surpresa

Oliver teve reuniões praticamente o dia inteiro. Mas mesmo assim não parava de pensar numa loira de olhos verdes. Ficou até o último momento no escritório e saiu só quando viu que era o último. Assim evitaria qualquer impulso de voltar ao convento.

Quando chegou em casa, notou que havia uma coisa diferente. As funcionárias estavam agitadas e ele podia jurar que sentia o cheiro de bebê.

Subiu as escadas e viu a sua loira. Sentada na cama e a sua Nonna com o pacotinho no colo.

_ Boa noite. Vejo que temos novos moradores.

_ Oi filho. Venha conhecer Hope. É uma bonequinha _ diz o pai.

_ Ele já a viu e até pegou no colo.

_ Que surpresa!

_ Você tinha que contar que a peguei no colo?

_ Não sabia que era sigilo.

_ Posso saber o que está acontecendo? Vocês se conhecem?_ Pergunta Ítalo confuso.

_ Amor, Oliver nos levou ao convento e praticamente ajudou Holly quando ela entrou em trabalho de parto.

_ Não acredito nisso _ fala Emma se beliscando e rindo_ morre de medo dos meus gêmeos até hoje.

_ A nossa mãe está sedo exagerada. Não aguentava a sala da tia e fui dar uma volta. Vi Ho...a moça se curvar e ofereci ajuda. A nossa tia pediu que a colocasse na maca. Foi só isso.

_ O nosso neto quase ficou sem mão _ diz Nonna rindo_ tinha quer Álvaro.

_ Oli, você pode se candidatar a parteiro_ Emma zoa.

_ Vocês são insuportáveis. Nonna a senhora vai manipular Hope até quando?

_ Nem vem. Estou na fila tem horas e a Nonna não solta a Hope.

_ Emma você tem dois gorduchos pata pegar.

_ Eu sei. Eles estão aqui. Mas agora ninguém quer mais os meus bebês, faz um drama.

_ O vovô quer. Ela viu o pai com Rose no colo e Holly com Ethan.

_ Holly logo Hope estará desse tamanho. Aproveite bem enquanto pode. Eu tenho umas roupinhas de Rose. Se você não se importar, eu trarei.

_ Claro que não me importo, Emma. É muito gentil. E seus filhos são lindos.

_ Ainda bem que uma pessoa aqui gosta ainda dos meus filhos _ finge estar com ciúme e todos riem.

_ Nonna deixe-me pegar Hope. Já vou embora. Enzo já mandou recado.

_ Sua mentirosa. Acha que não sei que vai jantar aqui_diz Nonna_ mas entrega Hope, que faz aqueles barulhinhos fofos.

A funcionária avisa que o jantar está pronto. Oliver toma o banho rapidinho. Ele vê Hope no berço e não vê a mãe. Ela deve estar no banheiro. Pensa em ir buscar o jantar dela.

Quando chega vê todos sentados. Vê a funcionária pegando a bandeja e toma das mãos dela. Pede para ela fazer um prato rapidamente e acrescentar.

Ele chega ao quarto e Holly estranha. Achou que era uma funcionária.

_ Oi. Posso jantar com você?

_ A sua família não vai se importar?

_ Eles nem notaram a minha falta. Agora é Hope o assunto principal.

_ Também está com ciúmes?

_ Não. Sou esperto. Agora eu posso pegá-la.

_ Kkkkk. Assim irão fazer a minha filha ficar mimada.

_ Posso pegar?

_ Você nem comeu direito. Mas pode sim. Não precisa ficar pedindo, Oliver.

Ele pegou Hope que estava com os olhinhos abertos e começando a mamar a mãozinha.

_Ela está olhando para mim e pedindo papá.

_ Ela advinha a,hora que vou comer. Mas Oliver ela nem enxerga direito.

_ Ela está me vendo sim. Termine de comer e eu distraio essa pequena.

Holly se sentiu agradecida. Comeu e quase morreu de rir só de ver a careta de Oliver.

_ Ela não pode mamar. Se antes de mamar já fez esse estrago todo.

Holy pegou Hope e viu que era só um pum.

_ Aí titio. Foi só um pum. E olhou para ele por uns segundos até que ele entendesse. Ele pegou a bandeja e quase a derrubou esbarrando em duas espiãs.

_ Que coisa feia, fuxicar a vida alheia, hein Nonna e mama?

_ Chegamos agora seu atrevido. E bem que estranhei você não estar lá devorando tudo. Parece um morto de fome.

_ kkkkkkk. Nonna a senhora é demais.

_ Podemos entrar, Holly?

_ Claro Anne, Nonna.

_ Oliver estava te aborrecendo, minha filha?

_ Não. Ele veio jantar comigo e estava distraindo Hope até eu terminar.

_ Anne, estou falando que esse menino bateu a cabeça. Não é o Oliver que conhecemos.

_ Acho que a senhora está certa, Nonna.

_ Por que acham isso?

_ Minha filha, Oliver é um bom homem. Tem caráter. Trabalhador. Lindo. Mas tudo isso pode definir Oliver. Não sobra espaço para educado, amigável, simpático e muito menos com bebês. Levou algumas semanas para ele conseguir pegar os sobrinhos.

_ Engraçado. Ele disse que queria jantar aqui porque aí poderia pegar Hope sem ninguém querer mandar.

_ Anne, vamos falar com o meu filho. Oliver foi abduzido.

As três riram. Uma moça pediu licença.

_ Ah, venha cá Dora. Holly, essa é Dora. Ela vai te ajudar com Hope.

_Não precisa, Anne.

_ Você verá que precisa. Não recuse, por favor.

_ Obrigada. Eu não sei como agradecer a vocês tudo que estão fazendo por mim e minha filha.

_ Estamos fazendo de coração, porque você é uma moça boa. Minha filha, se você conquistou o coração da minha irmã madre Gorete, então é porque é uma pessoa maravilhosa.

_ Obrigada novamente. Tudo que eu puder fazer para recompensar a todos eu farei.

_ Nós a consideramos da família. Posso te chamar de neta?

_ Vou adorar, Nonna.

Elas saíram e deixaram Holly descansar. Nonna chamou Anne

_ Querida, está pensando o mesmo que eu?

_ Acho que sim, Nonna.

_ Nunca vi Oli agir assim. Ele está assistindo televisão com o pai e o avô. Uma hora dessa ele já estaria na farra.

_ Vamos dar um empurrãozinho, Nonna?

_ Se depender de mim, será um daqueles que vai parar lá na maternidade de novo.

As duas desceram rindo.

Nonna e Nonno, Álvaro e Teresa

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