Correndo por aquelas ruas, aproximei-me um pouco mais de um lugar não tão sombrio e acenei para um táxi. Fui direto para o hospital, estava muito preocupada com o Paulo.
Assim que entrei no hospital, perguntei sobre o Paulo, e esperava ansiosamente por uma resposta positiva.
— Bom dia!? posso saber do estado de saúde do paciente Paulo Bettencourt?
Perguntei.
— A senhora é parente do paciente? Os tios dele vieram vê-lo.
Perguntou-me. Afinal de contas, eu tinha um parente? Tudo bem que eles me tratavam como se eu fosse da família, mas de certa forma, eu não tinha o sangue dos Bettencourt.
— Sim, sou parente. Posso ver o Paulo?
Perguntei, ansiosamente. Então, ela deu-me permissão para ir ao quarto e guiou-me até lá.
Eu estava tão maluca para ver o Paulo, como quando eu era criança e queria muito observar o meu irmão... Eu vivia com tanta dor, que as vezes eu acreditava que o Paulo era o irmão que eu ia conhecer, que nunca mais eu veria o Daniel.
Chegando no quarto, lá estavam os meus pais. (Bianca e Leonardo)
— Mãe, Pai.
Corri para abraçar eles, porém eles olhavam-me um olhar triste.
— Onde você estava, minha filha? O seu rosto está tão pálido.
Perguntou mamãe.
Logo, olhei para a cama e o Paulo estava a dormir.
— Paulo! Como está o Paulo? Ele acordou? Ele comeu?
Perguntei, olhando para o Paulo. Mamãe puxou o meu braço e olhou nos meus olhos.
— Por que você nunca se importa consigo mesma? Já se perguntou se está bem? O Paulo está ótimo, a pancada não foi grave. Mas fiquei a saber pelo André que foi para um lugar inadequado, atrás do homem que fez isso. Por acaso tem noção do quanto isso é perigoso, e como ficamos aflitos por não podemos envolver a polícia e esperar até você sair de lá? Eu tive várias quedas de pressão... Quer me matar, menina?
Disse mamãe, com os olhos cheios de lágrimas, o meu pai ao seu lado, a consolava, tocando no seu ombro.
Eu não sabia no mal que eu poderia causar, então eu sentir-me culpada duas vezes.
— Me desculpa, mamãe e Papai. Eu não queria fazer isso com vocês, eu só me sentir muito mal por aquele cara ter fugido, eu fiquei com medo de perder o Paulo, então eu fui lá.
lamentei-me, chorando inconsolável... Então, aquela mulher que eu conheci aos meus 6 anos, puxou-me para o seu peito e eu pude chorar.
— Mamãe, eu sinto muito. Eu tenho tanto medo de perder mais pessoas, por favor... perdoe-me, eu não quero mais perder ninguém.
Eu sempre sentia tanta dor, mas eu escondia-a, então eu raramente chorava para colocar tudo para fora... Após uns 2 minutos chorando nos braços da minha mãe adotiva, ouvir a voz do Paulo…
— Que choradeira é essa, hei? Alguém morreu aqui, por acaso?
Disse o Paulo, sorrindo e sentando-se na cama. Eu sair do abraço da Bianca e corri para o abraço do Paulo.
— Você não sabe o susto que Você me deu, Paulo Dói? Você está realmente bem?
Perguntei, tocando no seu corpo.
— Não se preocupe, garota maluca. Porque diabos foi atrás daquele cara? Você está a perder o juízo de vez?
Perguntou, me dando bronca.
— Me desculpa, Paulo.
Pedi.
— Tios, podem nos dar licença? Eu preciso conversar com a Melissa a sós.
Pediu Paulo, seriamente. Então Bianca e Leonardo deram-nos licença.
— Agora você vai ouvir-me, sua louca... Eu pensei que ia morrer de preocupação, quando eu soube disso. Tentamos-te ligar, mas não chamava.
Falou, tocando nas minhas mãos.
— Paulo... Assim que aquela moto bateu no seu carro, passou um filme pela minha cabeça... Quando eu tinha apenas 6 anos, eram somente eu, o Daniel, meu pai e a minha mãe. Não tínhamos mais ninguém, e enquanto eu e Daniel estávamos na escola, os nossos pais sofreram um acidente terrível, e a pessoa que havia batido no carro deles, fugiu... A morte dos meus pais ficou impune, e até hoje eu não conheço o rosto da pessoa que fez isso. Então, eu sentir medo e achei ia acontecer o mesmo com você. Quando eu lhe conheci, a minha vida tornou-se mais alegre, porque brincava comigo, assim como o Daniel brincava. Eu sentia tanta falta do Daniel, mas você amenizou-a... Então, como eu ficaria se eu lhe perdesse? Eu supus que seria mais justo, eu perder-me. Eu não queria mais experimentar aquela dor, porque doía muito, Paulo... Muito.
Desabafei e chorei, Paulo também tinham os olhos cheios de lágrimas.
— Você aguentou tanto, Melissa... Eu admiro-te muito, demais.
Falou, me puxando para perto de si.
— Eu amo-te, Paulo. Não me deixe sozinha novamente, eu não quero estar sozinha.
Falei, e ele enxugava as minhas lágrimas e tocava no meu rosto.
— Eu amo-te também, Melissa. E jamais estaremos sozinhos, enquanto estivermos aqui…
Ficamos um tempo abraçados, logo depois almoçamos e pela tarde, o médico foi ao quarto…
— Como o paciente está se sentindo?
Perguntou o doutor.
— Estou-me Sentindo muito melhor... Já posso ir para casa, certo?
Perguntou Paulo, ansioso. Ele odiava hospital. Afinal, quem não odeia, nê?
— Pode sim, tome bastante cuidado, OK? Acidentes são extremamente perigosos e o senhor teve muita sorte.
Disse o médico, autorizando o Paulo a ir para casa…
Eu sentia que iria ficar maluca com aquela situação toda, e enfim poderíamos para casa.
Entramos no carro para poder voltar para casa.
— Paulo, não é seguro que você volte pra a sua casa. Melhor ficar connosco, os seus pais estão a viajar, então por hoje, dorme lá em casa.
Disse Leonardo.
— O papai está certo, Paulo. Fica lá em casa, vou conseguir dormir mais tranquila se estiver lá.
Concordei. O Paulo também não discordou e decidiu aceitar ficar connosco. O Paulo normalmente era muito orgulhoso, os pais dele viviam a viajar a negócios, então ele passava bastante tempo connosco.
Naquele dia, eu pude deitar e dormir, mas eu não pude deixar de pensar naquele homem... E o motivo pelo qual ele chorou após ouvir-me, e por ter-me deixado ir embora…
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Atualizado até capítulo 40
Comments
avylla🫦
eu suspeito que os pais adotativos que matou os pais dela e fugiram dps
2024-12-02
0
Rosimeire Cantanhede
poxa o irmão dela agora vai ficar com vergonha de reencontra lá
2024-12-18
0
Diana Oda
E lá vamos nós. /Whimper/
2025-03-11
0