Raj arruma as malas enquanto eu estou sentada na vara da lendo um livro para não pensar em como será.
- Oi! Ele diz ao se aproximar.
- Oi! Eu respondo e lhe dou um sorriso timido.
- Já arrumei tudo e estou pronto para ir. Meu voo é daqui a duas horas. Preciso ir. Ele diz.
Eu me levanto e o abraço apertado.
- Você vai ficar bem? Ele pergunta.
- Farei o possível. Eu respondo.
Raje puxa pela nuca e me beija com paixão. Eu retribuo seu beijo o abraçando forte, torcendo para que ele retorne logo.
- Eu te ligo assim que chegar ao hotel. Ele diz enquanto acaricia meu rosto.
- Vou sentir a sua falta. Eu digo docemente.
- Eu também Kali. Vou sentir muito a sua falta. Ele diz e me aperta ainda mais.
Descemos e eu acompanho Raj até a porta. Um táxi o aguardava.
Eu me despeço de Raj na porta de casa, sabendo que ele está prestes a embarcar em uma viagem a trabalho sem previsão de retorno. Seu olhar carregado de determinação contrasta com a incerteza que paira sobre nós.
- Cuide-se, eu sussurro, lutando para manter a compostura. Ele sorri, tentando transmitir confiança, mas seus olhos revelam a preocupação que compartilhamos. Segurando sua mão por um instante a mais, deixo escapar um suspiro pesado, sabendo que, por mais que tente disfarçar, minha alma está inquieta com a distância que se interpõe entre nós.
Raj entra no táxi, e se vai. Eu fecho as portas com os olhos cheios de lágrimas. Encostando a testa na madeira, nunca achei que isso seria tão doloroso.
Quando me viro para entrar dou de cara com Mamadi.
- Baguan Kelie (Meu Deus), ficou louca. Me assustando assim. Eu digo.
Ela me olha sério.
- Eu dei uma olhada em seu quarto e vi que o cesto está cheio de roupas do seu marido para ser lavada. Ela diz.
- Peça a uma das empregadas. Eu digo e vou andando em direção as escadas.
- Nããão!!! Ela grita e eu viro para trás para olhar para ela.
- As empregadas trabalham para mim e não para você. O marido é seu...é seu dever lavar as roupas dele. Ela diz.
- Isso é ridiculo. Suas empregadas sempre lavaram as roupas de Raj. Eu digo.
- Sim. Quando ele era solteiro. Agora isso é seu dever. Ela diz cheia de superioridade.
- Ok! Vou pedir ao meu marido...(digo dando enfase ao marido), para contratar alguém para lavar as nossas roupas. Tenha um ótimo dia. Eu digo e volto a andar.
- Se você acha que vai ficar o dia inteiro sem fazer nada está enganada. Ela grita.
- Não se preocupe, não irei passar o dia aqui querida Mamadi. Eu respondo.
Entro no quarto irritada, essa mulher é uma cobra. Sei que vai fazer de tudo para me irritar. Até parece que vou lavar as roupas dele...eu nunca lavei nem as minhas. Não vai ser agora.
Me deito na cama, Raj havia deixado a camisa do pijama sobre o colchão. Eu cheiro, seu perfume ainda está na roupa. Eu queria que Raj estivesse aqui. Essa incerteza de quando ele voltará é péssima.
Sem falar que ele pode retornar e encontrar a Mamadi morta...pois se continuar assim, terei o prazer de torcer seu pescocinho cheio de colores de ouro.
Mamadi é uma mulher inteligente, culta e muito respeitada na nossa comunidade. Está sempre sorridente e animada, tem uma voz suave e doce, exceto quando fala comigo. É vaidosa e se cuida muito bem. Muito rica e poderosa, uma das mais invejadas por todos. Eu poderia admira - la, se ela não fosse tão amarga.
Enquanto Raj estava fora e eu passri o dia no quarto, resolvo dar uma olhada no tal Livro do Amor que Raj me mostrou. E começo a ler. O livro traz muitos ensinamentos digamos que controversos. Ensina os homens como conquistar mulheres casadas. E as mulheres a ser realmente boas na cama, para o marido não querer procurar outra mulher. Tem receita de remédio natural para impotência sexual, e muitos ensinamentos sobre convivência e como agir em sociedade. Realmente o livro é bom.
A parte das posições sexuais me prendeu, e em algumas eu queria mesmo entender como aquilo era possível. Mas algo me dizia que Raj iria me mostrar que era.
"Tic"
Ouço um barulho. Procuro, mas não sei o que é.
"Tic"
Ouço novamente. Parece que é no vidro da porta que dá acesso à varanda.
Vou até à porta e encontro duas pedrinhas no chão.
