Não importava o quanto eu gritasse, eu não fazia ideia para onde aquele homem estava-me a levar... Nem havia uma pessoa sequer por ali, para me ajudar.
Ele me foi a arrastar contra a minha vontade e eu sentir como se eu estivesse a ser levada para a beira de um precipício.
— Por favor, deixe-me ir embora, eu não fiz nada de mais, só queria que se desculpasse.
Falei. Mas nada mudada o pensamento daquele homem e ele continuava-me arrastando.
Ele puxava brutalmente o meu braço, e fomos parar num quarto sujo e muito sombrio. Ele jogou o meu corpo num colchão que havia no chão daquele quarto.
— O que vai fazer comigo agora? Por favor, não me machuque. deixa-me ir embora.
Pedi, chorando e ajoelhada aos seus pés.
— Você não pode sair daqui viva, pois se a senhora viver, eu que morrerei. Sei que quando sair daqui, vai-me entregar para a polícia.
Falou, com tanta frieza...
— Eu não irei falar nada com ninguém, apenas me deixe sair.
Falei. Mas ele em momento algum ouviu-me... Trancou a porta e saiu, me deixando aos berros.
Eu gritava desesperadamente, para que ele me soltasse, eu não entendia mesmo o porque dele está a fazer aquilo. Aliás, eu entendia sim... Ele queria matar-me.
Não entendera o porque dele ter deixado o meu telefone comigo... Peguei o meu telefone e vi que não tinha sinal... Nada! Eu estava ali e só um milagre para conseguir sair viva daquele lugar.
Chorei até perder as minhas forças e cair no sono... No dia seguinte quando acordei, tinham dois homens me encarando, o cara que bateu no carro e o outro, que segurava uma arma.
— O que está a acontecer aqui? Os senhores não vão acabar comigo, certo?
Perguntei, com medo.
— Faça o que quiser. Se livre dela e não deixe pistas.
Disse o homem que havia batido no carro. Ele era o mandante dos crimes.
— Não me mate, eu preciso achar o Daniel antes de morrer. Eu preciso dá um abraço nele, eu separei-me dele a tanto tempo, permita-me poder observar o rosto dele novamente.
Pedi, soluçando de tanto chorar... Imediatamente, vir algo diferente no olhar do fugitivo... Eu não sabia dizer exatamente o que era aquilo, mas ele parecia tão confuso. Aquilo que eu via não poderia ser verdade. Os seus olhos... Estavam a lacrimejar?
— Pare um instante.
Ordenou. Então, o homem que estava com a arma, a largou.
O fugitivo olhava-me tão atentamente...
— Quem é essa pessoa que Você procura? Esse tal de Daniel?
Perguntou, com os lábios trémulos. Nem mesmo parecia com aquele homem do dia anterior.
— É o meu irmão. Eu e o Daniel separamos-nos, após perdemos os nossos pais num acidente. Nós fomos adotados por casais diferentes. Eu sinto muito a falta dele e eu preciso encontrar ele... Eu vivi todos esses anos, só para poder encontrar o meu irmão.
Falei, com o rosto coberto de lágrimas... Eu não podia morrer sem ver o meu irmão.
— Qual o seu nome?
Perguntou.
-Eu chamo-me Melissa.
Respondi. E então, a sua lágrima caiu... Eu não compreendia nada, ele era duro... Então, porque ele estava a chorar por mim? Porque ele chorou após ouvir as minhas palavras? Ele sentia pena de mim? Não parecia ser da pessoa que tinha misericórdia por alguém. Ele se identificava com a minha história? De verdade... O que significa aquela lágrima?
— Vá embora daqui para um lugar seguro e não volte jamais aqui.
Falou, de repente. Eu estava tão aliviada e contente com aquilo, eu ia sair daquele lugar viva. Naquele momento, eu não pensei muito e também não o questionei, obviamente eu não iria perguntar o motivo pelo qual ele me liberaria. Por mais que eu achasse tudo aquilo muito estranho, eu apenas corri.
Eu corri e sorri... Eu não tinha nada no meu estômago, então ele roncava bem alto! mas eu sorria tão genuinamente. Pois, estava viva...
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Atualizado até capítulo 40
Comments
Rosimeire Cantanhede
Melissa vc encontrou seu irmão, agora ele vai te proteger
2024-12-18
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Diana Oda
Já começou assim??? Rapazzz...
2025-03-11
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Sineia Soares
Será que é irmã dela
2025-02-16
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