CAPÍTULO 4

Embora tenha que omitir a verdade dos fatos ocorridos e da enrascada em que ela se meteu. Disse a Juleide que foi ela quem a matou Marcos por ter sofrido um estupro por parte dele. Juleide que não sabia do romance de Maria com Artur, embora tendo seus poderes e como Maria tinha seu dom, ela não podia ver nada na bola de cristal, o que estava acontecendo com a sua irmã caçula, ficou feliz pela boa notícia. E perguntou a Juleide.

— E agora o que vai ser de mim? Vou ser castigada?

— Juleide ficou feliz achando que seu plano diabólico foi consumado ao pensar na gravidez de Maria imaginando ser de Marcos. Juleide dissera:

— Deixe comigo, sabe que eu sou a lei, e sou eu que a executou!

— Eu devo abortar essa criança, por ser fruto de um estupro?

— Não faça isso! Vamos cuidar bem desta criança, porque ela é muito especial para todos nós, em pensamento Maria disse para si mesma. “De fato é muito especial?”. — A partir daquele dia Maria foi tratada como uma rainha pelas suas irmãs por puro interesse, com todos os mimos possíveis. Suas irmãs levavam café com leite de cabra na cama para que o bebê nascesse saudável. Maria sabia da hipocrisia delas, deixou o tempo passar.

Chegou o dia em que Maria sentia dores e foi chamada uma parteira para que fizesse o parto da criança para grande expectativa de todas as irmãs de Juleide. Era mais por interesse do que afeto. O trabalho de parto foi trabalhoso, a dificuldade era muito grande. E Maria sofreu muito para dar à luz porque nasceu um casal de gémeos para surpresa de todas elas. As crianças eram lindas e saudáveis com olhos azuis e pele clara. Maria passou amamentar o casal de gémeos até os dois anos, mas antes disso ela procurou o padre Estêvão Polanski com quem ela fez amizade e pediu para que ele os batizasse os seus dois filhos para que eles não corressem os riscos de serem contaminados pelos espíritos malignos das suas irmãs. E pelo fato delas serem bruxas, terem feito pacto com o diabo. O padre então batizou as duas crianças. Um menino com nome de Júnior e a menina se chamava Isabel. Juleide foi chamada às pressas pelo mestre das trevas que deu a ordem para que Juleide tomasse conta do casal de gêmeos para educar e preparar Isabel ser a futura herdeira dos poderes de Juleide e ser mãe do filho das trevas. Elas nasceram no dia 9 de Outubro e não 31 como queria o príncipe das trevas. E como diz o ditado popular! O diabo fez a panela, mas esqueceu da tampa. Juleide ao voltar do castelo com as ordens recebidas do diabo fingindo-se de boazinha pediu que Maria desse seus filhos para segurar um pouco, e Maria acreditando que seus filhos pudesse amolecer o coração de Juleide, e sem esperar o golpe traiçoeiro de sua irmã maquiavélica que a expulsou Maria da mansão, e partir daí as crianças foram criadas e educadas por Juleide. Desesperada sendo expulsa da mansão pela sua própria irmã. Maria saiu de mãos abanando aos prantos por perder seus dois filhos com dois anos de idade.

Atormentada pela dor tomou uma decisão drástica na sua vida. Mas antes disso ela procurou o padre Estevão Polanski, para revelar um segredo a respeito dos seus dois filhos e chegou dizendo:

— Padre, preciso confessar meus pecados e fazer uma revelação!

— Como assim? Perguntou ao padre Estevão Polanski. — Depois que Maria confessou todos os seus pecados e ter feito uma revelação, ela saiu aos prantos da Igreja. O padre estranhou-se com que estava acontecendo com Maria que ele gostava muito e tinha nela uma grande aliada do bem contra as forças do mal. Ele sem entender nada o que estava acontecendo, mas seguiu Maria a distância para que ela não percebesse que estava sendo seguida, e com a sua idade avançada não podia acompanhar Maria que entrou mata adentro despistando o padre. Quando chegou ao local, já era tarde demais. Maria foi até a cabana onde ela se encontrava com o seu amado Arthur, e lá ela fez a sua última magia que restava, cavou uma sepultura, embora não sendo em um cemitério porque Maria e Artur acreditavam que seria mais confortável morrer junto à natureza viva do que estar em cemitério. E ambos tinham a seguinte opinião a respeito sobre cemitério, os mortos que enterram os mortos.

Assim cumpriu com o seu desejo e do seu amado Arthur, e se jogou de uma árvore com um cipó sobre o seu pescoço e caiu dentro da sepultura feita por ela mesma. E morreu ao lado de Artur. E quando isto aconteceu começou a cair pétalas de rosas-brancas enfeitando as duas sepulturas, a de Artur e a de Maria. Ficando um aroma de um doce perfume, diz à lenda que todas as noites de lua cheia as pessoas veem os passos de um casal de namorados à beira da cabana abandonada ali perto da mata e do rio.

Baixar agora

Gostou dessa história? Baixe o APP para manter seu histórico de leitura
Baixar agora

Benefícios

Novos usuários que baixam o APP podem ler 10 capítulos gratuitamente

Receber
NovelToon
Um passo para um novo mundo!
Para mais, baixe o APP de MangaToon!