Na manhã do dia seguinte, eu estava mais confusa do que nunca... Eu estava triste, enjoada, pensativa. Primeiro, foi a briga com a Amanda, depois a irmã gêmea da minha mãe...
Desci para tomar café e os meus pais já estavam sentados na mesa.
— Bom dia! O Paulo não dormiu aqui ontem?
Perguntei, confusa e sentando-me.
— Não... Ele foi para casa dele a noite. Você saiu por muito tempo? Que horas voltou?
Perguntou o meu pai.
— Eu sair por um tempo... Eu não voltei tarde, mas não tinha ninguém na sala…
Respondi.
— Você está bem, Melissa?
Perguntou Bianca, tocando na minha mão.
— Eu estou bem, mãe.
Respondi, sorrindo. Mas era nítido que eu não estava nada legal...
— Você tem certeza, filha?
Perguntou, novamente.
— Eu estou bem. Eu vou para a floricultura, o Paulo já deve está a ir…
Levantei, pegando a minha bolsa, e a minha mãe segurou a minha mão.
— Não quero preocupar-te, mas quando o Paulo saiu daqui ontem, não parecia estar bem, ele contou-te algo?
Perguntou Bianca, preocupada.
— Ele não me contou nada. É melhor eu ir logo, talvez ele esteja a precisar de algo.
Respondi, pensativa. Em seguida, dei um beijo no rosto da Bianca e no Leonardo.
Sair a correr e chamei um táxi para ir para a floricultura. Eu estava muito preocupada com o Paulo.
Cheguei na floricultura, e lá estava o Paulo, sentado chorando.
— Paulo?!
Chamei. aproximei-me dele e o abracei...
— O que houve, Paulo?
Perguntei, tocando no seu rosto.
— A Amanda mandou-me mensagem ontem... Falou que eu era um covarde, que eu não tinha coragem de nada, que eu era fraco e que eu pedia para você ajudar-me. Você esteve com ela?
Perguntou. Eu não estava a acreditar no que eu ouvia... A Amanda queria mesmo destruir tudo.
— Eu estive com ela, mas eu não falei que você me pediu nada. Eu mencionei o seu nome, mas foi no calor do momento, eu não poderia deixar ela brincar com você, então eu fiquei a questionar ela, mas…
Antes que eu concluísse, Paulo interrompia-me.
— Você não deveria ter mencionado o meu nome, Melissa!
Gritou, bravo.
— E eu deveria ter deixado ela usar você dessa forma? Ela mentiu pra você, eu só queria saber como...
E ele continuava muito bravo e interrompia-me novamente...
— Não mudou nada, Melissa! Apenas esqueça isso.
Falou, levantando-se para sair.
— Não vai, por favor... Vamos conversar direito sobre isso.
Falei, segurando o seu braço.
— Me solta, Melissa.
Pediu. E eu fazia uma expressão negativa.
— Me solta logo.
E então, puxou o braço dele brutalmente. Eu nunca havia visto ele daquela forma, então aquilo assustou-me muito.
Eu não pude insistir e apenas o deixei partir, ele precisava pensar um pouco.
Depois de alguns minutos sozinha na floricultura, recebo uma ligação do Rodrigo.
— Olá.
Atendi.
— Bom dia! Eu gostaria de desculpar-me adequadamente por ter-te beijado sem permissão, será que podemos nos ver?
Perguntou.
Eu estava maluca naquele dia, eu só queria fugir da minha realidade e esquecer totalmente de tudo que havia acontecido.
— Vou fechar a floricultura... Vamos sair. Me busca aqui agora.
Falei, desligando o telefone.
Eu não sabia o que aquele homem queria comigo, mas eu estava a topar qualquer coisa. Eu estava tão decepcionada, que parecia que eu preferia a morte do que encarar todas as realidades. Me sentia tão fraca.
Não esperei muito e logo o Rodrigo chegou... Abriu a porta do carro e eu entrei.
— Para onde você quer ir?
Perguntou.
— Leva-me para qualquer lugar...
Respondi.
— Como assim? Você está bem?
Perguntou, surpreso.
— Eu não estou bem, mas eu quero esquecer que não estou bem... Portanto, ajude-me a esquecer isso. Onde você mora?
Perguntei, ousadamente.
— Não é muito longe da padaria. Então... Não é longe da sua casa.
Respondeu, espantado.
— Vamos para lá.
Falei.
— O quê? Como assim?
Perguntou. Ele não estava entendendo nada... Para começo de conversa, eu também não estava entendendo nada.
— Está frio, se apresse.
Respondi. Eu havia perdido completamente o juízo, recordo-me de está muito abalada.
Ele resolveu não me questionar mais e me levou pra a sua casa...
