CAPÍTULO 18

Em Porto Alegre, Júnior estava deitado sobre a cama em seu quarto pensando na vida quando de repente, sentiu vontade de voltar para a Ilha das Bruxas, misteriosamente sentiu seu corpo quente como se estivesse com febre e estava tendo alucinações como nunca teve. Começava uma luta sem trégua pela sua alma, como ele não tinha conhecimento do que estava acontecendo se batia na cama sentido falta de ar acreditando que pudesse morrer, e ele ouvia em seus ouvidos alguém falar:

— Levante e lute contra as forças do mau filho. Era seu pai e sua mãe que deram auxílio espiritual a ele, mas na verdade era a diabo querendo sair de dentro dele, porque suas discípulas na Ilha dentro do castelo chamavam por ele, mas para isso Júnior teria que cometer um pecado capital, ou até um crime. Sem sono, era quase meia noite ele tendo aqueles ataques estranhos com seu corpo quente quase pegando fogo. Era dia 31 de dezembro de 1899 Júnior virava-se de um lado pro outro, sem conseguir entender o que estava acontecendo ouvindo vozes estranhas, como alguém pedindo socorro e outra voz dizendo.

— Lute filho. — Então saiu para sentir o ar do vento que assoprava lentamente o seu rosto. E olhava o Céu cheio de estrelas brilhando, um calor insuportável por ser pleno verão sendo véspera de ano novo. Todos estavam na esquina fazendo festa e soltando foguetes, e sentiu falta de sua Irmã Isabel. Se sentia sozinho distante da sua única família. Júnior viu uma senhora caída à beira da estrada pedindo socorro por ter sido assaltada, e ele a levou à senhora vítima de assalto até casa dela, e com esta boa ação enfraqueceu o diabo dentro dele. E parou de fazer com que ele quisesse voltar para Ilha das Bruxas.

Isabel e as freiras que estavam com ela tentavam convencer as pessoas a sair da Ilha por causa do temporal que estava prestes a cair.

Mil e quinhentas pessoas acreditaram em Isabel e seguiram os conselhos dela. E saíram de casa às pressas levando tudo que era de direito delas, menos a casa já que não eram delas, e sim de Juleide que deu em troca do trabalho escravo que trabalhavam sendo vigiados por seguranças armados. E alguns deles trabalhavam acorrentados dentro das matas. Fazia sol ou chuva, estavam eles garimpando ouro e pedras preciosas e diamantes em troca de casa e comida. Começavam às 7 horas da manhã até às 8 horas da noite, tendo uma hora só de intervalo para o almoço. Embora Isabel sendo contra o que ela pretendia fazer, e disse para às pessoas que pegassem algumas barras de ouro e pedras preciosas armazenadas num galpão sendo vigiado por homens armados que não deixavam ninguém entrar por ordem de Juleide. Isabel pediu perdão pelo que estava fazendo, mas não achava justo aquelas pessoas que trabalharam tanto para enriquecer sua tia, e eles saíram de mãos abanando, então levantou o crucifixo na direção do galpão fazendo os homens cair em um profundo sono, e entraram no galpão pegando cada um a sua quantia necessária para recomeçar a vida do zero e comprar suas terras em algum lugar que elas quisessem. E saíram da cidade Ilha das Bruxas com seus filhos e alguns animais domésticos e algumas ovelhas. E outras duas mil e quinhentas ficaram com medo do castigo de Juleide e a chamaram Isabel de louca, a davam altas gargalhadas e até queriam ameaçar ela de morte se ela não saísse. Embora triste por ser chamada de Louca, Isabel seguiu o seu caminho em direção ao castelo para libertar Jezabel que estava acorrentada num quarto com diversas imagens satânicas. Para entrar no castelo era preciso ter uma senha secreta que só Juleide e Marcos tinham para as portas do castelo abrirem. Isabel e as freiras fizeram uma corrente de fé e começaram a rezar de mãos dadas pedindo aos céus força para vencer mais uma batalha. Ela então levantou o crucifixo apontando em direção ao castelo e a porta se abriu imediatamente como num passe de mágica. Elas entraram no castelo e começaram a procurar a jovem Jezabel quando faltavam quinze minutos para meia noite. E mais uma vez ela usou o crucifixo fazendo cair um raio destruindo as correntes que prendiam a jovem que estava fraca de fome e com seu corpo dormente pelas correntes. Em volta dela havia muitas serpentes enormes tentando mordê-la. Eram gigantes e muitas delas em circo na volta. Isabel mais uma vez usou seu crucifixo saindo um raio atingindo as serpentes, só que Isabel se surpreendeu quando as serpentes se transformaram em homens que estavam de castigo porque Juleide tivera um ataque de raiva quando eles voltaram da cidade de São Francisco sem conseguir localizar ela própria, e voltando a condução humana eles se ajoelharam em frente Isabel pedindo que ela não os castigasse pelo fato deles ter tido trabalhado para Juleide. Isabel resolveu pedir em troca ajuda para tirar as pessoas que estavam em apuros tentando sair da ilha porque o céu estava coberto por nuvens negras prestes a cair um temporal sobre a ilha. Após Isabel libertar a jovem, as portas do castelo se fecharam para sempre. Ela e as freiras voltaram para a cidade de São Francisco. E as mil e quinhentas pessoas conseguiram sair da ilha a tempo. E Juleide olhava para o espelho dominada pelo desespero por estar perdendo seus poderes, e estava vendo seu rosto com uma aparência de trezentos anos com muitas rugas, e seus cabelos caindo depressa a sua pele se deformando caindo em pedaços como se tivesse um câncer assim como as outras irmãs. Atormentada com o que estava acontecendo, tentou lembrar o que foi que aconteceu dia 31 de outubro, dia em que Isabel era para comer o bolo. E Juleide não conseguiu decifrar o mistério daquela noite. Então começou aparecer no espelho toda a sua trajetória, como ela e suas irmãs conseguiram se livrar dos soldados britânicos ainda na Europa e como ela assassinou sua mãe por causa de um livro de magia. E como ela chegou ao Brasil fugindo da Europa vindo para o Sul do país, como construiu seu império de riquezas como pedras preciosas e diamantes. Minutos depois apareceram Maria e Artur felizes como anjos no paraíso. E como Maria conheceu Artur e foi salva da maldição de ser bruxa, e quando conheceu o padre Estevão Polanski, e ao mesmo instante apareceu Marcos nas profundezas do inferno levando chibatadas sendo queimadas num braseiro. Ele olhou do outro lado do espelho dizendo:

