Quando chegamos na floricultura, estava fechada e o carro do Paulo não estava lá. O que já era bem estranho...
Desci do carro e o Rodrigo também.
— Será que pode dar-me um copo d'água?
Perguntou.
Tínhamos acabado de sair daquele lugar e ele bebera, ele realmente estava com sede?
— Claro, vamos entrar...
Falei, abrindo a porta.
Fui pegar a sua água e com medo, entreguei-lhe.
Eu estava a tentar ficar mais calma, mas a minha mão tremia.
— A sua pressão está má?
Perguntou, bebendo água em seguida.
— Não está... Porque pergunta?
Perguntei.
— A sua mão está a tremer...
Respondeu. Eu tinha que conseguir arrumar uma boa desculpa.
— Eu estou nervosa desde o momento em que me pediu em namoro. Eu estava a querer muito isso.
Falei, me aproximando dele e tirando o copo da sua mão e pondo em cima do balcão.
Eu tinha mesmo que entrar no personagem, então fui para perto dele e o beijei.
Ele correspondia o meu beijo...
De repente, o Paulo chegou e viu aquela cena…
— Com licença... Eu não queria atrapalhar, só quero avisar para a Melissa que o cliente pediu para fazermos uma entrega.
Falou. Mas o Paulo não parecia só constrangido pela situação, ele parecia triste também.
Rapidamente, nos afastamos e eu fiquei sem graça. Era tão chato aquilo.
— Desculpa-me, Paulo... Eu acabei a demorar muito, vamos lá?
Perguntei, olhando para o Paulo.
— Podemos?
Perguntou.
— Eu estou de saída. Obrigado pela companhia, Melissa.
Falou Rodrigo, deixando a floricultura e eu sorria.
— Para onde você foi?
Perguntei para o Paulo, assim que o Rodrigo saiu.
— Eu fui ver o André.
Respondeu.
— O André?
Perguntei, curiosa. Ele não havia visto o Paulo depois do acidente.
— É... Ele disse que não me visitou depois do acidente, porque ele teve que fazer uma viagem rapidamente.
Respondeu.
— Você está bem para dirigir? Eu não tenho carteira, então o que faremos?
Perguntei.
— Você poderia fazer autoescola, comprar um carro, tirar carteira... Penso que você se daria bem com isso. Mas, eu estou ótimo para dirigir.
Respondeu.
— Sim, depois farei isso. Por enquanto, eu tenho o meu motorista.
Falei, sorrindo.
— Vai a sonhar, boba... Vamos logo, que o seu cliente é muito chato.
Falou. Entramos no carro...
E eu não conseguia esquecer o dia do acidente…
— A propósito, vocês já estão a namorar?
Perguntou o Paulo, e eu tinha o meu pensamento longe.
— Quem?
Perguntei.
— Como quem? Você e o tal Rodrigo. Estavam aos beijos quando eu cheguei.
Respondeu.
— Escuta... Eu preciso contar-te, mas olha bem para a frente e pelo amor de Deus, dirija com cuidado. OK?
Pedi.
— Vou concentrar-me. Pode contar...
Falou, atentamente.
Eu não poderia deixar de contar para o Paulo, eu tinha que contar aquilo para ele.
— Hoje quando saímos e ele levou-me a um lugar estranho, ele pediu-me em namoro. Mas antes, ele foi atender uma ligação num corredor, e nesse tempo, um maluco chegou a dar em cima de mim e eu falei que ia ao banheiro, então eu realmente sair a procurar o banheiro e quando eu ia a chegar num corredor, eu ouvir a voz do Rodrigo e parei para ouvir o que ele falava. E eu só conseguir ouvir ele falando que as coisas precisam serem feitas com calma, que não conseguiu fazer nada com a garota ainda, mas que iria pedir essa garota em namoro e ia conseguir o que a pessoa da ligação pedia. E o que eu deduzi? Que a garota sou eu!
Falei, nervosa.
— O quê? Como assim?
Perguntou, assustado.
— Sim, Paulo. Quem mais seria? Sou eu. E tudo faz sentido, ele pediu-me em namoro e está a tentar fazer algo comigo, eu só não sei o que é.
Respondi, triste.
— E como você aceitou o pedido de namoro desse canalha?
Perguntou, bravo.
— Eu vou tentar conquistar ele... Ele havia falado que eu era doce e não sei mais o quê. Se eu conseguir conquistar ele, ele pode desistir de tentar machucar-mer…
Respondi.
— As coisas não são assim também. E se ele estiver a pensar em abusar de você? Quanto mais você se aproximar dele, maior será a vontade e a ganância dele. E se ele quiser matar-te? Mais fácil ainda, se você estiver por perto.
Falou, bravo.
— Mas se ele quiser abusar de mim, eu posso fazer ele se apaixonar e acabar a ceder... E assim, ele não vai querer matar-me.
