Daniel. Daniel, essa é a minha melhor amiga, a Melissa.
Apresentou.
Não podia ser… Era impossível ser… O namorado da Amanda, era o homem que havia batido no carro do Paulo. O homem que planejava tirar a minha vida estava ali… E se chamava Daniel.
Não pude disfarçar perfeitamente, comecei a tremer muito e fiquei muito tonta… Não conseguia pensar direito, mas também não poderia falar nada.
— Prazer.
Falou o tal Daniel, desconfiado.
Era nítido que ele estava desconfortável naquela situação e parecia com medo também… Mas eu não conseguia odiar aquele homem. Eu era grata por ele ter poupado a minha vida, mas eu também nunca entendi o porquê dele fazer aquilo.
— Prazer.
Respondi.
A única solução que eu havia achado no momento, era aquela… De agir naturalmente, como se nada tivesse acontecendo.
— Vamos sentar, então… Vocês já se conhecem de algum lugar?
Perguntou Amanda.
Nos sentamos e continuamos nos olhando estranho.
— Claro que não, amiga. De onde eu iria conhecer ele?
Perguntei.
— Da rua, não sei… Da floricultura. Você comprou aquelas flores na floricultura dela, não foi?
Perguntou Amanda, olhando para ele.
— Foi, mas não era ela que estava lá… Era um homem.
Respondeu.
— Era o Paulo, deve ter sido algum dia que eu precisei sair…
Falei.
— Entendo. Vamos pedir, então?
Falou Amanda, sorrindo pra mim. Ela estava tão feliz, então quem seria eu para tirar a felicidade dela? Eu apenas fingir que estava tudo certo e comemos. Eu não queria deixar a Amanda triste, mas era tão desconfortável está ali com ele. Eu sentia uma coisa tão estranha quando estava perto daquele homem… E depois que a Amanda me apresentou ele, foi mais estranho ainda…
— Daniel, eu sempre gostei de vir nesse restaurante com a Melissa. Somos amigas a muito tempo.
Falou Amanda, sorrindo de orelha a orelha e tocando na minha mão.
— Fico feliz que você tenha uma amiga em que sempre possa confiar.
Respondeu o Daniel.
— A Melissa é como uma irmã para mim, desde a época em que ela me ajudava a estudar, a fazer os trabalhos, me aconselhava e estava sempre comigo. Aí eu entendi que ela era aquela que eu poderia contar pra sempre. É uma das pessoas mais importantes que estou te apresentando.
Falou, emocionada.
— Obrigada, Amanda. Você é assim para mim também.
Falei, sorrindo.
Terminarmos de comer e tudo estava em silêncio.
— Vamos pedir a conta.
Falou, Amanda, olhando para o telefone.
— É por minha conta.
Falei.
— Não, imagina… Eu que chamei você, eu pago.
Insistiu.
— Eu faço questão.
Falei.
— Eu sou o homem aqui, eu deveria pagar a conta.
Falou Daniel, desviando o olhar… Ele estava evitando olhar pra mim, era nítido.
Chamou o garçom e pagou a conta.
Não interferir, eu nem tinha coragem de dirigir a palavra a ele.Eu sentia-mea tão mal por olhar para ele…
— Vou ter que voltar agora. Foi bem almoçar com vocês, desejo toda a felicidade do mundo.
Falei, dando um abraço na Amanda em seguida.
— Muito obrigada por desculpar-me e por vir.
Falou, segurando as minhas mãos.
Sorri e sair daquele lugar... O meu peito doía, eu sentia uma dor que eu nunca havia sentido antes...
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Atualizado até capítulo 40
Comments
Maria DA Gloria
nossa!! pensei que Amanda tava namorando com o digamos "namorado da amiga"
2024-12-16
1
Ester
essa amiga da onça eu em essa menina é muito boba
2024-10-04
0
antonio Frazoli
é o irmão eu sabiaaaaa
mas o papo da Amanda nn me engoliu acho que esse papo de voltar a ser amizade e falsidade
2024-07-23
1