Vou até o beiral da varanda.
"Tah"
- Aaaiiiiii!!! Uma pedrinha acerta a minha testa. Quando olho é Amaya.
Que me olhava com a cara de espanto. Acho que ela não imaginou que poderia me acertar.
- Amaya! Eu digo.
- Desculpe!
- Posso subir e falar com você? Ela pergunta sussurrando.
Eu aceno com a cabeça concordando e ela corre para dentro. Quando chego na porta, ela já estava lá.
- Oi Amaya. Eu digo e ela me abraça.
- Nosso Raj está viajando né. Ela diz e me aperta.
- Sim Amaya ele está. Eu respondo.
- Posso dormir com você? Ela pergunta.
- Melhor não pequena. A Mamadi pode não gostar. Eu digo ela pensa por alguns segundos.
- Sim, ela não vai gostar. Ela diz.
- Que livro é esse? Ela pergunta e vai para pegar.
- Nada não! É do Raj ele esqueceu de guardar é de trabalho. Eu digo e abraço o livro e o levo até onde estava guardado.
- Mamadi está mais chata hoje. Ela diz.
- É...porquê? Eu pergunto.
- Baldi bateu nela! Amaya diz. Não sei se estou surpresa por descobrir que Baldi era machista também. Ou oela naturalidade que Amaya falou, como se fosse completamente normal.
- O jantar deve estar pronto. Vamos descer? Ela pergunta.
- Vamos. Eu respondo e descemos de mãos dadas.
Mamadi estava sentada à mesa sozinha. E com uma cara péssima. Por mais que ela fosse ruim, eu não gosto de saber que as pessoas estão sofrendo.
- Mamadi posso ajudar com algo? Eu pergunto e ela nem olha para mim.
- Mamadi? Eu...
- Não! Ela responde rispidamente, me interrompendo.
Amaya saí da mesa por alguns minutos.
- Mamadi, desculpa insistir. Amaya comentou que Baldi lhe agrediu, posso lhe ajudar de alguma forma? Eu pergunto falando baixinho.
Ela me olha e fica séria.
- Pode sim! Cuida da sua vida isso é assunto do casal. Ela diz.
- Eu sei Mamadi. Mas é que... Eu tento continua, mas ela me interrompe.
- Você é intrometida. Já disse que é assunto do casal. Eu digo.
- Não te ensinaram a não se intrometer em assuntos de família Sra Kali. Baldi fala com seriedade atrás de mim. E Mamadi abaixa a cabeça na hora.
Eu fico calada. Baldi da a volta na mesa e se senta a minha frente.
- Minha esposa não queria lhe falar. Por que não é de sua conta. Mas vou responder.
- Mulher foi feita por deus Brahma para servir ao homem. E eu trabalho muito, a única coisa que peço a minha esposa é para se deitar comigo. Ela tem tudo, uma casa enorme e luxuosa, dinheiro, joias, perfumes e roupas caras. Em troca tem que me dar prazer. E a Sra Sharma se negou a me satisfazer e eu a coloquei de volta em seu lugar de serva. Ele diz orgulhoso, eu engulo seco.
- Espero que você aprenda Sra Kali. Mulher é objeto de prazer do marido e deve o satisfazer. Do contrário o marido tem o dever de castiga - la. Você teve sorte que o meu filho é paciente, ou do contrário teria sido castigada na primeira noite. Se fosse eu não teria pena. Ele diz.
- Vamos comer que eu estou morto de fome. Preciso repor as energias.
Toda essa fala e orgulho de Baldi me deixaram enojada.
Olho para Mamadi, as lágrimas rolavam em seu rosto.
Eu estava com pena por ela.
- Está chorando porquê Mahara? Ele pergunta irritado.
- Não vai comer? Ele pergunta ainda mais irritado.
- Estou sem fome! Ela responde.
- Ótimo, sobra mais. Suba e me espere.Vai me servir a noite toda. Ele diz e ela se retira.
Tudo isso me fez perder a fome.
Como isso era possível. Como todos achavam isso normal. Minha mãe, e a Sra Mahara. Duas escravas demaridos egoistas que acham que porque as sustentam e lhe compram coisas, elas são suas escravas sexuais. Quando isso vai acabar? Eu me perguntava...
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Atualizado até capítulo 76
Comments
Morena🌹
😂😂😂😂😂😂mata,mata,mata 🤭eu ajudo esconder o corpo 😉
2024-04-16
2
lary
autora me tira uma dúvida na cultura deles, tem que morar com a família eles não podem ter sua própria casa não
2024-04-14
3
Cicera Camilo
Sou contra violência contra mulher, mas essa cobra merece levar uma surra todos os dias, pra parar de se meter onde não deve...
2024-04-11
1