— Chegamos. Vamos tomar café junto.
Falou Rodrigo, ainda no carro.
— Não quero tomar café. Você tem um vinho?
Perguntei. Não consegui entender o que estava a acontecer comigo.
— Eu tenho, mas...
Respondeu. O interrompi.
— Ótimo.
Falei, abrindo a porta do carro e descendo. Em seguida, ele fez o mesmo.
— Vamos entrar...
Falou, um tanto estranho. Com certeza eu estava muito estranha.
Entramos na sua casa, e o Rodrigo continuava estranho...
— A sua casa é muito linda. Qual a sua profissão?
Perguntei. E dando-me conta, nem disso eu sabia... Eu não conhecia nem um pouco o Rodrigo.
— Eu acabei de formar-me em advocacia...
Respondeu.
— Desculpa-me, eu não sabia... Parabéns.
Falei.
— Sente-se, por favor...
Falou, apontando para o sofá. E assim o fiz. Logo em seguida, o mesmo sentou-se ao meu lado, me encarando.
— O que realmente aconteceu?
Perguntou, me encarando.
— Eu estou decepcionada com a vida... É só isso, não tem um motivo muito grande, eu não tenho muito do que reclamar. Eu sou uma pessoa ingrata, é por isso.
Falei, lhe olhando.
— Tenho certeza que não é isso, você não parece ser alguém ingrata. Você discutiu com alguém?
Perguntou.
— Eu discuti com uma amiga.
Respondi, olhando para o chão. Não queria manter contato visual com ele.
— Eu sinto muito, deve ser uma amiga muito importante, você está muito triste. Os seus olhos mostram isso.
Falou.
Rapidamente, eu olhei-lhe.
— Sério?
Perguntei.
— Os seus olhos refletem muita coisa, mas eu falei isso porque queria que você me olhasse.
Respondeu, bem perto do meu rosto. No mesmo momento, fiquei totalmente sem graça e desviei o meu olhar.
— Eu não tenho nada de especial para você querer olhar tanto para mim.
Falei, ainda com o olhar desviado.
Logo, sentir a mão dele tocar o meu queixo delicadamente e fazer-me voltar o meu olhar na sua direção. O olhei e ele tocou nos meus lábios.
— Eu sei que não nos conhecemos direito, mas eu sentir algo bom quando eu vi você. Permita-me que eu chegue mais perto e você poder se permitir a chegar mais perto de mim também.
Falou, tocando nos meus lábios, e os dele eram tão tentadores.
Ele parecia tão sincero ao falar tudo aquilo. Quando eu comecei a afastar-me das pessoas? Porque eu nunca permitia que os garotos se aproximassem daquele forma?
— Dou permissão.
Falei, me arriscando pela primeira vez.
Rodrigo olhou-me com um olhar diferente, se aproximou mais de mim e me beijou. E dessa vez, o correspondia melhor.
Mas Rodrigo era rápido e os seus beijos eram muito tentadores... Lentamente ele distribuía beijos pelo meu pescoço e passeava as mãos pelo meu corpo.
— Pare, por favor.
Pedi. E imediatamente ele parou.
— Você não gosta?
Perguntou, tocando nos meus cabelos.
— Não é isso, é que estamos a ir muito rápido. Precisamos conhecer-nos e ter um relacionamento para passarmos do beijo.
Falei, séria.
— Você tem razão, perdoe-me. Você realmente deixa-me maluco, e eu não consegui controlar-me, desculpe-me, tentarei ser mais cuidadoso.
Falou.
— Acho melhor eu ir embora... Eu fechei a floricultura e não acho legal ficar sem trabalhar.
Falei, tímida.
— Eu levo-te.
Falou.
Eu aceitei a carona dele. Eu fui uma boba em pedir para ir até à casa dele, acredito que ele tenha pensado que eu estava a convidar ele para algo inapropriado.
Ele deixou-me na floricultura e despedimos... E a floricultura estava fechada, ou seja... O Paulo não voltara e estava ressentido comigo. Aquilo deixava-me preocupada, eu adorava o Paulo.
Trabalhei sozinha durante a manhã toda, era tão estranho sem o Paulo ali…
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Atualizado até capítulo 40
Comments
Irá
Será que ela tem uma herança e esse advogado é derrepente aparece uma tia sabe se lá de onde, Será que eles não querem essa herança?
2024-12-31
1
Ester
um advogado com um casão que sempre tá livre a hora que ela quer e pelo visto sabe tudo sobre ela isso não é só estranho é bizarro
2024-10-04
1
antonio Frazoli
ainda acho o Rodrigo estranho
as coisas ficam quentes na sala sksks/Chuckle//Chuckle/
2024-07-22
1