CAPÍTULO 9

Quando Isabel chegou à mansão foi arrumando as malas para seguir seu destino a cidade de São Francisco. Isabel estranhou a atitude do seu irmão Júnior que não era mais o mesmo. E viu uma expressão estranha no rosto dele. O ódio que carregava em seus olhos e percebeu que a aura dele estava pesada, ela pôde ver uma sombra sobre o semblante dele. Ela relatou a verdadeira história sobre as origens a respeito de seu pai biológico acreditando que faria seu irmão feliz, mas a atitude dele foi contrária. Foi de revolta. Então ela lembrou das palavras do padre Estevão. Naquela época não havia carro, e se usava carro de boi, e com as malas prontas se despediu do seu irmão Júnior que perguntou:

— Para onde você vai a esta hora da noite minha irmã? — Isabel respondeu:

— Vou sair desta casa, aqui eu não fico mais. Depois que fiquei sabendo do que as nossas tias são capazes, você também deveria arrumar as suas coisas e vir comigo para cidade de São Francisco, porque senão vai sobrar pra você a fúria da tia Juleide quando souber que o plano dela não deu certo. — Júnior dissera:

— Deixa comigo minha irmã. Porque eu tenho umas contas para acertar com aquela bruxa velha, vou sair sim, mas antes elas precisam ouvir algumas verdades.

— Isabel tinha um cavalo branco que ganhou de sua tia de presente e mandou um dos empregados encilhar, pegando suas malas só com as suas roupas, e seguiu destino à cidade de São Francisco. Não ficava muito distante da Ilha das Bruxas.

— No castelo Juleide ficou perturbada, perguntando-se o que havia acontecido com o seu mestre que fora engolido pelo espelho, que desaparecera misteriosamente da presença de todas as bruxas que vieram de todas as partes do mundo, para o congresso das bruxas que acontecia todos os anos em cidades diferentes, mas aquele ano de 1899 foi realizada na Ilha das bruxas.

E de uma hora para outra, o diabo desapareceu do espelho pelo fato dele ser engolido quando Júnior comeu o bolo que estava preparado para Isabel, e fazendo o diabo entrar dentro dele até a segunda ordem. Para se libertar, Júnior teria que cometer algo de mal.

Juleide e as suas irmãs chegaram com as suas vassouras o meio de transporte delas. Perguntando para Júnior.

— Cadê a sua Irmã Isabel?

— Júnior respondeu em tom raivoso:

— Ela foi embora para não ter que olhar para sua cara cheia de Rugas, sua bruxa velha! Eu também vou sair desta casa, porque não aguento mais olhar para cara de vocês, que não têm competência para conquistar um homem e usam a magia para seduzir os homens, velhas frustradas! — Juleide olhou bem para seu sobrinho bastardo estranhando a coragem pelo fato dele estar desafiando ela coisa que ele nunca havia feito, e num ataque histérico começou a gritar:

— Como ousa falar desse jeito comigo seu bastardo? Vou dar uma lição em você e na sua irmã! —Júnior que nunca suportou a rejeição de suas tias a vida toda soltou todo seu veneno e gritou bem alto fazendo cair até os quadros das paredes da mansão de Juleide:

— Não ouse tocar um fio de cabelo na minha irmã! Terá que passar por cima do meu cadáver, ela é a minha única família que me ama de verdade! — Juleide que nunca gostou de ser desafiada por ninguém não suportou ouvir o grito e logo de quem e num ataque de raiva tentou castigar ele dizendo:

— Eu vou te transformar numa barata! — Júnior começou a falar ironicamente e dando altas gargalhadas em tom de deboche e disse:

— Tente, sua bruxa velha. Nunca esqueça que fui eu que te tirei de muitas enrascadas até mesmo quando estavam prestes a serem presas e queimadas na Europa, e é Graças a mim que tem esse patrimônio todo e a juventude que lhe dei. Agora vocês me devem obediência. — Juleide achou estranha a voz dele que não era de um jovem adolescente, e sim de um homem com mais de 60 anos, tom agudo e ameaçador igual ao diabo quando aparecia pra ela. Mesmo assim ela usou seus poderes tentando transformar Júnior em barata, mas seus poderes não funcionam para surpresa dela. Para deixar ela em desespero. E para completar ainda mais o pânico dela foi quando ele disse: