Passou-se a noite e na manhã do dia seguinte, eu ainda pensava na mesma pessoa... Naquele homem! Não importava nada do que eu fizesse, ele não poderia sair da minha mente. Eu lutava com todas as minhas forças, para tirá-lo, mas parecia impossível.
Assim que acordei, tomei um banho e fui no quarto que o Paulo estava a dormir, que era ao lado do meu.
Bati na porta e ele deu-me permissão para entrar…
— Bom dia, Paulo! Eu estou a ir na padaria, quer que eu traga algo pra você? Aquele bolo que gosta dessa padaria?
Perguntei, sorrindo.
— Pode fazer isso para mim? Eu realmente estava a pensar nesse bolo.
Respondeu. Eu conhecia-o perfeitamente.
— Claro que sim! Aguarde-me, não vou demorar.
Falei, saindo do quarto pulando. Era como se o Paulo tivesse uma energia diferente. Claro que eu adorava estar naquela casa com os meus pais que me acolheram, mas o Paulo era alguém que eu podia contar qualquer coisa, qualquer segredo.
Fui em direção a padaria, era próximo a minha casa, mas naquele dia algo estava estranho. Parecia que alguém estava-me a seguir... Eu aumentei os meus passos e o homem que estava um pouco atrás de mim, também o fez. Rapidamente cheguei a padaria e o mesmo chegou logo depois.
Comprei os pães e o bolo que o Paulo gostava, na hora que eu estava a sair, o homem segurou levemente no meu braço…
— O que está a fazer? Quem é você?
Perguntei, o encarando... Em seguida, ele tirou as mãos do meu braço.
— Desculpe-me por chegar assim em você, suponho que te assustei... Eu chamo-me Rodrigo. Eu cheguei no bairro a uns 3 meses, eu vejo você vindo na padaria sempre, a senhora é a dona daquela floricultura do centro, certo? É um prazer.
Apresentou-se, estendendo-me a sua mão, que eu sentir um receio em aperta-lá.
— Prazer, eu sou a Melissa. Sim, eu sou a dona daquela floricultura... Mas não irei abrir hoje, o meu primo sofreu um acidente, então…
Apertei sua mão, em seguida explicando-me.
— ah! Não... Eu não quero comprar flores, eu só queria falar a senhorita mesmo. A senhorita é muito bonita, chamou muito a minha atenção... Com todo respeito, claro!
Falou, sorrindo...
Ele era tão lindo... Mas eu não podia falar abertamente com um estranho, só por ele ser um rosto bonito. Ele era encantador, realmente. Mas eu estava com tanto medo.
— Muito obrigada! Eu estou a ir para casa, tenha um ótimo dia, senhor!
Falei, sorrindo discretamente. Logo, dei as costas, mas ele aproximou-se novamente e insistiu em continuar a conversa.
— Não moramos longe, então somos vizinhos. Já nos apresentamos, portanto, agora somos conhecidos. Será que podemos tomar um café juntos?
Perguntou e eu mantinha-me virada de costas para ele. O que aquele homem queria comigo? Do que ele realmente estava atrás?
Virei-me e respondi-lhe.
— Hoje não vai dar, estou a ir tomar café com os meus pais e o meu primo. Podemos nos ver outro dia e tomar esse café.
Falei... Não sei o que eu tinha na cabeça para marcar de tomar café com aquele homem... Éramos desconhecidos, sim!
— quando podemos tomar esse café? Posso ficar com o seu número?
Perguntou, animado.
Eu tinha que fazer de tudo para evitar mais aproximação dele... Então, eu resolvi pensar rápido, mas não tinha certeza se era realmente a melhor decisão.
— Amanhã. Eu irei vir bem cedo nessa padaria, então podemos tomar um café e conversar mais a vontade aqui mesmo. E amanhã, irei abrir a floricultura caso queira ser um cliente, temos diversas flores, de vários tipos, escolha a que mais lhe agrada e presenteie quem o senhor ama!
Falei, tentando desviar-me do assunto desconfortável.
— Por acaso eu posso comprar flores para a dona da floricultura?
Perguntou, ousadamente.
— Bom... Eu não sei o que lhe responder. Fique a vontade, estamos lá para satisfazer os nossos clientes. Tenha um dia excelente, senhor!
