A Órfã - Entre Perdas E Danos
Eu estava feliz por saber que aquela seria minha última noite no orfanato, mas ao me deitar, todo o meu corpo ficou tenso ao lembrar do pesadelo que vinha tendo nas últimas semanas. E algo me dizia que essa noite não seria diferente.
“Uma chuva caía do lado de fora, agora apenas uma garoa. Meus pais e eu estávamos jantando como em todas as noites, até que lembrei do dia na escola, e corri para pegar o trabalho que a professora me passou, querendo mostrá-lo ao meu pai.
– Olha, papai! – Falei animada, entregando-lhe o desenho que pintei na escola – eu ganhei uma estrelinha!
– Oh! Que maravilha! – Ele falou olhando o desenho – minha princesa está crescendo! – Ele me abraçou. – Se comportou hoje? – Assenti.
– Uhum! – Falei sorrindo. – Até ajudei a mamãe a colocar a mesa.
– É verdade! – Falou minha mãe.
– Então está merecendo um presente! – Meus olhos brilharam de felicidade. – O que a princesinha do papai vai querer? – Perguntou colocando-me em seu colo.
– Um sorvete! – Sorri. – De chocolate.
– Hum! Mas que bela escolha! – Minha mãe falou sorridente.
– Iremos comprar! – Meu pai falou, colocando-me no chão – pegue seu casaco e capa.
Saí da sala de jantar correndo, e fui pegar o casaco e a capa que ficavam no cabide da sala de estar. Meus pais me acompanhando. Saímos para a noite fria e as ruas quase desertas de Nova Iorque. Meu corpo tremeu levemente, e logo meu pai colocou-me no colo.
Seguimos até um supermercado que ficava a apenas duas quadras de nossa casa. Minha mãe entrou para comprar o sorvete, enquanto meu pai e eu paramos em frente à vitrine de um pet shop, olhando os filhotinhos de cachorros e gatos. Não demorou muito e minha mãe voltou. Ela sorriu também olhando a vitrine, e seguimos, agora voltando para casa.
Quando dobramos a esquina, um rapaz franzino de cabelos curtos e olhos claros parou à nossa frente, tapando nossa passagem.
– Passa a carteira! – Falou nervoso – meu pai, colocou-me no chão, e puxou-me para trás de seu corpo – a carteira! – Gritou o rapaz.
Meu pai virou-se, ainda empurrando-me para suas costas, e colocando a mão em seu bolso, e então eu ouvi um estampido alto. Um disparo, e meu pai caiu, aos meus pés.
– Droga! – O rapaz gritou levando a mão à cabeça. Minha mãe correu para o meu lado, o que fez com que o rapaz voltasse a apontar sua arma em nossa direção.
Ela não viu quando ele mirou nela, muito menos quando atirou. Seu corpo estava ajoelhado ao lado do de meu pai, quando foi atingido e tombou sobre o dele. O rapaz abaixou-se vasculhando os bolsos deles e depois correu. Então eu gritei a plenos pulmões, mas a voz parecia não sair”.
Espero que gostem bastante da história.
Sua curtida e comentário são muito importantes pra que eu continue a postar a obra.
Este livro está concluído e, no momento, estou trabalhando na continuação.
Espero trazer novidades o mais rápido possível!
Tenham uma ótima leitura!
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Atualizado até capítulo 112
Comments
antonia geralda
começando a ler com muita expectativa.
2024-07-03
0
Cleia Nornberg
gostei da introdução
2024-05-18
0
Débora Oliveira
gostei
2024-05-16
1