CAPÍTULO 12

Era mês de novembro e Juleide desesperada porque as coisas saíram fora do seu controle. Estava chegando o fim do ano e tinha que cumprir a tradição das bruxas e precisava encontrar uma jovem virgem para ser sacrificada como oferenda ao diabo em troca de manter-se no poder por mais 100 anos. Mas os planos não saíram como ela planejou, o seu reinado estava chegando ao fim, seus poderes já não tinham mais aquela força. E o seu mestre foi engolido pelo espelho e ficou preso dentro de Júnior e levaria dez a quinze anos para se libertar. Ou até Júnior cometer algum pecado capital. Caso fizesse algo de bom enfraqueceria, o demónio dentro dele. Juleide tinha planos de capturar a sua sobrinha para ser sacrificada por ter desafiado a sua ira. Isabel estava bem protegida no convento onde foi bem recebida pelo padre António que era muito rigoroso e disciplinador e não aceitava ser contrariado por ninguém, mas sentiu alegria quando recebeu aquela jovem simpática e de boa vontade em ajudar ele na igreja nos preparativos da missa aos domingos.

Júnior quando chegou à cidade com a ajuda de sua nova amiga começou a trabalhar como engraxate. E como ele não tinha dinheiro, vendeu uma das joias que pegou de sua tia Juleide, e comprou algumas roupas, mas que continuava a se vestir da mesma forma desajeitado com roupas fora de moda. Nádia gostava da companhia dele, então a convidou para sua festa de aniversário de quinze anos.

A festa aconteceu num salão paroquial. Embora tímido por não conhecer ninguém na cidade, aceitou ir à festa. Para Nádia era muito importante a presença dele. Ela convidou suas amigas na faixa etária de quinze a dezessete anos de idade. Júnior foi ao baile tentar conquistar novos amigos por estar gostando da nova vida ao lado de sua grande amiga Nádia. Que estava feliz com a presença dele. O salão era enorme com bastante espaço para dançar. Muitas festas foram realizadas neste salão paroquial. Era um salão comunitário e servia para eventos, assim como casamentos batizados. Pertencia à comunidade. As pessoas que frequentavam eram sócias, e pagavam uma mensalidade para ter o privilégio de frequentar e realizar as festas. E naquela ocasião, Nádia estava completando quinze anos de idade. Ela era filha única e amiga de Júnior recém-chegado, e mais algumas amigas. Todas eram patricinhas filhinhas de papai mimadas e debochadas que gostavam de debochar de pessoas simples e humildes, gostavam de ser o centro das atenções. O dia era um sábado à noite e no domingo todos descansavam. O salão estava lotado. Havia churrasqueira para assar churrasco, bar, restaurante dentro do salão. E, pista de dança, Nádia sempre ficava perto de Júnior seu novo amigo.

Júnior, por tímido, nunca havia ido numa festa como aquela com tanta gente, muitos jovens, crianças, adultos. Como ele gostaria que sua irmã estivesse presente naquele momento e não sabia do paradeiro dela. E na cidade ninguém sabia da existência dela por ser uma recém chegada assim como ele. Ela estava num convento ajudando o padre Antônio e mais algumas freiras.

Quando começou a tocar a valsa numa vitrola, porque naquela época não havia discos ou CDs. Nádia convidou Júnior para dançar. Enquanto Nádia e Júnior dançavam, as amigas dela ficavam cochichando nos ouvidos uma das outras dizendo:

— Nádia não tinha outro mais bonito para convidar a esta festa!— E ficavam rindo dele pelos cantos debochando das roupas que Júnior usava.

O pai de Nádia se chamava Floriano, e ao tirar a sua filha para dançar, pediu educadamente licença para ele. Nádia aconselhou Júnior a ir dançar com suas amigas enquanto ela dançava com seu pai. Júnior aceitando os conselhos para ele dançar. E foi tirar a primeira moça que se chamava Luiza.

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