Falei, despedindo-me dele e dando-lhe as costas. Dessa vez, seguir rapidamente o meu caminho e logo estava em casa…
Quando cheguei, já estavam a esperar-me, sentados na mesa.
— Bom dia! desculpem-me a demora. Aqui estão os pães e o bolo.
Falei, pondo tudo sobre a mesa e sentando-me ao lado da mamãe.
— Obrigado, Melissa! Por comprar o meu bolo.
Agradeceu, sorrindo. Mas o Paulo não parecia tão contente naquele dia…
Assim que tomamos café da manhã, o chamei para o jardim…
— Paulo, você pode esconder de quem for, menos de mim... O que está a acontecer contigo?
Perguntei, enquanto caminhávamos sobre a grama um tanto alta.
-Na verdade, é que Amanda nem se preocupou com o acidente, nem sequer veio ver-me... Eu sei que são amigas, e que eu e ela não temos nenhum relacionamento ainda, mas como ela pode não se preocupar com quem ela diz gostar e que pensará no caso de me dar uma oportunidade?
Falou. Eu parei de caminhar e fiquei de frente para ele.
— Eu esquecera da Amanda... E é verdade, ela nem sequer mandou uma mensagem para mim, para saber sobre você. Espera... Ela realmente sabe do acidente?
Perguntei, incrédula.
— Ela sabe. Eu contei para ela assim que acordei, mas ela só me desejou melhoras e nem perguntou se foi grave, como eu estava naquele momento, ou que poderia ir visitar-me... Nem todos gostam de ir para hospitais, mas ela poderia perguntar-me quando eu voltaria pra casa, para me visitar... Ah, apenas esqueça isso. O que eu estou a cobrar? Não somos nada mesmo.
Falou, triste. De certa forma... Eles não eram um casal, mas ela poderia ser tão insensível assim?
— Olha... Dê um tempo para tudo isso, não mande mensagens para ela, pense um pouco se ela realmente vale a pena para você se dedicar tanto a ela... Ela realmente é a mulher da sua vida? Você é jovem, acabou de fazer 21 anos, tem tanta coisa pela frente... Você é um cara tão especial, romântico, legal, atencioso... Você vai sorrir muito, chorar, conquistar, se decepcionar... Mas não esqueça de se curar e de se colocar em primeiro lugar, você é muito importante.
Falei, olhando no fundo dos seus olhos...
— Muito obrigado, Melissa. Você é uma mulher muito especial também.
Sorrimos.
— Amanha vamos abrir a floricultura, certo? Vai ser ótimo encher a minha cabeça com algo.
Perguntou, contente.
— Vamos abrir sim. Eu tenho que fazer umas contas e comprar umas coisas lá no centro. Eu lhe chamaria para vir comigo, mas precisa ficar de repouso o dia inteiro hoje, então o meu dia será longo, portanto, não me espere. Faça as suas refeições corretamente, já avisei para os meus pais que vou sair. Se cuide, certo?
Avisei, lhe dando um beijo no rosto.
— Ta bom, se cuida também. Pode trazer um protetor labial para mim?
Pediu.
— Claro que sim, eu trago. Tchau!
Acenei, em seguida fechei o portão e ele sorriu para mim.
Caminhei, almocei, fiz contas, fiz compras, tudo isso o dia inteiro... Mas aquele homem não saía da minha cabeça... Não o de antes, mas o da padaria... O Rodrigo. isso era uma maldição? Um homem saía da minha mente, para outro entrar? O fugitivo... Eu não sentia nenhuma atração por ele, só sentir um sentimento muito estranho e forte quando estava perto dele, mas não era amor a primeira vista, não era paixão, não era nada desses sentimentos amorosos... Mas o homem da padaria, deixou-me pensativa... Ele atraía-me de alguma forma... Mas, eu não gostaria de pensar nele, nem de pensar romanticamente em ninguém...
***Faça o download do NovelToon para desfrutar de uma experiência de leitura melhor!***
Atualizado até capítulo 40
Comments
Rosimeire Cantanhede
É claro que a amiga da Amanda não gosta dele, quando tem sentimentos tem preocupação e queremos ficar ao lado do nosso amado
2024-12-20
0
Cecilia geralda Geralda ramos
Amanda e insensível.
2024-09-10
1
Livia Gueiros
ela não gosta de vc
2024-09-02
0