Durante as férias, Holly conseguia escapulir das crises de fúria da mãe. Ela fazia de tudo para evitar. Deixava a casa impecável, aprendeu a cozinhar outros pratos. Ajudava a sua mãe a tomar banho nos breves momentos de sobriedade dela. Nesses momentos, Holly conseguia vislumbrar uma ternura nos olhos da mãe. Ela alisava os cabelos da filha, murmurava um pedido de desculpas. Enquanto estavam jantando, era silêncio. Mas o olhar carinhoso da mãe durava pouco. Ela olhava a cadeira vazia, jogava o prato longe e pegava a garrafa de uísque.
Um dia, Holly voltava da biblioteca e quando chegou em casa, a porta estava trancada. A vizinha dela, ficou com pena mas não se intrometia pois não gostava de confusão. Só avisou Holly que a mãe estava lá. Então Holly, sentou-se na escada e duas horas depois, desceu um homem mal encarado que a olhou com um brilho nos olhos. Ela congelou de medo.
_ Hei, suma daqui seu verme. Já teve o que queria. Vem Holly, hoje o jantar é por minha conta.
Holly ficou surpresa e correu para dentro. A mãe não parecia estar bêbada. Elas pediram pizza. Holly lavou as louças e quando viu a sua mãe estava dormindo.
Ela viu esse mesmo homem durante uma semana. E sempre foi assim. Era pizza. E a mãe dormia. Ela começou a achar estranho.
Na outra semana, era outro homem. Esse parecia simpático. Quando estava descendo as escadas, tocou na cabeça de Holly com um sorriso.
_ Não encosta nela_ grita a sua mãe _ entra menina.
Nessa noite não teve pizza. Holly fez macarrão, e quando foi chamar a mãe, ela estava desmaiada na cama. Ela chegou perto e viu que a mãe dormia.
Esse homem simpático durou um pouco mais. E Holly não precisava ficar na escada. Podia entrar e ficar no quarto dela. Ouvia uns barulhos esquisitos. Por um tempo, Holly achou que teria paz. O homem veio morar com elas. Ele, no início não olhava para Holly. Só tinha olhos para a mãe dela. Holly estava feliz pois a mãe não ficava mais tão bêbada.
Um dia, Holly estava na sala vendo televisão. O homem que se chamava Carl, sentou-se perto dela . Ele até levou pipoca. Holly ficou apreensiva, mas ficou quieta. De repente a mãe acorda e vê a cena. Ela desce furiosa a escada e começa a bater em Holly.
_ Vá para o seu quarto agora. Quem te deu permissão para assistir televisão?
_ Calma, Clarice. Ela estava assistindo desenhos e sentei com ela. Foi só isso.
_ Não pedi a sua opinião. Saia da minha casa.
A partir daquele dia, a vida de Holly virou um inferno. A sua mãe a trancava no quarto enquanto Carl estava lá. Ele perguntou uma vez de Holly, mas viu que era terreno perigoso e deixou para lá. Carl era simpático, mas era traficante. E iniciou Clarice nas drogas. Ele parecia bonzinho porque Clarice o pagava uma boa quantia pelas drogas. Quando o dinheiro dela acabou, ele tornou-se violento. Batia nela até vê-la desmaiada.
Holly até gostava de ficar trancada no quarto. Começou a ter medo dele. E todos os dias, ficava na biblioteca até fechar e se chegava em casa e ele ainda estava lá, ela se escondia atrás da casa
A forma que Carl usou para receber o dinheiro foi oferecer a mãe de Holly para outros homens. E assim foi por muito tempo. Holly conseguiu se safar até que Carl fosse preso.
Por um tempo a vida delas normalizou. A mãe aceitou ficar numa clínica para reabilitação. Holly já estava com 13 anos. Era uma menina estudiosa. As notas eram as mais altas e a diretora tinha prometido a ela uma bolsa integral Maryel Scool. A melhor escola particular perto do Queens.
Holly contou as novidades para a mãe dela, que como estava desintoxicada ficou feliz.
Mas a felicidade de Holly durou uma semana. Ao chegar em casa, Carl estava lá, definitivamente para morar. Mostrou a Holly o anel no dedo da mãe. Tinham se casado. Holly teve que fingir alegria pois viu o brilho da fúria nos olhos da mãe.
_ Está feliz Holly? Agora a sua mãe terá a vida que sempre mereceu se não fosse ela ter conhecido o traste do seu pai.
_ Não fale assim dele_ ela não conseguiu se calar_ você não o conhecia. Ele é o amor da minha mãe.
_ Ele foi querida. Agora sou eu. E trate de me chamar de pai.
_ Nunca! Pode me matar, mas nunca me ouvirá chamá-lo de pai.
A mãe levantou e deu uma surra nela.
_ Escuta aqui menina atrevida e ingrata. Vai fazer o que eu mandar. Carl é o seu pai agora. Estou avisando que não serei tão piedosa da próxima vez.
Holly correu para o quarto. As costas doíam. Mas não mais que o coração. Ela agarrou a foto do pai e dormiu soluçando.
O martírio de Holly começou. Ela custou a conseguir chamar Carl de pai. Levou inúmeras surras. Até que ela sonhou com o pai implorando a ela que fizesse a vontade da mãe.
Ela começou então. Mas mesmo assim ele sempre arrumava um jeito de jogar Clarice contra a filha. As surras não paravam. Holly não conseguia estudar pois muitas vezes dormia sem comer nada e perdeu a bolsa.
Um dia Holly saía do banheiro. Ela pensou que estava sozinha . E tinha certeza que levara a roupa para se trocar. Mas não estava lá e ela teve que sair enrolada na toalha. De repente topou com Carl que a olhou de cima em baixo, com um olhar de desejo. Ela se encolheu e correu para o quarto. As suas roupas estavam lá e tinha um bilhete " logo minha querida ". Ela sabia o que queria dizer.
Ficou angustiada. Se ela contasse para a mãe, com certeza seria culpada e outra surra. Se ela não contasse logo ele cumpriria a ameaça.
Ela foi até a casa da tia Brigite escondida. Contou tudo para ela. A sua tia ficou desconsolada. Mas sabia que não podia proteger a sobrinha. Clarice a ameaçou com um segredo que se fosse descoberto ela seria presa. Mas Brigite deu a Holly um spray de pimenta e um celular.
***Faça o download do NovelToon para desfrutar de uma experiência de leitura melhor!***
Atualizado até capítulo 83
Comments
Maria Jose
essa história já começou com tristeza e requinte de crueldade , eu estou começando a lê agora dia 20 / de 03 / de 2025 as 21 hrs
2025-03-21
0
Doraci Bahr
que horror e ninguém para ajudar
2025-03-23
0
gata
Muito triste 😞 19/03/2025
2025-03-20
1