— Olá minhas queridas colegas, eu estou esperando vocês aqui neste lugar maldito e ardente pelo fogo eterno que queima e nunca se apaga, estou queimando de febre e sede, por favor, queira me dar um copo da água para refrescar a minha língua ardendo de sede!

Juleide dissera:

— Eu nunca vou! — Marcos respondeu:

— Minha querida colega não adianta fugir, porque o seu destino é vir aqui para este lugar ardente. Aí onde vocês estão podem fazer o que bem entender com seu poder! Vocês podem matar, roubar ou fazer tudo o que quiserem. Aqui é diferente, porque existe alguém bem mais poderoso do que nós, até o nosso mestre tem que obedecer ele. Porque ele é o filho do todo poderoso de todos os tempos.

— Assim como está escrito nas escrituras ele é o machado para cortar toda árvore que não produzir bons frutos, e é jogada ao fogo eterno como somos nós a árvore do mal e não irá adiantar nada o seu poder da magia negra e a riqueza, porque todas vocês estarão aqui comigo neste lugar ardente e não conseguirão sair dessa enrascada. Depois disso, Marcos desapareceu e apareceu Isabel e o padre Estêvão, como eles se conheceram e como Isabel conseguiu fugir da armadilha de comer o pedaço do bolo feito de pedra e quem comeu foi Júnior. Para o desespero de Juleide que ao descobrir que tudo saiu errado e era tarde para ser amiguinha de Júnior, que estava muito feliz em Porto Alegre. Juleide cada vez mais velha caindo seus cabelos chegando ficar careca. Perdendo todos os seus poderes. E já não tinha mais forças para se levantar do lugar e viu que era o seu fim. Não havia mais saída. O que ela ouvia eram trovões e raios caindo das nuvens negras, as portas do castelo estavam fechadas. E toda Ilha foi tomada por uma forte tempestade com ventos fortes com trovões e raios que caiam, e muitas pedras de granizos que caiam sobre o telhado das casas, começando chover sem parar na meia-noite do dia primeiro de janeiro de 1900, até o dia amanhecer. E como choveu o dia todo intensamente, o castelo das bruxas desmoronou ficando debaixo d'água, as duas mil e quinhentas pessoas que não acreditaram em Isabel tentaram fugir, mas era tarde demais. Porque havia muitas pedras no caminho que rolavam das montanhas que estavam desmoronando? A chuva caia intensamente sem cessar, e com as estradas destruídas pelas fortes chuvas. As pessoas que moravam na Ilha não tinham como fugir e ficaram isoladas na Ilha das Bruxas, o castelo em que muitos inocentes foram assassinados inocentemente em nome dos rituais macabros desmoronaram, e as bruxas que não conseguiram fugir por ter perdido os poderes sobrenaturais. As portas do castelo fecharam-se para sempre, tudo mudou de percurso, não era mais o cenário como era antes, juntou-se o Rio Estreito com o Rio Uruguai, onde era a Cidade Ilha das Bruxas transformou-se num só rio. Da mesma dimensão que era toda a Ilha, uma pequena cidade de quatro mil habitantes e a metade delas tinham casas nas montanhas em volta da Ilha das Bruxas. E segundo a lenda dos antigos as montanhas é um lugar santo e sagrado que Deus nunca permitiu que alguém morasse sobre elas, e com as fortes tempestades deslizaram destruindo tudo casas sendo levadas pelas águas e as pessoas que moravam morreram afogadas. Diz à lenda! De que, quem passar a noite de lua cheia ainda se ouve as gargalhadas das bruxas embaixo da água, e segundo dizem os mais antigos que muitas lavadeiras lavando roupas saiam correndo ao ouvir ruídos estranhos assim como muitos que passavam ali a cavalo, principalmente à noite ouviam os mesmo ruídos estranhos. Assim como gritos desesperados das bruxas morrendo afogadas dentro do rio.

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