Falei, e imediatamente o Paulo parou o carro.
— Melissa, está a dizer que vai ir para o quarto com aquele homem, para que ele lhe poupe a vida?
Perguntou, me encarando.
— Não seria muito difícil, se a minha vida estivesse em jogo... Eu ainda preciso encontrar o meu irmão.
Respondi.
— Melissa, escuta-me... Eu sei o quão o seu irmão é importante para você, mas fora ele... Você já quis viver?
Perguntou, me olhando bem.
— Eu não sei responder isso... Eu vivi para achar ele.
Respondi, triste.
— Se você já tivesse encontrado o seu irmão, e soubesse que o maluco queria fazer-te mal, você ainda iria fazer de tudo pela sua vida? Iria para o quarto com uma pessoa que você não sabe nada?
Perguntou, sério. Mas o Paulo tinha toda a razão...
— Eu acredito que não…
Respondi.
— É isso. Eu sei que você sofreu muito e sente muita falta do Daniel, mas em nenhum momento da sua vida você se amou. Você amou mais uma amiga do que você mesmo, você amou-me antes de amar você mesma, você enfiou-se numa rua que não conhecia para saber quem causou o meu acidente... Eu não estou a reclamar, eu tenho muito que te agradecer e lhe acho a mulher mais preciosa do mundo, por isso. Você é corajosa, é incrível. Mas, eu quero que tome cuidado e não se machuque tanto. Nessa de amar tanto o outro e esquecer de você, acaba te colocando na beira de um penhasco toda a vez. Você deve amar o seu próximo, isso é bíblico. Mas, não esqueça de se amar também, você também existe, embora não pareça existir, de tão incrível que é. E é de carne e osso.
Falou, tocando no meu cabelo em seguida.
— Obrigada, Paulo. Eu sei que as vezes eu sou boba.
Falei.
— Você não é boba. Eu não quero que você se machuque. E... Eu também não quero que você se entregue para qualquer um.
Falou, me olhando... Mas ele estava me olhando diferente, eu não sabia o que aquele olhar significava, mas pensei que fosse de preocupação. Ele olhava-me com tanto carinho.
— Obrigada por abrir os meus olhos para algumas coisas. Tem mais algo a dizer-me?
Perguntei.
— Tenho, mas preciso continuar a dirigir agora...
Respondeu.
— Vai, meu motorista.
Falei, gargalhando.
— Mas... Preste bastante atenção com esse tal Rodrigo, se ele só quiser usar-te, então denuncia ele. Não anda com ele com o telefone sem bateria, deixa sempre no meu contato e qualquer coisa me liga e manda a localização, que eu vou achar você. Se você não se sentir pronta, não deve se entregar... Para uma garota, a primeira vez dela vai marcar para sempre, dependendo de quem for a pessoa, com certeza marca. Então, tome cuidado, você é uma garota boa.
Falou, enquanto dirigia e eu observava-o.
— Você já esteve com uma garota na primeira vez dela?
Perguntei.
— Que pergunta é essa, Melissa?
Falou, assustado.
— Desculpa-me, falei besteira. Isso é íntimo demais. Mas eu penso que você deve ser um homem que espera por uma garota certa na sua vida, já que a Amanda tentou fazer isso com você e você não quis... Estou certa?
Perguntei, invadindo a privacidade dele novamente.
— Você está certa.
Respondeu.
— A Amanda não era especial o suficiente para isso?
Perguntei, curiosa.
— Você pergunta cada coisa, Melissa.
Respondeu.
— Conta-me... Como é? Quero dizer... Você já foi para o quarto com alguém que gostava muito?
Perguntei. Parecia até que naquele dia, tinha outra Melissa dentro de mim e não eu. Eu não costumava falar sobre esses assuntos, eu sentia-me desconfortável, mas naquele dia eu perguntei até o que eu não deveria e fiquei a vontade até demais.
— Chegamos... Por favor, entregue as flores ao seu cliente e vamos voltar. É final de semana, eu não quero trabalhar até a noite esse final de semana.
Falou, me entregando as flores e evitando a minha pergunta.
— Tá! Seu chato.
Desci do carro e entreguei as flores, o Paulo me deixou em casa e eu fui descansar um pouco... Aquela manhã já estava tão estranha. Então, depois do almoço eu apenas dormir...
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Atualizado até capítulo 40
Comments
Marly G Vieira
história chata sem pé nem cabeça um linguajar português chato parei de lê.
2025-02-26
0
Maria De Fatima Almeida de Carvalho
O Paulo gosta dela tem que ficar com ele a primeira vez é dele. Acho que Paulo é virgem. Esta autora tem que melhorar esta história, tá devagar e chatissima.
2025-01-09
1
Lucia Juhasc
a Amanda está mandando ele fazer isso para se vingar dela
2024-10-09
0